Capítulo IV - Que raio de olhar foi esse, Caspian?

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Eu mal percebi quando dormi, coisa que eu estava querendo evitar, e acordei-me com Lúcia me chamando

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Eu mal percebi quando dormi, coisa que eu estava querendo evitar, e acordei-me com Lúcia me chamando.

A fogueira havia se apagado e o sol tinha nascido. O canto dos pássaros me trouxe uma sensação de nostalgia.

— O que houve? — pergunto para a ruiva.

— Como acordou tão rápido? Eu tentei acordar Susana e não deu certo. — Lúcia franziu a testa.

— Tenho um bebê em casa, ruivinha. — eu sorrio para ela e nós nos levantamos. — Ainda não me disse o que houve.

— Vem comigo. — ela pede e segura minha mão, então começamos a andar pela floresta. — Eu sonhei com Aslam! As árvores me guiaram até ele. — Lúcia conta-me e então para perto de uma árvore, encostando a mão nela.  — Acorda.

O tom de voz dela foi sofrido e eu senti compaixão pela garota. Há um ano, ela veio para um mundo encantado e viveu anos e anos aqui, mas então ela volta para seu mundo, onde o tempo não passou nem um segundo. Agora ela retorna à esse mundo, seus antigos amigos estão mortos e Nárnia não tem o mesmo brilho de antes. Ela deve sentir uma dor imensa, pois, além disso, ela veio com a certeza que voltará logo, e deverá aprender a viver no seu mundo de origem. Deve ser extremamente confuso e torturante para ela.

Então sorrio com empatia e acaricio seu cabelo, ao falar:

— Não se preocupe, elas vão acordar em breve. Aslam irá aparecer e tudo vai ficar bem.

Pelo menos eu espero, completo mentalmente. Decido não deixar transparecer meu lado pessimista.

— Como sabia onde estávamos quando chegamos aqui? — ela desvia do assunto e me olha profundamente.

Hora da verdade. Solto um longo suspiro e conto:

— Eu vi o futuro. Quando desmaiei, estava tendo uma visão.

Lúcia me olha, pisca duas vezes e pergunta:

— Sabe de tudo que acontecerá?

— Aparentemente, sim. — eu encolho os ombros ao responder, não estando certa sobre os futuros acontecimentos.

— Eu entendo. — ela assente. — Vai ficar tudo bem.

A garota sorri para mim e eu retribuo, me sentindo grata por tê-la como amiga.

— Vamos indo. — eu aponto com a cabeça para o caminho e sussurro: — Vamos encontrar Caspian e os narnianos.

Lúcia sorri alegremente e seguimos caminho, o mesmo da minha visão. Por isso, nem fico surpresa quando Pedro aparece e puxa Lúcia para trás de um arbusto, fazendo o mesmo comigo. Nem mesmo quando um dos minotauros aparece, mesmo que, agora na realidade, ele pareça mais assustador.

O Pevensie mais velho pede silêncio, levando o indicador aos lábios, e pega sua espada, indo em direção ao minotauro.

Como o esperado, Caspian aparece e defende o minotauro, atacando Pedro. A luta foi bem breve, pra ser honesta. Meio minuto chocando espadas, Caspian perde a espada e quase perde a cabeça, Pedro acaba fincando sua espada na árvore ao tentar decapitar o telmarino, Caspian tentou tirar a espada da árvore e Pedro quase desmaiou ele com uma pedra. Quase, pois Lúcia gritou para pararem.

Predestinada • Crônicas de NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora