VI

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Kj Apa

Uma casa nova e segura, quinze mil dólares em um mês e sem precisar pagar aluguel nenhum... Um sonho que uma pessoa como eu que não tem dinheiro quer. Mas eu não sei se é mesmo o que eu quero.

Eu já balançava a perna e roía uma unha minha, eu não conseguia tomar uma decisão ainda, estava nervoso do que poderia acontecer nesse um mês se eu topasse a proposta dela.

- O seu tempo está acabando, não posso ficar a vida toda esperando você. - A minha patroa disse e então eu respirei fundo, já com a decisão em minha cabeça.

- Eu... Eu recuso a proposta. - Falei, ela me olhou surpresa, como se não tivesse acreditado no que eu falei.

- Tem certeza, é a chance de você mudar de vida. - Ela falou, fechei os olhos e suspirei.

- Sim, tenho... Tenho certeza. - Falei, ela apoiou as suas mãos na beira da mesa fazendo com que seu sutiã ficasse a mostra. Kj, se controle.

- Olha Keneti, pelo o que você me contou, eu vi que precisa da grana. Você tema té amanhã pra me dar um resposta concreta. - Ela me disse, assenti sem dizer nada e sai de sua sala voltando ao trabalho.

...

Finalmente o fim de semana chegou, vou poder descansar e aproveitar um pouco com meu filho.

- Papai, me leva no parquinho?. - Benjamin pede dando pulinhos.

- Vamos deixar pra amanhã, vai começar a chover daqui a pouco filho. - Falei enquanto terminava de limpar a mesa de jantar.

Quando olhei para Benjamin, meu coração apertou. Ele estava com a cabeça baixa e em um momento, vi uma lágrima descer pelo seu rosto e ver ele daquele jeito fez meu coração doer. Terminei de limpar a mesa e o peguei no colo, no mesmo instante ele cobriu seu rosto com suas mãozinhas gordinhas.

- Ei cara, pode tirar a mão do rosto. - Falei tentando tirar a mão dele do rosto, Benjamin tirou e sequei suas lágrimas. - O papai vai te levar no parque.

O bico que tinha em seu rosto logo virou um lindo sorriso e seus olhos voltaram a brilhar.

- Obrigada papai, você é o melhor papai do mundo!. - Disse e recebi o melhor abraço do mundo, seu pequeno corpo se atirou no meu fazendo com que meu coração batesse forte.

Coloquei ele com uma calça jeans, um tênis, uma camisa polo e um casaco bem quente por cima com uma touca. Me arrumei rápido por que uma criança de três anos estava me dando pressa.

Peguei o dinheiro, tranquei as janelas e a porta e fomos para o parque.

- Papai, podemos chamar a tia Lili pla ir com a gente? - Benjamin perguntou no meio do caminho.

- Podemos passar lá para ver se ela pode ir.

...

- Ah, oi meninos! Nossa como estão bonitos. - Lili disse já pegando Benjamin do meu colo.

- Esse carinha aí quer saber se você quer fazer companhia para nós, vamos para o parque.

- Paque titia!. - Benjamin disse batendo palmas animado.

- É, parque!. - Ela diz animada também. - Bom, não vou recusa o convite, preciso mesmo me divertir um pouco.

Entramos na casa de Lili e esperamos ela se arrumar. Aquela proposta da minha patroa não saia da minha cabeça, será que era melhor eu ter aceitado? Ou recusado? Tudo rodava em minha cabeça, a nossa conversa do começo até o fim e pra falar bem a verdade, eu estava mesmo pensando se não fui tolo de recusar a proposta.

Lili terminou de se arrumar e fomos para o parque, era perto de onde morávamos, então dava pra ir de pé.

O parque estava cheio, dava pra escutar os gritos de animação das crianças e adolescentes da entrada. Benjamin já foi logo adquirir o seu lugar na fila pra comprar os ingressos, fui atrás dele e aguardamos a nossa vez.

Compramos o ingresso e entramos, Benjamin já foi escolhendo todos os brinquedos que queria ir.

- Tia Lili, você vai naquele binquedo gandão comigo? - Benjamin perguntou.

- Claro que vou, vim pra me divertir com você. Vamos.

- Eba! Vamos titia. - E lá foram eles dois.

Eu estava com um presentimento ruim, de que algo ruim iria acontecer, mas eu só espero que não seja com nós três.

...

E como eu tinha dito, choveu.

Eu estava com Benjamin coberto com seu casaco no meu colo fugindo da enorme tempestade que estava acontecendo, muitas das ruas já estavam alagadas e eu estava todo molhado. Nós tínhamos parado na casa de Lili pra conversar um pouco mas quando vi a chuva vindo, achei melhor vim embora.

Corri até chegar em casa e me desesperei com a cena.

As janelas estavam quebradas, o telhado que cobria a cozinha tinha desmoronado e a cozinha estava toda quebrada e cheia de água.

Eu tentava acalmar Benjamin que estava no meu colo chorando assustado com a chuva

E aí nesse momento de desespero que eu penso, será que era melhor eu ter aceitado a proposta da Sra. Camila?

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E então? O que acharam?

Gente, desculpa o sumiço, minhas aulas já voltaram e a minha criatividade tinha ido embora, mas agora voltou!

Votem e comentem!

Beijos!

Risky ProposalOnde histórias criam vida. Descubra agora