XXXVI

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Um ano e meio depois... 

Segunda-feira, 10:12 - The Mende's

Camila Mendes 

A luz do sol entrava pelas frestas da cortina de seda perolada, vindo até o meu rosto e me acordando aos poucos. Mais um dia de vida... 

Me levanto, faço minhas higienes, arrumo o meu cabelo que por sinal está incrível depois do trabalho do meu hair designer preferido, Tommy. Castanho e curto, na altura do ombro, perfeito! 

- Bom dia Lídia! 

- Bom dia Sra. Mendes, o café da manhã já está na mesa. - Minha empregada disse. 

- Obrigada querida, o Gray vai chegar mais tarde, pede pra ele dar uma olhada la no quarto 02. 

- Certo Senhora. - Ela assenti e se retira da sala de jantar, me sento e aproveito pra comer as delícias que Lídia fazia. 

Peguei mais uma comidinha e guardei na bolsa pra o horário de almoço, desci para a garagem e entrei em um dos meus carros, indo direto pra minha nova empresa de Nova York. 

Depois de tudo aquilo, eu simplesmente deixei tudo nas mãos do meu irmão e sumi de Beverly Hills, eu precisava de um recomeço, longe de tudo e de todos. Então vim para Nova York, comecei a fazer minha nova empresa aqui e agora tenho uma vida aqui, deixando todo o passado sombrio pra trás. 

- Sra. Mendes, o dono da agencia já chegou,está aguardando a senhora. - Minha secretária disse. 

- Pode manda-lo entrar. 

Foi muito difícil ter um recomeço aqui, eu fui completamente quebrada pelo homem que eu amava tanto, que eu dava o meu melhor pra não ser uma namorada ruim. Eu nunca imaginei que ele era aquele homem que disse aquelas palavras pra mim que me machucaram tanto. 

Logo que cheguei em Nova York, estava em choque, ficava trancada no quarto o dia todo sem comer, sem dormir, sem fazer nada. No primeiro mês eu perdi sete quilos e eu estava acabada completamente, e em um belo dia conheci Grayson, o meu melhor amigo, ele me ajudou tanto e eu não conseguia confiar em mais ninguém no começo, nem nele. 

Com o passar do tempo ele foi ganhando minha confiança, me levou a um psicólogo e fui diagnosticada com depressão grave, eu não sentia vontade de fazer nada nem mesmo o tratamento. Mas Gray estava ali, me incentivou a fazer o tratamento e fiz. 

Nesse tempo aconteceu tantas coisas, tive tantas descobertas que me fizeram pensar e que me reconstruíram. Hoje eu sou feliz, forte e bem comigo mesma. 

Voltei a fazer algo que me ajudou muito a esquecer os problemas e minha doença, dançar. Sempre dançava muito no clube da Mads, então comecei a procurar em Nova York clubes de stripers e entrei em um incrível que me dava direitos igual o da Mads. Uma apresentação única longe das mãos dos homens/mulheres da platéia. 

As únicas pessoas que sabem onde eu estou são: Cole, meu pai, Mads e a Lili. Tem uma pessoinha que eu queria muito que soubesse que eu estou bem por que eu sinto tanta falta dele, do meu Ben. Lili me manda fotos dele de vez em quando e eu sempre choro de saudades do meu pequeno que a cada dia fica mais lindo. 

Com muito esforço, fiz de tudo pra sumir da mídia, me disfarçava de todas as maneiras possíveis pra não saberem se estou viva ou morta e até hoje não sabem, não me sinto sufocada como me sentia antes quando a mídia sabia da minha existência. Agora, estou ótima vivendo uma vida "normal". 

- Sra. Mendes, desculpa interromper a reunião, mas a senhora tem uma chamada de emergência de Beverly Hills, é do seu irmão. - Bufo revirando os olhos. 

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