Capítulo Quatorze

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Meu coração parecia que ia saltar fora do peito, depois que a médica autorizou, já tinha cerca de meia hora que a mãe de Theo estava lá com ele e eu só me perguntava se eu poderia entrar naquele quarto, estava tão ansiosa que não conseguia me conter.
Finalmente vi a porta do quarto abrir e me levantei desenfreada, a mãe de Theo me olhava solidária e tinha um sorriso tão grande nos lábios que era impossível esconder.
- Como ele está? Ele falou alguma coisa? - perguntei mais rápido do quê eu Realmente queria.
- Ele está bem, um pouco fraco ainda, mas está bem e ele ficou muito feliz em saber que você está aqui.
- Eu posso ver ele? Eu quero muito falar com ele , prometo que eu não vou...
- Filha, você pode... - disse ela sorrindo.
Eu sorri em resposta e de repente eu estava mais nervosa do quê ansiosa enquanto caminhava em direção a porta, lentamente levei minha mão até a maçaneta de ferro gélida, que certamente não estava mais gelada que as minhas mãos que suavam frio de nervosismo.
Assim que abri a porta eu o vi ali, com um sorriso amarelo nos lábios, parecia tão frágil ainda , com ataduras e ferimentos em seu corpo e mesmo assim era o Theo mais lindo e sexy do universo inteiro.
Céus, eu o amo, e estou pronta pra dizer isso pra ele.
- Baixinha - o ouvi dizer, aquele tom de rouquidão sexy que entrava nos meus ouvidos e entorpecia meus sentidos; eu odiava que ele me chamasse assim, que qualquer um chamasse, mas nunca estive tão feliz em ouvir aquela palavra.
- Theo... Eu te amo! - pronto eu falei, sem esperar mais nada, sem dizer ou perguntar nada, eu já tinha esperado tempo demais, e eu não queria perder nenhuma oportunidade.
Theo ficou perplexo, me encarando com olhos arregalados como se não entendesse o quê eu havia acabado de falar.
- Eu... Eu preciso que você se aproxime... - disse ele enfim, me fazendo caminhar em passos largos até ele, sentei na beira da cama onde estava e ele pegou minha mão, fiquei encarando como o seu polegar dava voltas ali, me fazendo sentir uma queimação intensa com um toque tão simplório e inocente.
- O quê você disse Day? - perguntou ele.
Mordi o lábio inferior, agora com ele me encarando com aqueles olhos cheios de expectativas eu estava de novo nervosa.
- Me desculpa por aquela briga boba... E por não ter ido com você, não ter confiado em você e por ter deixado você ir... - minha voz estava embargada e eu encarei novamente nossos dedos entrelaçados, eu não devia estar chorando na frente dele assim.
- Você está se culpando por isso? Sério? Day, pelo amor de Deus, não teve nada haver com você, foi um acidente, acidentes acontecem e eu não quero pensar em nada do quê aconteceu antes disso, eu sinto que, foi me dado outra oportunidade de viver e fazer as coisas certas Day... E eu quero aproveitar isso...do seu lado.
Levantei os olhos e o encarei.
- Eu te ama mesmo Theo, e demorei muito pra perceber isso, acho que foi necessário isso acontecer pra quê eu entendesse que precisava de você...
Theo me puxou delicadamente pra perto dele e então nos beijamos, e eu estava com uma saudade enorme disso, dos seus beijos, da umidade doce dos seus lábios e da sua língua traiçoeira percorrendo caminhos em direção a minha...
Eu estava tão feliz daquilo ser real, eu estava mesmo ali, sendo saciada pelo néctar do seu beijo, sentindo meu corpo estremecer e todos os meus sentidos se perderem, de repente eu senti que não era suficiente, eu queria mais dele, eu precisava de mais, só que agora, eu não poderia...mas não me impedia de demonstrar o quanto eu o queria, meio que inconsequente e sem pensar, subi na cama, passando as pernas uma de cada lado em volta de Theo, ele me encarava totalmente perplexo, sem entender o quê eu estava fazendo.
- Day , o quê você está... alguém pode entrar e...
- Cala boca e me beija! - ordenei me inclinando e voltando a lhe beijar, sentindo o beijo tomar um outro sentindo, meu corpo parecia ferver em brasas e eu sabia que Théo sentia o mesmo, a pele do seu rosto estava febril, meu corpo já não atendia meus comandos, dançava involuntariamente um vai e vem lento sobre o corpo de Theo que me fez ouvir um gemido frouxo vindo de sua garganta, e aquilo me deixou tão mais excitada que céus, eu poderia acabar com aquilo ali agora mesmo, poderia aliviar a tensão criada abaixo do meu abdômen, mas os gemidos de Theo logo pareceram diferente, interrompi os beijos na sua nuca e o observei .
- Estou te machucando? - perguntei.
- Um pouco, mas eu não ligo. Não pare. - disse ele suplicante .
Parte de mim queria parar aquela brincadeira, mas a minha deusa interior estava clamando por mais.
Me desprendi do beijo e prendi o cabelo, Theo certamente já sabia o quê aquilo significava; estava pronta pra levar Theo ao paraíso, ele segurava firmemente os meus quadris, quando devagar eu fui passando as pontas dos dedos pelo seu corpo, vendo sua respiração mudar, ficar mais pesada e seu olhar doce inflamar de desejo .
Eu estava louca por isso, por senti-lo mas alguém entrou no quarto antes disso e gritou de espanto ao me ver ali sob ele.
- Meu Santíssimo! O quê estão fazendo? - me virei e vi a enfermeira me encarando com total horror, desci de Theo rapidamente e ele levou uma almofada até a região abaixo da cintura, numa tentativa de esconder o quê eu havia provocado.
- Me desculpe. - disse Theo - não vai acontecer de novo.
- E não vai mesmo, onde já se viu fazer isso aqui! Você mocinha, está proibida de entrar aqui nesse quarto.
Eu quis reclamar, mas estava envergonhada demais, meus sentidos finalmente recobrando e me fazendo entender a loucura que eu estava fazendo.
Saí da sala sem ao menos olhar pra trás, deixando a mãe de Theo pelo corredor sem entender nada.
Céus, imagina como eu ia olhar na cara dela quando a enfermeira lhe contasse?
Parte de mim estava envergonhada, mas parte de mim eu sei que se sentia orgulhosa agora, faria de novo e iria até o fim .
O quê Theo estava fazendo comigo?

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