LXXVIII

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Kj Apa

Eu olhava para o Noah sentindo o ódio me corroer, ele segurando o braço da Camila com força me deixava com mais fúria.

- Você vai soltar agora ou eu vou ter que te obrigar? - Perguntei já impaciente, Camila me olhava com os olhos marejados, um misto de emoção e susto.

Noah gargalhou como se achasse graça de algo e me olhou novamente.

- Qual é Kj? Não percebe a vagabunda que você tem como esposa não? Todos esses dias ela me enchia de mensagem pedindo para que eu viesse aqui matar o desejo dela. - Disse, Camila o olhou assustada.

- O que?! Não, isso é mentira Kj!

- Pois é, e você achando que ela era fiel a você... É melhor abrir o olho, porque não é a primeira vez que ela faz isso com alguém.

- Cala a porra da boca e solta a minha mulher agora! - Gritei furioso, fora de mim.

Finalmente ele a soltou, empurrando-a na parede, se virou para mim e aproximou.

- Ela é uma putinha, adora dar em cima do primeiro homem que aparece sem que você veja.

Segundos depois Noah estava no chão, não aguentei as palavras dele e me enfureci de vez.

O esmurrei até ver sangue saindo de seu rosto e ele gemer de tanta dor.

Camila não dizia nada, estava paralisada sentada na cama.

- Da próxima vez que você entrar pela porta da minha casa, você não sair vivo. Eu nunca falei tão sério Noah. - Sussurrei olhando diretamente em seus olhos, vendo o misto de ódio e medo.

Me levantei e o puxei pelo braço, arrastando-o para fora do quarto, acionei um dos seguranças que logo veio busca-lo.

Fechei a porta, respirando fundo.

- Kage... Amor, olha. - Camila correu até mim completamente desesperada e tremendo, me mostrando que não havia nada dele no celular dela, nem conversas, nem nada. - Eu não fiz nada do que ele falou Kj, eu nunca dei em cima de ninguém, eu nunca te traí. E-eu...

- Fico triste em saber que você acha que tem que me provar algo. - Falei realmente chateado, ela pareceu se apavorar mais ainda e começou a chorar de novo.

- Mas eu não fiz nada! Eu nunca faria isso com você e...

- Acalma-se, está tudo bem. Eu acredito em você. - Falei calmamente, pegando seu rosto entre minhas mãos, ela estava muito trêmula.

- M-mas...

- Não tem mais Camila. Eu sempre confiei em você, nunca duvide disso, por favor. - Falei, a observei por um tempo pra saber exatamente o que estava acontecendo. Ela estava tendo mais uma crise.

Me levantei apressadamente pegando o seu remédio, me sentei ao seu lado e entreguei a ela.

Após tomar o seu remédio, ela me olhou com os olhos úmidos pelo choro e o medo. Eu odiava vê-la daquela forma.

- Você veio pegar mais roupas? - Perguntou, percebi que ela não estava brincando, ela realmente achava que eu ia embora novamente. Meu peito doeu, me senti culpado por ela pensar daquela forma, nas últimas semanas eu só vinha para buscar roupas mesmo.

- Não.

- Vai... Embora de vez? - Seu queixo tremeu por um momento e seus olhos encheram de lágrimas novamente.

- Eu voltei amor, pra ficar com você. - Falei secando suas lágrimas.

- S-serio?! - Assenti.

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