O ataque não era direto de Voldemort, como Draco disse, mas de fato, uma extrema importância para os Comensais, e eles não iriam medir esforços para concluir a missão.
Comensais tinham conseguido entrar em Hogwarts com a ajuda de Draco, que no momento, tentava convencer Ella de subir até o dormitório e ficar ali, coisa que não estava funcionando.
- Draco, isso é um ataque direto, saia já dá minha frente! - Ella diz, tensa.
- Ella por favor, eu tenho que correr antes que eles percebam que eu sumi, você precisa estar em segurança. Por favor, fica no dormitório!
Ella bufa, cruza os braços:
- Draco, eu adoro você, mas se você não sair da minha frente agora eu vou passar por cima de você. Você sabe que eu farei.
O garoto, por outro lado, ficou muito firme ali, a encarando com frieza. Ele não iria sair dali.
Ella bufa, moveu o cajado uma vez e Draco foi levantado no ar, direcionado para o sofá e sentado ali, preso, sem poder se mexer.
- Ella! Me larga, agora! - Ele grita, tentando se sacodir.
- Desculpe baby, vou te deixar sair assim que estiver longe o bastante. Não se meta em bobagens, nos vemos mais tarde. Vamos pessoal!
Ella, Hermione e Rony saíram correndo dali rapidamente, descendo as escadas.
O burburinho vinha do térreo, aonde a maioria dos Comensais estavam lutando contra alguns estudantes, não pra matar, mas estavam machucando e assustando.
Ella soltou Draco para partir pra briga, e enquanto o menino saia correndo, ela descia as escadas com os outros dois, indo pro meio da agitação.
Ella começou não com o tanto de classe que ela queria ter começado. Sempre quando se imaginava em uma luta, ela sempre se imaginou chegando com um grande feitiço que fizesse a diferença logo de início, que derrubasse pelo menos 10 bruxos de uma so vez e a fizesse uma guerreira épica.
Infelizmente, não foi bem isso o que aconteceu. Ella aprendeu, naquele pequeno ataque que nem era tanta gente assim, que lutas não são (nem um pouco) tão épicas quando ela pensou. Na verdade, ela viu que aquilo era bem doloroso, soube disso quando um bruxo pulou encima dela, tentando a desarmar e acabando por bater com o próprio cajado na costela, causando uma dor aguda.
- Que inferno! - Exclamou.
Virou o cajado, dando uma batida com toda sua força bem na cabeça do bruxo. Os intrusos estavam todos de capas pretas, longos, a maioria ate mesmo com uma mascara que cobria ate quase o pescoço, escondendo completamente sua identidade. Os atacantes porem não estavam ali para matar, estavam desarmando ou somente apagando temporariamente os estudantes mais corajosos que vieram para a briga, assim como alguns professores. Ella por outro lado, estava irritadíssima por ter levado um golpe na costela, e agora queria muito apagar qualquer Comensal que visse pela frente.
Se perdeu rapidamente de Rony e Hermione, o que não foi surpresa nenhuma. Mas a todo o caso, o ataque durou pouquíssimo tempo, do mesmo jeito inesperado que eles apareceram em Hogwarts, eles sumiram. Alguns se atiravam pelas janelas e desaparatavam quando estavam fora do campo de Hogwarts, outros viravam animagos, e alguns outros ate mesmo corriam para fora da propriedade, sumindo dali.
No pouco tempo que estiveram ali, eles puderam ver a destruição em Hogwarts. Janelas quebradas, quadros derrubados, as mesas reviradas e prataria toda espalhada pelo chão. Ate mesmo Pirraça, o fantasma mais bagunceiro e mal criado de todo o castelo, flutuava tristemente por cima das mesas das Casas no Salão Principal, vendo tudo aquilo.
Foi quando todos viram, um corpo caia de uma das torres. A torre mais alta do castelo, do outro lado do campo, a torre de Astronomia. As roupas brancas flutuavam como se fosse um grande e majestoso pássaro, mas sua velocidade de queda era muito preocupante. Por um momento, todos de Hogwarts pararam para assistir, esperando aquela pessoa conjurar uma vassoura, desaparatar, se transfigurar em algum pássaro, ou fazer um feitiço para barra a queda.
