A Fairy Tail (prólogo)

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Esse primeiro cap se trata de um livro que o Stiles tem e que influencia o decorrer da história. Está fanfic está disponível na minha conta do Spirit com o mesmo nome ♡

Há muitos e muitos anos atrás, durante a maré baixa, algumas sereias podiam ir á terra. Um jovem tritão, invejoso ao ouvir suas irmãs falarem tanto sobre a terra implorou ao mar para que lhe desse pernas para que conhecesse o mundo dos humanos.
O mar, generoso com seus filhos, decidiu conceder o pedido ao jovem tritão, ele poderia ir a terra na terra durante a maré baixa em uma noite de lua cheia, que ocorria apenas uma vez ao ano. O jovem tritão contente, prometeu ao mar que ao nascer do sol estaria novamente ao mar para receber de volta sua calda. Mas o jovem tritão não esperava encontrar um belo humano, o qual se apaixonaria à primeira vista e viveria uma intensa noite de prazer e luxuria humana, se entregando de corpo e alma ao homem, que lhe pedia para ficar pra sempre ao lado dele. O jovem com medo de não poder ficar com o humano, por meses não voltou ao mar, mas depois de várias semanas em terra ele se sentia mal, os desmaios eram constantes assim como a falta de apetite. O mar estava lhe castigando por não ter cumprido sua promessa, temeroso de não poder permanecer com seu amor, o jovem tritão voltou ao mar em uma noite de lua cheia, e mesmo com a maré alta ele permaneceu com pernas humanas, ele cantou para chamar suas irmãs, mas sua voz permanecia humana e seu canto já não era o mesmo. E nem os peixes e águas vivas que eram tragos pelas ondas podiam mais ser compreendidos por ele. O jovem chorou e clamou ao mar que lhe ouvisse e perdoasse, que estava apaixonado por um humano e não podia voltar, mas não queria morrer por estar em terra, não queria deixar seu amado.
O mar compadecido com a dor de sua cria, disse-lhe que nunca puniria um de seus filhos com a morte, mas se ele escolhera a terra e aos humanos a sua família no mar, ele seria punido de maneira que os humanos o abominariam e nunca lhe aceitariam como um deles. Seu lugar não mais seria terra ou mar. O jovem tritão sem entender o mar, olhou para o reflexo da lua na água, vendo-se ali refletido, e em seu ventre três frutos. Ele era um homem, e homens humanos não carregavam bebês em seus ventres, não como os cavalos marinhos e grande parte dos tritões. O mar ainda injuriado com as escolhas do tritão, prometeu que não apenas ele sofreria com aquela maldição, mas todos os homens de sua linhagem. Eles estariam condenados a terra e a rejeição dos humanos. Sem nunca poder voltar ao mar, a não ser na única noite de maré baixa durante a lua cheia do ano.
E como o mar havia condenado, o jovem tritão ao contar para seu amado sobre as crianças que carregava em seu ventre foi rejeitado e chamado de aberração, precisando fugir da vila em que viviam para não ser queimado na fogueira condenado por heresia e bruxaria, condenado a viver isolado até suas crias virem ao mar, que lhe prometera um último favor lhe prometendo que o oceano seria onde daria a luz e o primeiro berço de suas filhas. Ao acordar na areia, com suas três filhas em seus braços no primeiro raio de sol do dia, o jovem tritão soube que nunca mais ouviria a voz do mar. 

O Tritão, o Lobo e a Maldição Onde histórias criam vida. Descubra agora