Céu, Mar e tintas!

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Avistei certa vez um rapaz de feições nada comum, E no exato momento em que firmei o meu olhar sobre os seus olhos fumegantes, no instante não consegui esquece-los.

Ele caminha em direção oposta a minha casa, pela calçada de uma rua qualquer, de uma cidadezinha qualquer do país. Sua pele pálida singular ao encontro dos raios de sol e seu cabelo castanho-terra ( sei lá, talvez essa palavra nem se quer exista, mas é o que consigo descrever sobre a cor dos fios peculiar do seu cabelo comprido.) Me deixaram atônita diante daquela paisagem.

Se passaram dias que não avistava ou era surpreendida com tamanha beleza. Mais durante uma tarde abafada de outono, vejo o parado, encostado em um ponto de ônibus na esquina, aquele mesmo sonho de dias atrás. Eu não reconheço mais aquele olhar ( me sinto mal por isso) parece-me distante do que um dia foi um deus, suas roupas monocráticas se misturaram naquela poluição visual. Seu brilho imperceptível ainda me fascina mais não com a mesma intensidade de antes. Suponho que daqui uns dias não reconhecerá mais aquela face desconhecida.

Se me perguntarem sobre aquela visão divina. Não saberei lhe responder, apenas vou afirmar que ele é um carnaval de cores alternativas.

POESIAS De Um Coração Nada Poético.Onde histórias criam vida. Descubra agora