SAM

Capítulo 5.

Na hora do almoço tentei não falar muito sobre a escola,mas sabia que meu pai iria me perguntar sobre isso a qualquer momento...

— E a escola filho?.

...é,como agora por exemplo...

— Foi legal. — Respondo minimamente.

— Ah é? e como foi?.

— Foi legal.

— Até parece um disco arranhado. — Ele me encara — Vamos,sei que não foi tão ruim assim.

Como resumir a catástrofe e transformar tudo em algo positivo?. Meu pai já lida com um monte de coisas,se eu contasse seria mais uma preocupação para sua lista,infelizmente não tive outra opção.

— Meu primeiro dia foi incrível,todos foram super simpáticos comigo e...fiquei apreensivo no começo,mas logo me soltei.

— Fez amigos?.

— Bryan. — Falo de forma rápida.

— Só ele?.

— Sabe,é só questão de tempo para me enturmar. — Sorrio

— Fico feliz que seu primeiro dia tenha sido legal. — Ele comenta — Passei a manhã toda preocupado com isso.

— Preocupado sem motivo? vê?...deu tudo certo.

— É,parece que sim. — O homem tem uma expressão de orgulho — Você sabe que pode me dizer qualquer coisa.

— É,sei...

— Então se você estiver precisando de um concelho ou de uma ajuda não exite em falar comigo.

— Pode deixar pai.

Olho para minha comida,mas havia perdido totalmente o apetite,porém permaneci comendo até a última migalha. Eu devia ter contado sobre Joey e os micos que paguei,mas não sei o que deu em mim,meu pai já suportou tanta coisa que achei a ideia meio desnecessária.

Depois do almoço fui para meu quarto,me jogo de cara na cama e fico assim por alguns segundos até acabar cochilando. Quando acordo permaneço deitado até ganhar coragem para sair da cama,se eu dormisse mais iria passar a noite toda acordado.

...caminho até a janela e fico olhando para fora como se estivesse esperando algo...

...

— Sam?. — Ouço me chamarem.

Ergo minha mão direita e com um movimento calmo abro a porta vagarosamente. Meu pai tem uma expressão surpresa,talvez por eu ter feito isso sem sair do lugar.

— Sei lá...acho que posso ganhar dinheiro fazendo mágica. — Movimento os ombros.

— Isso não é exatamente uma mágica mas,até que não é má ideia. — Ele sorri — Bom,eu vim para ver se você precisa de algo,ajuda no dever de casa talvez?.

— Eles não costumam passar dever de casa no primeiro dia. — Respondo.

— Então tá,eu não vou atrapalhar...

— Pai. — Falo antes que ele pudesse ir.

— Sim?.

— Será que nós podemos treinar um pouco?.

— Claro,vamos lá.

Não sei quando foi a última vez que nós fizemos isso,tenho praticado meus poderes sozinho,mas com meu pai era algo diferente...divertido. Dessa vez fomos ao porão,ninguém poderia me ver lá,mas eu não tinha idéia de como começar.

— Consegue levitar aquela caixa com objetos pesados dentro?.

...faço o que ele pede sem dificuldade alguma...

— Ótimo,e será que pode movimentar mais de um objeto?.

Raramente consigo fazer isso,mas não custaria nada tentar. Fecho os olhos para me concentrar e depois de um pouquinho de esforço consigo manipular mais de um objeto,eu tinha o controle de todos como se fizessem parte de mim.

— Nossa!...você subiu de nível. — Diz meu pai impressionado

— Obrigado,eu...

...esqueço dos objetos e eles caem...

— ...só preciso praticar um pouco mais. — Sorrio.

Continuamos com o treinamento até anoitecer. Durante o jantar meu pai só falava da escola comigo,o que conversamos antes não foi suficiente para ele,mas eu só conseguia pensar em como seria o dia de amanhã...infelizmemte não vinha nada agradável.

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(Continua No Próximo Capítulo)