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🔷️CAIO

A probabilidade me dizia que o resultado desse seqüestro era incerto, eu tinha 50% de chance de sucesso e os outros 50% eu acreditei sozinho que também me faria ter sucesso.

Eu não podia sair sem Analu, e eu não poderia sair de lá morto, então eu tinha que arriscar tudo com confiança e foi exatamente o que eu fiz.

Rdê desce do carro para abrir o portão de madeira da chácara e volta correndo para entrar novamente com o carro.

Ele tem sido inútil por muito tempo, e planejar que ele ficaria de fora da casa para que se algo desse errado ele pedisse esforços foi uma catada de mestre.

Eu abro a porta traseira e saio do carro, segurando na mão na pequena diabinha que está o tempo todo em silêncio.

Eu poderia afirmar que ela é mais esperta que a própria mãe.

Ela observa tudo e não emite som algum

Eu entro na casa que foi preparada para ela passar as longas férias até o dia da sua querida morte.

Julia está sentada no sofá, com a arma em punho, assistindo a invasão que eu tinha organizado com a milícia no alemão.

Julia - Ai, finalmente. - Ela se levanta e sorri ao ver a menina ao meu lado de mãos dadas comigo.

Analu - Eu sabia o tempo todo que você não prestava. - Eu olho pra ela e concordo com a cabeça.

Caio - Ela é mesmo esperta.

Julia - Ela é o diabo em figura de criança. - Ela se aproxima de Analu e aponta a arma para o seu rosto. - Eu to no comando aqui, e se você me irritar um pouquinho que seja, eu vou fazer você sofrer.

Caio - Cai fora, ela é só uma criancinha indefesa, a única pessoa que pode fazer alguma coisa com ela sou eu. - Eu solto a mão dela e levo a mão até sua nuca, empurro ela levemente para frente, Analu dá dois passos em direção a Julia.

Caio - Leva ela para o quarto.

Julia pega na mão da menina e sai arrastando ela até o quarto que foi preparado para a mesma.

Rdê estava encostado na porta olhando para mim e meus dois outros homens estavam do lado de fora, esperando ordens.

Rdê - Qual o plano agora? - ele cruza os braços

Caio - Eu vou tirando pedacinhos dela e enviando para o papai do ano. - Tiro uma carteira de cigarro do bolso traseiro e me jogo no sofá.

Abro a carteira e pego um cigarro, levo até os lábios e ascendo o mesmo com o isqueiro que estava dentro da carteira.

Rdê - Você não acha isso desnecessário?

Dou uma tragada no meu cigarro e faço um bico pequeno com os lábios, enquanto nego com a cabeça.

Caio - Não, eu acho genial. - Sorrio enquanto deixo a fumaça sair pelo canto da boca.

Julia - Quando vou poder matar ela? - Ela vem em direção a sala, colocando a arma na cintura.

Caio - É por isso que você é a minha preferida. - Ergo a mão aberta e Julia vem até mim com um sorriso aberto e bate a mão na minha.

AO ACASO  | MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora