Precisamos ser discretas

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- Larissa, o que é isso!?

Ohana chamou sua atenção, não estava defendendo Bárbara, mas não gostava que falassem por ela.

Anitta a olhou, sabia que ela deveria estar muito irritada.

- Me desculpe.- Ela quase sibilou.

Ohana a encarou por alguns segundo antes de virar-se para Bárbara.

- Não vou gravar com você, Bárbara, a galera pode confundir as coisas e achar que isso significa que as coisas voltaram a ser como eram antes, e eu não quero polêmica.

Ela foi fria e direta.

- Não sabia que ela mandava em você. Que coisa patética, Ohana!

Falou no tom e intenção de machucá-la.

Anitta deu um passo a frente, mas Ohana segurou sua mão intervindo.

- O que é patético, Bárbara é que você continue com esse joguinho idiota. Não tenho culpa se o poder de persuasão da Anitta funciona e o seu não, agora se me der licença, tenho muita coisa pra fazer.

Bárbara estreitou os olhos.

Ohana desistiu de esperar o elevador e saiu em direção às escadas, quando Bárbara fez menção de andar sentiu uma mão agarrar seu braço e puxá-la.

Ela olhou Anitta assustada.

- Ei...O que...

- Escuta aqui, sua testuda infeliz, não canta vitória antes do tempo. Não vou cair nesse seu jogo idiota, você não vai conseguir me afastar dela!

Bárbara travou o maxilar.

- A Ohana não gosta de ser controlada.

Anitta então riu sarcasticamente.

- Ah, gosta. De uma forma retórica, mas gosta sim. - Bárbara entendeu perfeitamente que ela se referia a intimidade - O problema é que você era uma péssima torre de controle.

Então Anitta a soltou e seguiu atrás de Ohana.

O navio era imenso e haviam pessoas de todos os cantos do Brasil, muitos jovens tietando artistas e muitos outros apenas aproveitando toda a mordomia do transatlântico.

Ohana sentou em um dos bares que haviam ali e aproveitou a vista enquanto tomava uma piña colada.

Seu humor estava péssimo.

Estava frustrada, ansiosa e estressada.

Nada poderia ser pior.

Decidiu que não seria uma boa companhia naquele momento e optou por não procurar ninguém do ballet, ficou sozinha esperando que Anitta terminasse o que quer que tivesse que fazer com os patrocinadores.

Quase duas horas e quatro copos depois, Ohana estava numa espreguiçadeira perto de uma das piscinas mais isoladas, Anitta sentou ao seu lado com cara de poucos amigos, mas logo suavizou o semblante quando olhou pra ela e viu a irritação em seu olhar.

Não permitiu que ela falasse.

- Me desculpe. Eu não quis ser grosseira, perdi a cabeça. E desculpa o chá de cadeira também.

Ela continuou calada.

- Ei, neném... me desculpa - Anitta passou a mão no rosto dela delicadamente - Eu cedi as provocações da meio metro de testa, eu sinto muito.

Ohana gargalhou diante do apelido, foi impossível não gargalhar.

Então Anitta se sentiu um pouco mais confiante e beijou-a.

A professora - OhanittaOnde histórias criam vida. Descubra agora