Diário dos Mortos

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Hoje o sol se perdeu entre às nuvens, e os meus pés descalços entre o verde escaldante. Daquela colina.

Onde o vento norte canta, estão elas a dançar, esperando o entardecer.
Às vésperas do luar.

Nas águas cristalinas do lago norte, uma ninfa está a boiar.
É a donzela do meu vizinho! Meu irmão vem afirma.

Entre flores primaveris, seu débil corpo está a flutuar. Entre sonhos de menina, e módicos pensamentos de paz.

Aquele ser inóspito há de se afogar, nas chamas negras do mal, no crepúsculo das Mortes.

A jovem inocente pecou ao amar aquele Jovem, e agora está Imbuída de escarlate do seu próprio sangue.

"Não tens nada a arrepender?" venho informar.

" Sim! De não ter lhe amado antes. " Ele indaga suavemente.

O brilho da colina tardou a aparecer naquela manhã, mais o brilho pardo de sua epiderme, e o dourado de seus cabelos. Tardou a desaparecer da minha
Mente.

Naquele lugar costumeiro de sempre. Seus intocados olhos
Verdes se misturaram nas cores frias da paleta da morte.

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