Capítulo 7- A realeza.

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🐈Avatar do príncipe Edgar na multimídia.💜

Christynne.

A minha única intenção era  vim tomar um ar, espairecer a cabeça e admirar a vista de Findarvia do alto, o que muito me parecia uma ótima ideia. No entanto, eu não esperava por surpresas a essa altura do campeonato, onde eu achava que nada poderia me assustar mais.

Não é lindo tudo isso?— Ouço uma voz masculina e então viro meu rosto, ainda assustada, para fitar quem quer quem fosse, e me assustei mais ainda quando eu percebi que era o príncipe Edgar que falava a alguns passos de distância de mim.

Uma pequena falta de ar me toma, e eu não consigo deixar sair sequer uma palavra da minha boca. Fico um pouco paralisada pensando no que dizer, mas nem consigo me mover da posição em que eu estou. Percebo o seu corpo a se mover em minha direção e a falta de ar se intensifica, por muito pouco eu não venho a desmaiar.

— Você é nova no Palácio?— Ele me pergunta ao parar um pouco próximo à mim, olhando para a imagem linda da cidade.

Ergo os meus olhos para fitá-lo com mais precisão e concluo que ele é tão bonito como eu via nas revistas. Seus olhos são claros num tom de mel misturado com castanho claro, sua pele está em perfeitas condições. Notei sua barba por fazer, sua boca rosada e por fim analisei a sua altura que por sinal, é bem mais alto que eu de fato.

— Eu poderia dizer que você está analisando a minha beleza, sem parecer convencido?— Ele se vira para mim e dá um sorriso de canto de boca. O encaro incrédula por ele ter sido tão ...direto.

— Eu ... Eu...— Gaguejo um pouco por não saber o que dizer. Afinal não é todos os dias que temos um príncipe a nossa frente e não é todo dia que você finge ser uma princesa que futuramente se casará com ele.— Eu sou nova no Palácio.— Digo por fim e volto a fingir olhar para a grande vista à minha frente.

— Então deve saber que não é permitido a saída de funcionários de seus aposentos ,à esse horário.— Ele diz calmo e sorri mais uma vez.

— Que regra idiota!— Esbravejo apenas para que eu escute mas logo vejo que não disse tão baixo possível para que isso funcionasse.

— Também acho idiota, mas é como funcionam as coisas por aqui.

— As coisas não deveriam ser assim.— Digo agora em um tom alto para que ele pudesse me ouvir.

— Assim como?— Ele se volta para mim aprofundando o seu olhar e me analisando dos pés à cabeça.

Lembro que estou usando apenas um roby de seda na cor vermelha por cima da camisola que o Ariel me deu para que eu vestisse. Encolho-me pela vergonha e o mesmo sorri pela minha atitude.

— Acho melhor eu voltar para o meu quarto.— Digo me afastando um pouco e o mesmo me segue com os olhos.

— Acho que o príncipe não ficaria bravo se você ficasse mais um pouco.— Diz debochado me fazendo revirar os olhos.— Não vai me dizer o seu nome?— Cruza os braços na tentativa de me persuadir.
Sorrio pela sua atitude e me viro para voltar ao quarto.

— Tenha uma boa noite, príncipe!— Exclamo um pouco distante e o deixo sozinho.

Já tinha quebrado a primeira ordem da Duquesa  de não sair do quarto essa noite, imagina se eu me apresentasse logo como Minerva. Estaria ferrada.
Ando apressada para o meu quarto e fecho a porta rapidamente. Deito-me e fico a pensar no acontecido.

Às sete horas em ponto da manhã, Ariel adentra em meu quarto e pede que eu vá me arrumar para ser apresentada ao príncipe e à sua família. Disse um milhão de coisas que eu deveria dizer e o que eu não deveria dizer. Falou para que eu fosse discreta e para que eu não tocasse em assuntos políticos que poderiam colocar tudo a perder.

Ele me entregou um vestido bem formal por sinal, que eu nem saberia distinguir se era um preto azulado, um preto normal ou um azul bem escuro. Tinha pouco decote, o que me agradava, no entanto era bem elegante.

                            Vestido...

Visto-me e apreço-me em pentear meu cabelo

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Visto-me e apreço-me em pentear meu cabelo. Faço apenas um coque folgado e coloco um brinco de pérola pequena. Calço um salto baixo prateado e me visualizo na frente de um grande espelho.

— Vejo que se saiu muito bem sem as empregadas.— Ariel diz assim que entra em meu quarto.

— Nunca precisei de alguém para me ajudar a me vestir, não será agora que irei precisar Ariel.— Digo me voltando para ele.— E você não deveria usar esse termo, elas são funcionárias como você, e não empregadas.— Digo por fim.

Ele passa a mão pelo seu terno, e percebo que essa é uma de suas manias frequentes. Sorrio.

— Vamos?— Digo nervosa e desanimada e ele assente.

Ariel me dirige para onde seria o grande salão do café da manhã. Sinto pequenas gotas de suor deslizar por minha testa pelo nervosismo que parecia tomar conta de mim.
Ariel pede para que eu espere na entrada do grande salão e eu cesso os meus passos. Escuto a sua voz um tanto abafada ao me anunciar logo em seguida:

Anuncio ao grande salão de Findarvia, Minerva Donabella Lins Williams. Princesa do Reino de Atlanta e futura rainha de Findarvia.

Adianto-me em me aproximar e sinto meu coração palpitar com mais velocidade. Vejo logo à minha frente o Rei de Findarvia, Roudofh, que me analisa com o olhar. Logo em seguida respiro fundo e encaro a Rainha Alice e a Duquesa Virgínia, minha suposta mãe, que sorriem para mim receptivas. Na sequência fito o Rei de Atlanta, Lúcios, que não parece está tão surpreso, e por fim vejo o Príncipe Edgar, que se levanta assim que eu o fito e me encara surpreso.

— Seja bem vinda querida.— Escuto a Rainha Alice dizer sorridente e se levantar acompanhada dos outros que ainda estavam sentados.

Aproximo-me e me sento em umas das cadeiras confortáveis de frente para o príncipe Edgar,  que parece não entender o que eu estava fazendo ali. Fito um pouco distante do meu acento, a Duquesa que me olha como se dissesse :— Aja naturalmente, querida. E por fim ela me sorri deixando-me ainda mais nervosa com aquela situação.

Era uma vez, Minerva.Onde histórias criam vida. Descubra agora