No dia seguinte levanto da cama bem mais cedo,eu me sentia um pouco diferente naquela manhã,meu corpo todo doía como se tivesse praticado um monte de exercícios físicos,mal conseguia mover as articulações. Apesar de tudo me aprontei para ir a escola,meu pai praticamente tomou um susto quando me viu na cozinha já todo arrumando comendo cereal.
— A quanto tempo você está ai?. — Ele pergunta.
— Antes das seis da manhã talvez. — Respondo.
...ele se aproxima de mim e passa a me analisar detalhadamente...
— O que houve com você?.
— Como assim?. — Me agito.
— Você está pálido,se sente bem?
...não contei a ele sobre as dores que eu sentia no momento...
— Eu me sinto ótimo. — Sorrio.
— Isso não me parece normal,deixa eu medir sua temperatura.
— Não precisa,talvez seja o clima,está frio. — Explico.
— Está sentindo alguma dor?.
Ele parece ler minha mente,porém eu continuo negando sobre estar doente. As dores em meu corpo provavelmente são causadas pela cama desconfortável,não era nada grave ou incomum.
— Dores?...não,o senhor deve está imaginando coisas. — Falo — Olha só a hora,tenho que ir,até mais tarde — Saio dali de maneira rápida.
— Ei,espera ai. — Meu pai me chama.
...paro no meio caminho...
— Sim?. — Volto para a cozinha.
— Talvez quando você chegar eu não esteja em casa,hoje vou trabalhar na oficina do seu avô.
— Certo.
— Seu almoço vai estar na geladeira,esquente se tiver fome.
— Todo bem,eh...OK...tchau... — Saio depressa.
— Mas a escola nem abriu... — Ouço ele falar.
Já fora de casa diminuo a velocidade para gastar tempo,cada passo que eu dava a dor vinha,as vezes em lugares diferentes do meu corpo e para piorar a mochila só dificultava. Aquilo não era nem um pouco comum e o que quer que fosse tinha haver com meus poderes.
...
Quando chego em frente a escola tudo parece como no dia anterior,procuro por Bryan ou Tanysha,mas não havia nenhum sinal deles. Passo pelo pessoal até entrar no prédio,uma sede descomunal me incomoda,ando rapidamente até o bebedouro mais próximo e quando menos se espera tropeço no pé de alguém.
— A culpa foi sua de vir na direção do meu pé.— Fala Joey em tom de deboche.
Algumas pessoas que estavam ao redor começam a rir como se aquela fosse a piada do século. Trato de me levantar imediatamente,minha respiração acelera,mas no momemto não havia nada que eu pudesse fazer.
— Joey,você não tem nada melhor para fazer?. — Bryan aparece — Conversar com uma pedra,esmurrar uma parede,sei lá,qualquer coisa.
— Eu sugiro correr atrás do próprio rabo. — Diz Tanysha.
— Então o novato está andando com os punks perdedores?. — Joey sorri — É,já vi o suficiente por hoje.
Respiro aliviado quando ele vai embora,enquanto isso Tanysha e Bryan ficam me olhando como se esperassem alguma coisa. Talvez quisessem que eu revidasse suas ofensas,mas no momento nem ao menos conseguia me mexer.
— Tudo bem?. — Bryan pergunta.
— Sim. — Falo.
— Não devia ter deixado o Joey falar aquelas coisas de você. — Comenta Tanysha.
— So quero evitar confusão. — Suspiro.
— É um ótimo pensamento,mas discordo dele,essa escola é o último lugar onde se usa bom senso. — Explica Bryan — Se deixar que pisem em você as outras pessoas vão pegar no seu pé.
— Vocês são pessoas incríveis,me admiro por ninguém notar isso. — Sorrio — Mas não sou esse tipo de pessoa.
— Bryan,o garoto nos chamou de incríveis,logo a gente que toda semana pega detenção. — Diz Tanysha com um meio sorriso.
Minutos depois eu vou para minha sala,Bryan e Tanysha me acompanham,eles ficam comigo durante uns minutos,depois que o sinal toca os dois vão para suas respectivas salas. Entro na classe timidamente,haviam alguns alunos ali que trocavam cochichos entre si...sinto um frio na barriga ao passar por eles.
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(Continua No Próximo Capítulo)

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SAM
ParanormalSam é um garoto especial com dons sobrehumanos,tendo um comportamento peculiar ele cativa e incomoda as pessoas ao seu redor. Seu pai,Robert,é um homem solteiro,ele cuidado do garoto sozinho lidando perfeitamente com suas condições e limitaçõe. Para...