XXXIII

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Camila Mendes

Uma semana depois...

Os dias pareciam ficar mais corridos, já fazia uma semana que Kj teve alta e já tinha começado a fisioterapia, ele pediu pra ficar na casa dele pra não me incomodar, mas ele nunca me incomodou e resolvi deixar ele na minha casa. Eu acordava de manhã, a cozinheira já deixava o café da manhã de Kj feito na bandeja, eu me arrumava, descia e tomava meu café da manhã. Depois subia com seu café da manhã e seus remédios, ele acordava mal humorado se queixando das dores, mas logo ficava com aquele bom humor gostoso dele de volta quando eu conversava com ele.

Ajudava ele a se arrumar para a fisioterapia, Lili buscava ele e o levava pro hospital e eu ia pra o trabalho, deixando a cozinheira tomar conta do Ben pela manhã. No meu horário de almoço, eu ia em casa pegar Benjamin pra levar pro colégio. Era uma rotina corrida e cansativa, mas nós já estávamos nos acostumando com ela.

- Está tudo bem com meu filho?

- Sim senhora Mendes, ele está aqui na sala brincando. - Katy disse.

- Obrigada Katy, qualquer coisa, me liga. Até. - Finalizo a chamada e me espanto com minha porta abrindo rapidamente, vejo Cole entrar e vim desesperado em minha direção. - O que foi? Algo com o Kj?

- Eu preciso me distrair com algo e sair daquela casa, não aguento mais aquela mulher. - Disse revirando os olhos. - Você não tem ideia de como é um inferno ficar no mesmo ambiente que aquela cobra. O câncer do papai já passou, ele está limpo, já está mais do que na hora de contarmos pra ele sobre a Clary.

- Eu sei. - Respiro fundo. - Está tão cansativo, a rotina ta muito corrida e acabo esquecendo disso. Por favor, me ajuda a tomar conta desse lugar.

- Mas é claro, agora é o seu horário de almoço e não quero que você volte mais aqui hoje, entendeu? - Cole disse me arrancando um sorriso de alívio e felicidade.

- Eu já disse que eu te amo? O que seria de mim sem você!

- Nada. - Pisca e sorri pra mim. - Vai, sai daqui.

- Depois eu quero que me conte sobre você e Lili.

- N-não tem nada entre nós. - Gargalho da sua resposta nervosa.

- Então vai me dizer que quando levou ela em casa aquele dia, não rolou nada? Fingiram de freiras e cada um foi pra o seu canto?!

- Saia daqui agora antes que eu me arrependa de te ajudar. - Disse nervoso.

- Não está mais aqui quem falou, tchauzinho. - Digo saindo.

Nesse horário Kj já deve ter chegado da fisioterapia, vou direto pra casa pra ver ele logo e saber da evolução deles na fisioterapia.

- Cheguei! - Digo ao vê-lo na sala com Ben, ao me ver, um sorriso lindo se faz em seu rosto. Vou até ele e beijo seus lábios, ele me puxa pra o seu colo e me sento ali. - Então, como foi a fisioterapia?

- Cansativa, mas fui bem.

- Eu te amo, sabia?! - Digo fazendo um carinho em seu rosto, ele vira o rosto e beija minha mão.

- Eu também te amo. - Beijei seus lábios. - Mas, espera, cadê aquela Camila durona?!

- Ela resolveu dar um tempo e agora a Camila que está aqui é uma carinhosa derretida pelo homem que tem. - Digo, sorrimos e deitei em seu peito.

- Oi mamain, naum tinha te visto. - Ben vem até a cadeira do pai e me abraça.

- Oi meu príncipe. - Beijo sua bochecha. - Fez as atividades?

Risky ProposalOnde histórias criam vida. Descubra agora