Nada aconteceu.
O corpo atingiu o chão com um som alto, um baque forte, o som enervante de ossos quebrando se espalhou e atingiu os ouvidos mais aguçados. Daquela queda imensa, eles todos sabiam que não tinha jeito de aquela pessoa sobreviver. Sairam todos correndo desesperados para ver o que estava acontecendo, o que tinha havido, quem seria a pessoa que caiu.
Ella foi uma das primeiras que saiu correndo desesperada, indo o mais rápido que conseguia. Não foi a primeira a chegar, e quanto mais perto chegava, mais ela sentia um estranho frio na espinha. Todos que viam estavam congelados no lugar, sem mover um músculo sequer. Empurrou algumas pessoas para passar, e quando chegou ali, seu cérebro se recusou a acreditar no que seus olhos viam.
Dumbledore estava caído no chão, os braços e pernas em direções que não deveriam estar, e seus olhos estavam fechados calmamente, como se estivesse dormindo ali.
Ella esperou. Tinha que ser algum truque de Dumbledore. Algum feitiço, alguma coisa. Ele não poderia morrer assim. Ele era, afinal, o grande Dumbledore! Nenhum Comensal poderia tirar a melhor dele, muito menos por uma queda da Torre de Astronomia.
O sangue começou a correr por detrás da cabeça do homem, molhando o chão ao redor. Foi neste momento que Harry Potter apareceu correndo ali e se jogou abraçado encima do corpo, chorando audivelmente. Foi quando os outros professores chegaram e ficaram olhando, tão assustados que nem mesmo eles conseguiram mover algo para ajudar, ou para mandar os alunos saírem da cena de morte. Foi ali que Ella soube, que eles tinham acabado de perder uma das maiores mentes de todo o mundo.
O choque em si foi tanto que Ella se apoiou no cajado, o ar faltando nos pulmões. Sua visão ficou embaçada pelas lágrimas que escorreram, e por um momento de ódio puro ela quis amaldiçoar tudo e todos. Olhou para cima, a marca de Voldemort estava sobrevoando sobre a escola. A Marca Negra nunca esteve tão escura, e tão nítida no céu sem estrelas e sem lua. Minerva logo percebeu também a presença dela, levantou a varinha, e um pequeno ponto de luz subiu.
Logo, um por um, todos os presentes, todos os alunos levantaram suas varinhas para o céu, e seu pontinho de luz subiu em homenagem ao bruxo morto. As luzinhas foram se juntando com calma, e logo, a Marca Negra foi varrida para fora do céu dali.
Por um pequeno e triste momento, toda a escola de Hogwarts era uma só. Não eram divididos entre professores ou alunos. A divisão dos anos era bobagem. As Casas, antes tão amadas e importantes, pareciam pequenas e insignificantes. O que seria, afinal, uma mesa com pessoas vestidas das mesmas cores? Um animal diferente para cada Casa? Que diferença tinham? Nenhuma! Naquele pequeno e triste momento, nenhum deles era sangue-puro ou meio a meio, muito menos um nascido-trouxa. Naquele momento, eles eram uma massa de bruxos e varinhas e cajado, todos juntinhos pelo luto e dor, todos unidos com suas preces levadas ao céu.
Por um momento, a escola de Hogwarts era uma só. Unida. Do jeito que Dumbledore sempre sonhou.
🐍
É pessoal, a gente sabia que isso estava chegando, mas é sempre muito triste pensar na morte de Dumbledore.
A guerra bruxa pega sua primeira morte oficial, vamo que vamo né.
Lembrem de comentar bastante, e curtir, beijinhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Merlin - Draco Malfoy
FanfictionElla Merlin foi feita para a fama. Destinada a grandeza. Nascida como uma líder, e criada como tal. Sonserina mal poderia esperar para tê-la. E em fato, Draco Malfoy mal poderia esperar para tê-la. NOVA CONTA EM @HelloHelo33 POR FAVOR SEGUIR.