Capítulo 27

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Helena estava trancada no mesmo quarto que o velho conde tentara consumar seu casamento. Olhava ao redor e percebeu que tudo estava como antes, então correu para perto de um vaso próximo a janela e olhou dentro. Sorriu ao perceber que sua adaga ainda estava ali, a escondera antes do conde chegar caso precisasse se defender, e não tivera tempo de pega-la quando partiu. ouviu a chave sendo girada e rapidamente a escondeu em seu bolso oculto do vestido e correu se sentar na cama. Uma empregada muito jovem e magra entrou no quarto trazendo uma jarra de água e a colocando sobre a mesinha de cabeceira. Tentou sair do quarto sem olhar para Helena, mas esta a chamou:

- Espere, ela disse a segurando pelo braço. Por favor, me ajude. Só preciso que você deixe a porta aberta. A moça tentou se soltar e Helena viu uma marca bem profunda em seu rosto, provavelmente de chicote, então entendeu se caso ela fugisse, a moça poderia ser morta. Maldito Macgregor, tão covarde como seu pai. Esqueça, pode ir, disse ela a soltando, mas você não precisa passar por isso, fuja.

A moça a olhava assustada e ia dizer algo quando a governanta então no quarto seguida por duas criadas.

- Vamos todas vocês, precisam vestir essa, essa... Senhora, cuspiu ela.

Helena cruzou os braços e se sentou na poltrona próxima a janela.

- Me obrigue, disse ela, precisará me matar caso queira me tirar desse vestido.

- Não me tente sua meretriz. Nunca gostei de você, mas meu patrão insiste em fazer esse arranjo.

- Pois mande-o vir pessoalmente caso queira muito.

- Ora sua... Vamos, saiam todas.

A velha roliça saiu do quarto pisando duro enquanto batia a porta atrás de si. Helena respirou fundo e se preparou para o que viria, pegou sua adaga e a apertou junto ao peito. Caso fosse preciso a usaria, lutaria com todas as forças por sua liberdade, por sua vida. Só não entendia porque aquele homem a estava sequestrando, porque agora?


Um caso e nada maisOnde histórias criam vida. Descubra agora