Addam estava estirado no chão do clube que Albert e ele frequentavam. Tinha que admitir que o exercício sempre lhe fizera bem, mas naquele momento foi um remédio. Albert estava ao seu lado, também esgotado pelo esforço.
- Você primo, acabou comigo hoje. Mas vou colocar a culpa nos meninos que não me deixam dormir. Os dentes estão nascendo e John não admite que nada o perturbe. Disse Albert.
- Pobre Duque, vencido por dois serzinhos minúsculos. Albert sorriu diante da lembrança dos filhos amados.
- Não os subestime, são pequenos monstrinhos.
Ambos gargalharam, em que circunstâncias se imaginaram falando sobre bebês e dentes nascendo e adorando cada palavra.
- Preciso ir, disse Albert, ja está tarde.
De repente Albert se lembrou de seu compromisso e num pulo se levantou. Apenas colocou seu casaco sobre o ombro e saiu correndo.
- Onde vai, perguntou Albert.
- Preciso ir, tenho um compromisso, gritou de volta ja na porta.
- Não se esqueça do jantar sexta ou Carol vai te matar.
Addam nem respondeu, se sobrevivesse a hoje, pensaria em morrer ou não na sexta.
Addam chegou na sua casa com quase uma hora de atraso do horário marcado e se encaminhou diretamente a seu escritório onde Helena o aguardava.
- Me desculpe Lady Eglinton... E então ele se deteve ao vê-la em um vestido vermelho completamente justo na cintura fazendo com que seus seios se projetassem para cima.
- Lorde Grayson, disse ela em uma mesura. Pensei em me adiantar e começar a provar de uma vez os vestidos. Esse, disse ela passando as mãos pelo tecido que era todo bordado na saia, é para noite e se o senhor...
Helena não pode terminar, pois sua boca foi tomada pelo lábios de Addam. Em um suspiro se derreteu e só pôde apoiar as mãos em seu peito. Ele a segurava pela cintura e a puxava para si em busca de mais contato. Por um instante soltou sua boca e distribuiu beijos ardentes por seu pescoço nu, Helena o segurou pela nuca para que ele não pudesse se afastar mais.
- Não sei o que acontece comigo quando estou perto de você Helena, simplesmente não consigo permanecer longe.
Ela fechou os olhos e foi tomada pelas sensações novamente. Agora ele cheirava a madeira, e podia sentir seu suor sobre a camisa que se colava aos músculos do peito, seus cabelos eram tão macios quanto ela imaginava sobre seus dedos e a boca, como poderia ser macia e firme ao mesmo tempo, lhe arrancando suspiros e lançando um prazer insuportável por todo o corpo.
- Se eu não senti-la, acho que morrerei, disse ele entre os beijos, e então a realidade de tudo aquilo a atingiu, fazendo- a se afastar.
Ambos se olharam respirando com dificuldades. Tentando decifrar a expressão de cada um.
- Eu preciso, preciso me trocar, já está tarde. Disse ela num sussurro.
Ele abaixou a cabeça tentando se recompor, se virou de costas e pegou seu casaco que estava caído no chão.
- Claro, por favor me desculpe Helen..., digo Lady Eglinton, não pretendia ofende-la. Deixe-me acompanha-la ao quarto para se trocar. E então saiu do escritório em direção ao cômodo onde estavam as coisas de Helena.
Ambos não se tocaram ou sequer se olharam durante o percurso. Addam a deixou na porta e seguiu para o cômodo ao lado. Ele viu sua expressão confusa e disse.
- Esse é meu quarto, e este, disse ele apontando para a porta a sua frente, é o quarto da Lady Grayson, quando houver uma para ocupa-lo. E sem esperar resposta entrou em seu quarto fechando a porta.
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Um caso e nada mais
RomanceAcompanhem a história de Addam e Helena, uma jovem viúva de língua afiada e mãos leves, que luta para se livrar do poder de qualquer homem em sua vida. Mas ao conhecer um belo e atrevido cavalheiro que faz seu coração palpitar, sente-se dividida em...