Acordei e desci para tomar café, acabei nem olhando como Verônica estava. Espero que ela não tenha assaltado a gente ou assassinado Valentina enquanto estávamos dormindo. - risos
— Uma mulher que se identificou como Lily passou aqui mais cedo perguntando por você... — Verônica diz com uma xícara de café na mão.
— Ah, Lily...
— Ela é a sua irmã? Parece ser bem mais jovem.
— Namorada.
— Certo. Aceita um café? Está ali em cima na cafeteira. — afirmo com a cabeça e pego um café
— Ahhhhhh....
— Valentina? Aconteceu algo? — pergunto
— Hoje vou passar o dia inteirinho no trabalho. — Ela suspira — Fecha tudo pra mim, tudo bem? Ah, bom dia moça.
— Fecho sim, Val. — vou ao banheiro tomar banho, mas antes pergunto como Verônica passou a noite.
— Dormiu bem, Senhora?
— Dispenso formalidades. Não vou mentir, a muito tempo não tinha uma noite de sono como essa.
— Fico contente. — coloco a xícara na pia — Pode abrir o consultório para mim? Preciso fazer uma coisa antes.
— Sim, não se atrase.
— Certo.
Levo minhas roupas para o banheiro e me visto lá mesmo. Vou caminhando até a lanchonete.
— Gostaria de saber se a Lily está aqui... — pergunto no caixa, mas logo interrompi minha fala quando avisto ela limpando uma das mesas.
— Oi, bom dia, esteve na minha casa mais cedo?
— Sim, eu estive. E parece que outra mulher também...
— Esqueci de apresentá-las? Ela é a Verônica, filha do Robert.
— Por que ela estava mais cedo na sua casa?
— Ela pediu para passar uma noite lá.
— E por que pediu?
— Isso é um interrogatório? Estou sentindo que minha namorada não confia em mim...
— Não, desculpe. Apenas achei estranho e repentino, primeiro passou o dia todo com ela no trabalho e depois dormiu na sua casa? O que está acontecendo, Catalina?
— Lily, ela apenas pediu para passar a noite, simplesmente pelo fato de ser nova na cidade e não ter nenhum lugar para ficar. Vai embora hoje mesmo, eu prometo.
— Desculpa amor pela falta de confiança, fico tranquila.
— Agora tenho que voltar.
Cheguei no consultório e ela já estava na entrada, me esperando.
— Está atrasada Senhorita!
— Me desculpe, Senhora!
— Dessa vez irei deixar passar. Quero que me recomende hotéis para passar minhas noites, não planejo ficar muito tempo aqui.
— Tenho recomendações de alguns hotéis no balcão. — pego e entrego alguns papéis para ela .
— Estou esperando alguém. Quando chegar mande imediatamente para minha sala.
— Não se preocupe com isso.
Já estava me esquecendo de tirar o celular do silencioso. Caí no sono e cochilei ali mesmo. Meu sono é interrompido por um rapaz alto que procura por Verônica.
— Com licença — Ele pede — Com licença! — Pede novamente ao perceber que não o escutava.
— Desculpe. O que deseja? — levantei rápido logo deixando minha visão turva.
— Gostaria de falar com Verônica.
— Vou levá-lo até sua sala. — guio ele até a sala de Verônica
— Com lincenca, uma pessoa quer vê-la.
— Pode mandar entrar.
— Verônica Roberts?
— Pois não? — sua face é de desapontamento — Quero que fique, Catalina.
— Sim, Senhora.
— Não esperava ver você novamente, não é nada pessoal. — Ela diz.
— Infelizmente foi preciso. O tribunal quer seu depoimento sobre o caso do seu pai. — Ele diz colocando sua maleta na mesa e retirando alguns papéis.
— O Robert — Ela aumenta seu tom de voz — Foi um filho da puta desta vez, deixou seus rastros. Meu depoimento é algo totalmente confidencial.
— Posso sair se quiser.... — digo
— Você fica. — faz gesto com as mãos insinuando que não é para sair. — Você sabe muito bem como era minha relação com ele. E Catalina... Soube que você também foi vítima daquele canalha.
— Sim.
— E quero ele preso desta vez. — Ele fala socando a parede.
— Se acalme, por favor! Aqui é o meu novo ambiente de trabalho e não tolero desordem! — Ela diz
— Preciso do seu depoimento por escrito, Catalina.
— Tudo bem.
— Agora você pode se retirar.
— Com licença.
Meu horário acabou e se me atrasar Lily pode ficar chateada. Mas preciso saber o porquê do depoimento de Verônica. Espero ela sair.
— Espero não vê-lo nunca mais. — se despede
— Por que ele quer seu depoimento?
— Você não foi a única vítima dele, também fui.
— Você? A própria filha?! — estou em choque.
— É, ele sempre foi um babaca. Se me permite vou para casa, quer dizer, hotel. Feche tudo, obrigada. — afirmo com a cabeça — Boa noite.
— Boa noite.
Se ele foi capaz de fazer isso com a própria filha, quem dirá com outro alguém. As vezes, pessoas ruins são quem menos esperamos.
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Angel in Sight
RomantizmAspirante a atriz, Catalina, a personagem principal de uma peça chamada "Meu Querido Anjo". Lily, recém mudada da cidade, é convidada para participar do elenco. As emoções sentidas durante essa peça são tão reais, que por vez, inicia um lindo romanc...