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Os olhos de Ella estavam marejados, e ela sentia que toda a euforia tinha se diluído. Queria sentar em algum lugar e ficar ali, quietinha, não queria que mais nada acontecesse. Suspirou, sentindo as mãos de Draco em seus ombros, um pontinho de conforto naquele momento.

- Meus senhores desejam que Brutus os traga água? - O elfo pergunta, vendo que nenhum dos dois estava bem.

- Não precisa. - Ella funga, dobrando a carta e guardando no bolso. Olhou para Draco, ela não sabia mais o que fazer agora, e ele percebeu:

- Vamos pensar nos detalhes depois, a guerra ainda não acabou. Temos que voltar para o pessoal, Brutus, os elfos domésticos do castelo devem estar juntos na cozinha, se protegendo do ataque, você deve se juntar a eles. Quando tudo isso acabar iremos te chamar.

- Sim senhor.

E com um estalar, o elfo se foi. Draco envolve Ella em um abraço forte, confortável, aonde ela se encolhe e respira fundo, querendo imaginar que nada passava de um sonho. Sabia que não podiam ficar ali para sempre, então, mesmo não se sentindo bem, se soltou de Draco:

- Vamos encontrar os outros.

- Vamos. - Draco toma sua mão.

Eles saíram juntos da sala e perceberam estar um andar acima. Foram descendo quando viram Hermione e Rony, eles estavam abraçados juntos no final da escada.

- Oi. - Murmuraram chegando perto.

- Que bom que estão bem. - Hermione suspira aliviada, se levantando assim como Rony.

- Viram Harry por ai? - Rony quis saber.

- Não, íamos perguntar o mesmo. - Draco responde, cansado.

- Estou aqui.

Harry descia as escadas, estava suado e sujo, mas parecia decidido.

- Que bom! - Rony suspira aliviado. - Já estava pensando que tinha ido para a Floresta.

- Estou indo para lá agora.

- Harry! - Ella repreende. - Não! Você não pode se entregar assim.

- Não tenho outra opção. - Ele suspira. - Snape morreu, estávamos com ele na hora, ele me deu lagrimas para levar a penseira... - Fungou. - Eu sei por que posso ouvir as Horcruxes, acho que já sei disso a um tempo, e eu sei que vocês duas também sabem. - Hermione deixa lagrimas cair, enquanto Ella abaixa os olhos, claro que tinha pensado sobre isso. - Eu sou uma Horcruxe, enquanto um pedaço da alma dele viver em mim não vamos poder mata-lo. Eu devo morrer.

Um silencio pesado ficou entre eles, ate que Hermione agarrou o braço de Harry:

- Eu vou com você.

- Não. Mate a cobra. Matem a cobra e só vai sobrar ele, vai ser mortal de novo. - Deu um sorrisinho para os amigos. - Esta tudo bem, vai ficar tudo bem.

Se desvencilhou de Hermione com cuidado, e dando uma ultima olhada para Rony, ele virou as costas e saiu em direção a floresta. Hermione soluçou e foi abraçada por Rony, enquanto Ella respirou fundo, segurando todo seu choro:

- Vamos descer e ajudar os outros. Temos que ser fortes agora, ainda não acabou.

Desceram juntos para o térreo, aonde as pessoas tentavam ao máximo arrumar tudo aquilo. Os corpos de amigos foram movidos todos para uma sala, enquanto os corpos dos Comensais eram colocados em uma sala diferente. O Salão Principal estava agora servindo de sala medica, aonde todos andavam de um lado para o outro tratando dos feridos.

Ella e os outros entraram para ajudar. Ajudavam a distribuir água, tônicos e poções, ajudavam a tratar machucados e cuidavam de pessoas em shock. Dumbledore, o irmão mais velho, também estava ali, e era muito bom com feitiços curandeiros, o que vinha muito a calhar no momento.

Merlin - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora