Merlin - Draco Malfoy

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Os remédios para dor estavam finalmente começando a fazer efeito, e Ella agora podia ficar com os olhos abertos e respirar com calma sem fazer todo seu corpo reclamar.

Draco estava ao seu lado, tinha se passado uma hora e ele não tinha levantado para nada. Estava sempre ali, a observando com atenção, cada movimento mínimo da menina o fazia perguntar se precisava de ajuda.

Ella suspirou, ele estava ali, mesmo não sabendo o por que raios ela estava nessa situação.

- Está tudo bem? - Ele pergunta quando ouve o suspiro.

Ella o olha melhor, respira fundo:

- Tenho tido aulas frequentes com Snape, na sala dele. Somente os professores e Dumbledore sabem.

Ele franze o cenho.

- Como reforço?

- Não. Como treinamento. Meus poderes estão crescendo e nem sempre eu sei como controlar eles... Faço coisas se quebrarem e tremerem sem querer, desarmo pessoas sem precisar de varinha, faço magia sem feitiços.

Draco fica em silêncio por um momento, pensando sobre aquilo com atenção.

- Como?

- Merlin. Meu avô tem esses poderes, ele achou que somente ele teria já que nenhum de seus filhos mostrou magia além do normal. Mas eu tenho, eu tenho muita magia e não sei como lidar com ela. Contei pro vovô, ele contou para Dumbledore, que por sua vez, avisou os professores para ficarem de olho em mim caso eu tenha algum problema no meio da aula, e Snape tem me ajudado a controlar tudo isso dentro de mim. Estamos indo muito bem e...

- Muito bem? - Exclama. - Ter suas costelas quebradas é muito bem?

Ella suspira.

- Foi um acidente. Um acidente meio grave, mas um acidente. Você sabe muito bem que reprimir magia pode me levar a algo muito pior do que costelas quebradas.

Draco suspira, se recostando na cadeira e olhando a menina. Ele ficou um tempo em silêncio, pensando em tudo aquilo.

- Que tipo de magia?

- Muito poderosa. Muito mesmo.

- Negra?

- Vai virar se eu sucumbir. Não vou deixar acontecer.

Mais um tempo em silêncio.

- Por que nunca me contou? Eu poderia ajudar em algo.

- Não queria comentar nada antes que seu soubesse como controlar isso.

Draco puxa os cabelos para trás, não estavam mais tão arrumados quanto antes.

- Isso quer dizer que vai continuar com os treinamentos?

- Claro que sim. - Garante. - Draco, se você visse, entenderia. É incrível! Não faço ideia do que estou fazendo na maioria do tempo, mas quanto mais treino, mas poderosa eu fico. Não posso desistir agora.

- Ok, so... Tente não se quebrar mais, por favor.

- Vou tentar. - Ela sorri. - Obrigada por ter vindo, de verdade.

- Eu nunca poderia te negar nada. Muito menos ajuda. - Ele da um sorrisinho.

Por toda a tarde, Draco e Ella ficaram ali, conversando calmamente. O remédio estava fazendo Ella ficar sonolenta, mas ela se mantinha firme e acordada, não querendo deixar Draco ali no tedio. Quando estava perto do jantar, alguém entra na enfermaria.

Luna tinha os cabelos presos, seu andar estava silencioso e mais delicado do que nunca, e em suas mãos ela levava um embrulho.

- Ola. - Da um sorrisinho, chegando perto da cama de Ella.