Platônico

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Você arquitetou a suas palavras
Com tamanha sensibilidade.
A procura de assenhorar a nossa
Imaginação.
Enquanto eu fitava a rua parada,
pela janela
Entreaberta.
Você exauriu alguns versos mélicos, na tentativa de atenuar a nossa situação.

Meu coração afável não suportou, às lembranças daqueles tempos anosos, em que rodopiar vamos pelo jardim. Sob o alvorecer das tardes calmas de
Domingo.
Por enquanto só me permito relembrar, a nossas falhas tentativas
De aprender francês sozinhos.

Tento elidir da minha mente seu olhar
Fumegante, de olhos atrelados a mundos distantes.
Taís mundos distantes e tão perto de mim ao mesmo tempo.
Certa vez você prometeu, Levar-me contigo, para conhecer essa pluralidade de mundos. Estes que só existem em sua cabeça imaculada.

Me prometeu sonhos e desejos, imbuídos em cores vibrantes. Porém só me restaram tons alternados de vidas passadas.
Alternados de palavras nunca ditas.
Palavras que ferem como lâmina, como uma besta fera selvagem,
Que extrasalha os corações sorrateiro
Dos jovens mundanos.



"Postando novamente aqui."

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