Não sou sua mulher

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- O que significou aquela cena dentro do shopping?

- Pra você eu não sei, pra mim eu estava acabando com aquele sorriso idiota na cara da Clara e deixando meu recado pra trouxa da Bárbara Kulaif.

Elas chegaram ao prédio de Ohana, Anitta dirigiu até um canto longe no estacionamento e subiu os vidros fumê.

- Como assim deixando recado para a Bárbara?

Enquanto ela perguntava viu Anitta travar as portas do carro e soltar ambos os cintos de segurança.

Ela afastou um pouco o banco do motorista para trás e a olhou.

- Deixando claro para ela que você é minha agora.

Ohana a encarou incrédula.

- Como disse?

- Deixei bem claro pra você ao iniciarmos isso que durante este tempo que estivéssemos juntas você seria minha assim como eu seria sua. Era este o recado que eu estava passando para ela.

-Anitta...

- Cala a boca, Ohana.

Ela disse isso e inclinou-se para beijá-la com ardor.
O beijo foi furioso, efervescente e intenso.

Ohana amoleceu os músculos rígidos em segundos depois que sentiu os lábios dela colando nos seus.

A boca quente dissipou qualquer questionamento que ela tivesse e a ânsia de ser tocada de novo por Anitta, aflorou dando vazão aos desejos reprimidos.

Ela agarrou-a retribuindo a caricia com a mesma força e a mesma vontade.

Beijavam-se com fúria, tentando cada uma aplacar sua próprias tensões nos lábios da outra.

O ar faltou e elas se separaram, com a distância, a consciência de Ohana voltou.

Ofegante ela disse:
- O que pensa que está fazendo? Acha que pode falar comigo desse jeito?

Anitta riu de lado.

- Ouça-me Ohana, isto é algo que você deve aprender à respeito das lésbicas ou até mesmo das bi, como eu, é algo muito importante. Toda e qualquer mulher é possessiva. Não importa o quão dócil ela pareça, no fundo há um animal dominador. Existem algumas que controlam isso e outras que não controlam. É instintivo.

- Suponho que você seja parte das mulheres que não controlam. - ela disse com deboche.

- Errado. Controlo sim e controlo muito bem, porém é muito difícil fazer isso com uma imbecil babando em cima de sua mulher descaradamente.

Ohana engoliu as palavras dela junto com um bolo que se formou em sua garganta.

- Não sou um objeto para ter dono.

- Não falo de possuir você como objeto. Falo de possuir sua atenção, seus desejos, seus sentimentos. Estou certo que me entende. Não é tão diferente assim com as mulheres.

- Isso pode ser até normal, mas não entre nós. Não sou sua mulher.

Anitta a encarou com intensidade.

- Sim você é, e será minha mulher por dois meses. Será a mulher a quem eu possuirei com minha alma, a única mulher que levarei para minha cama, a única que dormirá nos meus braços. Mesmo que sejam apenas dois meses, você será minha mulher e será tratada como tal.

- Você está levando isso a sério demais, Anitta. - ela disse trêmula pelo efeito das palavras dela.

- Sempre levo meus relacionamentos a sério, Ohana, não sou uma mulher qualquer, nem quero que vejam você assim. Se é para ter você comigo, não importa por quanto tempo ou sob quais circunstancias, será intenso e será pra valer. Também não acho que você seja dada a aventuras.

Ela engoliu em seco.

- Se eu não fosse dada a aventuras, não teria proposto o que propus a você.

Anitta sorriu.

- Ora, Ohana, conheço você antes mesmo daquela idiota bater os olhos em você. Não é dada a aventuras não. É uma romântica que resolveu vingar suas feridas. E assim como eu sempre te olhei com outros olhos, sei que já teve uma queda por mim, apenas uniu o útil ao agradável.

- Você é convencida demais. - ela disse brava.

- Não é convencimento é constatação de fatos.

- Procurei você apenas por que...

- Sei exatamente por que me procurou, e foi simplesmente por quê você me quer, mas se você não consegue admitir para si mesma eu posso provar.

- Provar o quê?

- Posso provar que você, me quer tanto quanto eu quero você e também que você adora meu jeito possessivo.

- Não, eu não gosto, Anitta eu acho...

- Admita, Ohana, vamos, não é feio admitir as fraquezas.

- Petulante.

- Teimosa.

- Arrogante.

- Chega de conversa, se você quer na marra, vai ser na marra.

- Anitta o que você está...

Mas o resto da frase foi abafado pela boca dela que novamente a buscou com fúria.

Anitta estava incrivelmente quase toda por cima dela no banco do carona.

Elas se beijavam com raiva e desejo, desejo muito aparente por sinal.

Cansada da posição na qual se encontrava, Anitta puxou Ohana para cima de si e não encontrou grandes dificuldades em suspendê-la, fazendo com que ela se encaixasse em seu colo.

Foi por instinto, Ohana abriu as pernas e sentou no colo dele, acomodando-se e começando a rebolar.

Anitta a segurou no rosto e a beijou com mais força ainda. Sentiu vontade de rir quando viu as mãos dela buscando sua blusa tencionando abrí-la.

Ela desceu as mãos pelas costas de Ohana, levando até as nádegas e comprimiu provocando um contato maior em suas intimidades.

Ohana gemeu com gosto.

Então Anitta usou as mãos para afastar o rosto dela quebrando o beijo.

- Negue agora que me quer. Vamos Ohana, olhe nos meus olhos e negue.

Ela tinha um brilho bastante malicioso nos olhos.

- Vai se ferrar, Larissa!

Anitta gargalhou, segundos antes de sentí-la comprimir os lábios nos seus de novo.

Anitta inclinou o banco do carro mais pra trás e deixou que Ohana jogasse o peso do corpo no dela.

O contato dos sexos ficara mais forte.

Ohana ofegou.

Com urgência e impaciência ela arrancou a blusa de Anitta, tirando-a com violência e tremeu quando a sentiu chupar seu pescoço com avidez.

- Anitta...

Ela gemeu quando sentiu as mãos dela mergulhando por baixo da sua blusa e alcançando a pele quente.

-
Cheguei!

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A professora - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora