Capítulo II - Perdidos no bosque, enquanto Seu Lobo não vem

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Após atravessarmos o rio, nós chegamos àquela praia em que Lúcia quase morreu

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Após atravessarmos o rio, nós chegamos àquela praia em que Lúcia quase morreu. E, adivinhem? Ela decide falar com o urso de novo. Qual o problema dessa garota em não falar com animais tranquilos na floresta?

— Lúcia, sai daí! — eu chamo ela, mas a ruiva não me escuta.

— Olá, sr. Urso. — Lúcia cumprimenta, me ignorando totalmente, então tudo aquilo acontece de novo: ela é quase morta, Susana não atira, Trumpkin sim e o urso morre. No fim das contas, Trumpkin coloca a carne do urso na bolsa para comermos depois.

Seguimos viagem pela floresta, passando por um caminho cheio de rochas enormes, que formam, basicamente, um labirinto.

— Não me lembro desse caminho. — Susana informa.

— Mulher é assim, nunca consegue guardar um mapa na cabeça. — Pedro responde, dando um sorrisinho.

— Do fundo do meu coração, eu espero que você bata a cabeça em uma dessas rochas sem querer. — eu informo, fechando a cara para o garoto.

Ele consegue falar a mesma besteira duas vezes. Isso é um recorde de idiotice.

— É porque já temos a cabeça cheia de outras coisas. — Lúcia responde Pedro, insinuando que homem só consegue guardar mapa. E olhe lá, porque estamos perdidos e Pedro ainda não sabe.

Mas eu que não vou contar também, ele precisa passar uma vergonha.

— Queria que ele tivesse ouvido o N.C.A. logo de cara. — Susana comenta comigo e com Lúcia.

— N.C.A.? — Edmundo questiona, confuso.

— Nosso Caro Amiguinho. — Lúcia responde, sorrindo.

— Que apelido mais carinhoso, não é mesmo? — Trumpkin fala, de forma irônica. Bem, talvez de forma irônica, esse homem é meio confuso pra mim.

— Bom, com apelido ou não, eu gostaria que ele tivesse te ouvido. Não estaríamos indo pelo caminho errado, caso contrário. — eu comento e aponto para Pedro, que tenta decidir o caminho que devemos seguir.

— Eu não estou perdido! — ouço ele retrucar e sorrio sarcasticamente.

— Eu não disse que estava! — eu retruco. — Mas se o chapéu serviu...

Pedro se vira para nós e me olha irritado, então levanto uma sobrancelha, olhando-o duramente.

— A garota tem razão, está indo pelo caminho errado. — Trumpkin conta e sorrio vitoriosa.

— Disse que viu Caspian no Bosque Trêmulo e o melhor caminho para ir até lá, é atravessar o rio Veloz. — Pedro argumenta.

Dou um sorrisinho, sabendo bem que por aqui não vai dar certo.

— Há não ser que eu esteja enganado, não existe passagem por aqui. — Trumpkin avisa, olhando ao redor.

— Então esta explicado: você se enganou. — Pedro rebate.

Predestinada • Crônicas de NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora