NARRADO POR ROBERT
(PAI DO SAM)Eu retornava para casa pois havia esquecido algumas ferramentas do trabalho,meu pai poderia reclamar sobre meu atraso,mas seria muito mais pior se não levasse suas valiosas ferramentas. Paro no sinal vermelho junto com outros veículos,graças a Deus o transito não estava tão ruim,seguro firmemente o volante do carro e solto um longo suspiro.
Uma ambulância seguida de varias viaturas de policia atravessam a rua em alta velocidade,o barulho das suas sirenes me davam um aperto no coração...além de uma sensação esquisita. Assim que o sinal abre sigo com meu percurso...
Ao passar pela rua onde fica a escola do Sam uma cena me arrepia dos pés a cabeça,além do colégio metade do quarteirão estava interditado,alunos,professores,policiais,bombeiros,todos estavam ali. Paro o carro e saio do veículo com a esperança de encontrar Sam...
— Lamento senhor,mas a rua está interditada,sugiro que dê a volta. — Diz um policial.
— Mas meu filho estuda ai. — Falo — O que houve com a escola?.
...ele me olha sem saber o que dizer...
— Um momento... — O policial se afasta.
...isso não pode está acontecendo,Sam não seria capaz de...mas se ele não está aqui para onde foi?...
Entro no carro. Dando a volta no quarteirão sigo para casa por um outro caminho,tudo que vejo é um rastro de destruição,árvores caídas,postes de luz destruídos...não dava descrever os caos que estava ali. O rastro de destruição vai até o bairro onde moro e quando paro em frente a minha casa uma energia pesa sob meu corpo.
Saio do veículo e caminho para dentro da casa meio apreensivo. Ao entrar se nota uma grande bagunça,mas nada estava destruído,subo as escadas para o segundo piso,meu filho provavelmente estaria em seu quarto.
— Sam?. — Bato na porta.
...ouço ele chorar...
...
Vagarosamente entro no cômodo,o garoto estava deitado na cama todo encolhido de costas para mim.
— Não foi minha intensão — Ele se vira.
— Eu sei que não foi. — Digo calmamente sentando na beira da cama — Pode me explicar o que aconteceu?.
Sam começa a falar sobre tudo,o desconforto com a escola,as implicâncias de um tal de Joey,as estranhas sensações que sentia...absolutamente tudo que ainda não tinha me revelado.
— Filho,você deveria ter me contado,poderíamos ter passado por isso juntos.
— Eu não queria que você se preocupasse comigo.
— E como acha que estou agora?. — O encaro.
...ele faz um sinal negativo...
— Eu sou mesmo um monstro. — As lágrimas voltam a escorrer de seus olhos.
— Você não é um monstro e eu quero que tire esse pensamento da sua cabeça.
— Mas eu quase destruí a escola...
— Sam,eu sempre vou ter orgulho de você,independente do que faça sei que suas intenções sempre serão as melhores e sempre que precisar eu vou estar aqui...talvez já tenha dito isso e por mais que possa parecer repetitivo é a verdade.
Quando digo isso ele vem me abraçar,retribuo o gesto e acaricio seus cabelos. Talvez se eu não tivesse tão ocupado com o trabalho teria dado mais atenção ao Sam,mas como não podemos concertar isso o melhor a se fazer é dar um tempo para que as coisas melhorem.
— Eu não sei como,mas vamos achar uma solução...eu prometo
...ouço uma sirene se aproximando...
Ando em direção a janela,vejo um carro de polícia estacionando bem em frente,um policial e uma mulher morena usando um terno cinza saem do veículo,eles caminham na direção da casa.
— Sam,arrume suas coisas,coloque tudo o que puder dentro da mala...há policiais ai fora.
O garoto obedece. logo escuto baterem na porta,sinto meu corpo tremer,eles poderiam ter descoberto sobre meu filho de alguma forma e a única coisa que penso é de deixarmos a cidade antes que algo pudesse acontecer...
...quando abro a porta da frente os dois me olham com atenção,apesar das armas que o policial carregava o que mais me deixava tenso era a expressão da mulher.
— Posso ajuda-los?...
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(Continua No Próximo Capítulo)

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SAM
ParanormalSam é um garoto especial com dons sobrehumanos,tendo um comportamento peculiar ele cativa e incomoda as pessoas ao seu redor. Seu pai,Robert,é um homem solteiro,ele cuidado do garoto sozinho lidando perfeitamente com suas condições e limitaçõe. Para...