Era uma vez, Minerva.

Capítulo 4- O beijo roubado.

🌿DOUGLAS BOOTH NA MULTIMÍDIA , COMO A MINHA INSPIRAÇÃO PARA O PERSONAGEM ZACC. TENHAM UMA BOA LEITUTA!😘🌿

💓"Estou me sentindo estranho sobre você e eu
Algo mudou eu não sei porque
Olhando para você meu velho melhor amigo
Isso é uma fase? Esse é o fim?
Eu tenho um milhão de pensamentos sobre você por dia
Cara a cara eu não tenho nada a dizer
Nós vamos nos perder agora
Não pode lutar contra a verdade que
encontramos
Sim, estamos nos distanciando de repente
E eu não posso acreditar
Que eu não estarei lá por você, lá por você, lá por você
Nós vamos nos perder agora[..]"💓

Perca-nos (feat. Scott Hoying)

Christynne.

UM DIA ANTES...

— Cara, aquele dia foi muito engraçado. Você não sabia se ria ou se chorava.— O Zacc diz quase chorando de tanto rir.

No momento, estamos no fundo da minha casa, onde era o nosso cantinho de brincadeiras quando éramos crianças.
Já tentamos até fazer uma pequena casa na árvore, mas não teve jeito. A vovó e a senhora Susan, a mãe do Zacc, não nos deu uma mãozinha, e bem, éramos crianças, mal sabíamos desenhar direito uma casa numa folha de papel, que dirá construir uma casinha na árvore.

É engraçado o quanto nos damos bem e assustador o quanto nos distanciamos com o passar dos anos. Ele sempre tentou manter contato, mas eu meio que sou a vilã da história por estar sempre ausente. Vovó conversa muito comigo sobre isso. Sobre o fato de eu colocar sempre como prioridade os estudos e o trabalho, e esquecer dos amigos, de sair e curtir um pouco a vida. Realmente acho que ela está certa sobre isso.

Não me surpreendeu quando eu cheguei em casa depois do trabalho e me deparei com ele sentado no sofá da sala me esperando. Ele tem uma chave reserva caso venha acontecer algo inesperado como por exemplo, eu esquecer a minha no trabalho, na faculdade ou até mesmo perder no meio da rua. E bem, ele já fez isso outras vezes, o que não me fez pensar que era um sequestrador prestes a me atacar na escuridão da sala da minha casa.

Estávamos falando do dia em que ele tentou me ensinar a andar de skate no parquinho que também era bem perto da nossa casa. Ele disse pra eu ir devagar, mas eu não escutei por achar ser fácil, então caí e me "estabaquei" no chão. Ele se assustou e veio até a mim. Ri sem parar da cara de assustado dele, e ele começou a rir também. Mas infelizmente esse parquinho não existe mais, o rei pediu para que fosse retirado do Centro e colocasse no lugar um Museu histórico sobre a trajetória da realeza.

"—Que patético."— Pensei

— Você tinha que ver a sua cara quando eu caí. Estava estampado o seu pânico.— Gargalho novamente e ele para de rir para me fitar o que me deixa um pouco sem graça.

— Sinto falta do tempo em que éramos mais próximos.— Diz olhando para a grande árvore em que brincávamos.

— Também sinto falta de cair dessa árvore com você.— Faço palhaçada chamando a sua atenção então voltamos a rir novamente.

— Então amanhã é o seu grande dia.

Reviro os olhos um pouco desanimada.

— É um dia como todos os outros Zacc.

— Não é. É o dia em que a melhor pessoa do mundo nasceu.

Ergo uma das sobrancelhas e sorrio.

— Não exagera.— Peço e ele me fita com precisão me deixando um pouco envergonhada agora, o que nunca aconteceu quando eu estava com ele.

— É o dia da garota mais linda, da mais engraçada e companheira. É o dia da garota que eu estou apaixonado.— Ele diz direto,  e se aproxima rapidamente, então só consigo ter a sensação da sua boca colada na minha o que me assusta e me faz empurra-lo ligeiramente.

— O que você está fazendo?— Pergunto passando a minha mão pela boca.— Quer dizer,  eu sei o que você estava fazendo mas... O que você pensou ao fazer...isso que acabou de rolar.— O questiono surpresa e ele só sabe me olhar parecendo estar um pouco agoniado.— Zacc!

— Olha, eu não vou te pedir desculpas.— Ele passa a mão pelos cabelos e gira lentamente .Um giro curto e me olha pela milésima vez.— Eu... Eu só não escolhi isso.

— Mas nós somos amigos.— Digo tentando  explicar o que já era óbvio para mim.

— A muito tempo que você não age mais como minha amiga, tá legal.— Ele diz passando as duas mãos pelo rosto parecendo estar irritado.— Esse tempo todo a gente se afastando, eu descobri que o meu gostar por você, vai além. Eu senti a sua falta, mas não como amigo Chris. Eu descobri que esse tempo todo, você era a garota por quem eu deveria me apaixonar.— Ele começou a falar sem freio e eu comecei a me  sentir confusa com tudo isso e ao mesmo tempo culpada por ter me afastado.

— Não me culpe, eu não quis me afastar. Foi o tempo, as consequências, não sei só...— Paro um pouco pra respirar.— Só vai embora daqui.— Digo fechando os olhos.

— Chris!— Ele se aproxima mas eu me afasto.

— Vai embora Zacc!— Ele me fita pela última vez antes de sair, e então posso vê-lo atravessar a porta e dizer ao longe:

— Me desculpa, mas eu não escolhi isso.— E fecha a porta.

Saio do quintal um pouco desordenada, porque sempre as coisas acontecem comigo sem uma programação? É sempre do nada, sem me preparar ou algo do tipo, e isso me mata.

Subo para o meu quarto, cansada tanto pelo trabalho e faculdade quanto pela discussão que tive com o Zacc. Por um momento de distração passo direto pelo quarto da vovó e me toco que sempre ia dar um beijo de boa noite nela antes de dormir. Então retorno antes mesmo de adentrar em meu quarto, abrindo a porta e a vendo deitada no chão, perto de sua cadeira de rodas.

Caminho apressada em sua direção, começo a pedi-la que me responda, então vejo que poderia ser algo muito mais sério do que parecia e ligo para a emergência, que depois de quase uma hora aparece e leva a vovó para um hospital.