"É uma verdade básica da condição humana que todo mundo mente.
A única variável é sobre o que."
Era dezembro, uma das cidades mais populosas, Tokyo. Kaminari e Kyoka estavam abraçados, com a falsa alfa murmurando consolos nos ouvidos do loiro que nesse dia não estava usando seus feromônios sintéticos, mas Kyoka notou um aroma vindo dele, era de um ômega. Sorriu feliz, no final Kaminari era mesmo um ômega. Mas deixou o assunto para depois, já que o loiro tinha muito mais o que pensar.
Hoje é julgamento de seu estuprador.
Hitoshi voltou para perto do loiro, enquanto os dois amigos separavam-se do abraço. O alfa franziu as sobrancelhas e não pode se segurar em perguntar.
—onde está Kirishima?
— ah, Eijiro queria muito vir, mas parece que ele tinha que ficar até tarde -Kyoka respondeu sem ter muita certeza.
— ficar até tarde com aquele chefe dele? -Denki deu um sorriso malicioso.
— ele não parecia nem um pouco triste por não poder vim. Esse idiota é daqueles que trocam os amigos por namorado -Kyoka falou tentando fingir estar brava, mas não estava realmente, foi fofo o jeito que Kirishima tentou se explicar para ela no telefone.
Logo eles entraram no tribunal conforme o nome era chamado, lá ele pode avistar Yaoyorozu que continuava neutra, mas olhou fixamente para o ômega, como se quisesse dizer algo, mas não podia, por isso apenas sorriu. Hitoshi ficou para fora, pois era uma testemunha, assim como uma outra ômega que eles conseguiram encontrar, ela havia visto tudo, Uraraka Ochako.
O ômega loiro sentou-se ao lado de seu advogado, Todoroki Shouto.— você está bem? -o advogado não tinha uma expressão real de preocupação, Denki julgou que provavelmente estava apenas sendo educado.
— ansioso, além do mais, meu namorado me disse que a juíza é uma alfa.
— é verdade, mas ela também é conhecida por ser atenciosa e justa, mesmo que algumas leis sejam injustas para os omegas.
Antes que Kaminari pudesse dizer alguma coisa uma voz se fez presente e anunciou a juíza.
— todos de pé para receber a excelentíssima Itsuka Kendo, que irá presidir o julgamento.
— podem se sentar -anunciou a juíza, fazendo o mesmo — o réu, Reiko Yanagi, é acusado de estuprar e agredir Kaminari Denki. A acusação é a primeira.
Todoroki foi calmo e preciso, cada palavra monótona era calculada e pensada previamente, perguntas incisivas que obrigaram o réu a se calar diante dos fatos. E então, foi a vez da defesa.
O loiro com belos olhos azuis se levantou da bancada de advogados, tinha a expressão destemida, Todoroki Shouto conhecia bem ele, Neito Monoma, era um ótimo advogado, mas não tinha muita ética, na realidade, apenas não lamentos nenhum remorso em se aproveitar das diversas leis que apesar de serem consideradas um absurdo pela maioria ainda estavam em vigor.
— bom dia, queridos jurados, esse caso é muito simples, meu cliente, está sendo acusado INJUSTAMENTE de cometer um estupro, ele é um alfa saudável e de boa aparência, vocês devem concordar comigo, certo? -ele não esperou nenhuma resposta, até porque jurados não podiam interagir — por que ele iria importunar um ômega que, diga-se se passagem, não é o mais atraente. Se ele tem uma bela namorada, uma ômega. Que ganhou um concurso de beleza! Olhem esse ômega, com olheiras e esses cabelos, as roupas-
— protesto meritíssima, o senhor Monoma está claramente fazendo isso para envergonhar meu cliente. -Todoroki falou em um tom de voz que Midoriya, presente na plateia, nunca havia ouvido e fez ele se arrepiar completamente.
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Betrayal • tododeku (reescrevendo)
RomansaOnde Midoriya descobre que anos de relacionamento foram jogados no lixo pelo marido. Ou, onde Todoroki se cansa de ver o ômega de cabelos verdes sofrer por Bakugou {Tododeku/ universo ABO/ Kiribaku} Esta fanfic está sendo reescrita.