Capítulo 16.

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— Posso ajuda-los?...

— Senhor Graham,eu sou a detetive Miller e acho que sabe o motivo de estarmos aqui. — Diz a mulher.

— Do que está falando?. — Pergunto.

— Sou uma agente que lida com casos especiais e quando soube sobre seu filho mal consegui acreditar. Pensei que se tratava de um atentado,mas quando colhi os depoimentos vi que estava lidando com algo totalmente contrário do que imaginei.

— Em outras palavras... — O policial continua — Seu filho pode ser uma ameaça a nós e isso inclui você. 

— Queremos que Sammy nos acompanhe,só iremos leva-lo a um lugar para poder trabalhar suas habilidades.

— Não,vocês não vão levar meu filho. — Fecho a porta na cara deles.

— Senhor Graham,não nos obrigue a usar a força.

...tranco a porta e corro procurando por Sam...

— Temos um problema. — Falo assim que o encontro em seu quarto.

— Eu ouvi a conversa toda. — Ele me encara — Não gosto da ideia de me levarem para ser estudado.

— Eu não vou deixar.

Não demorou muito para começarmos a ouvir pancadas na porta,aqueles dois poderiam entrar a qualquer momento. É possível que mais deles possam aparecer,ou pior,a imprensa,essa gente poderia fazer matérias sobre meu filho.

— Vamos sair daqui. — Falo pegando a única mala que Sam conseguiu arrumar.

Descemos a escada com pressa,ao pisar no ultimo degrau a porta da frente é derrubada. O policial aponta a arma para mim,ele realmente estava disposto a atirar caso interferisse em sua missão. As chaves do meu carro estavam em meu bolso,mas não sabia como passar por eles.

De repente Sam ergue seu braço fazendo a arma se desmontar na mão do policial. Os dois começam a flutuar deixando a passagem livre,nós aproveitamos a oportunidade para fugir. 

...corremos até o carro e por fim conseguimos sair dali antes que viessem atrás de nós...

...

Eu dirigia pela cidade meio apreensivo,havia perdido completamente a noção das horas,era tanta informação que me dava até dor de cabeça...

— O que vamos fazer agora?. — Sam pergunta.

— Acho melhor passarmos um tempo na casa do seu tio,é fora da cidade então não há como encontrarem a gente. — Respondo — A notícia vai se espalhar e essa é a única alternativa.

— Me desculpe por isso. — Ele encara o vazio.

— Não precisa se desculpar,o mais importante é que você está bem e seguro.

— Depois de tudo o senhor continua do meu lado,como faz isso? como encara a existência dos meus poderes tão naturalmente?...sou uma ameça.

— Sabe,a muito tempo eu deixei de acreditar em certas coisas,vivi com essa obscuridade durante anos e ninguém desconfiava...seu nascimento deu um novo significado para a minha vida e por isso que estou aqui. — Respondo — Sua força,sua capacidade,sua forma de ver o mundo,é nisso que eu acredito.

...ele mostra um pequeno sorriso,mas para mim esse gesto não foi o suficiente...

— O que foi?.

— Eu só queria saber se Bryan está bem.

— É bem provável que esteja. — Uso um tom positivo.

— Mas a forma como ele olhou para mim,não sei,nada vai me fazer esquecer aquela cena.

Sinceramente,eu não tinha ideia do que dizer,talvez Bryan tenha apenas se assustado,mas não dava para ter certeza. O melhor que devemos fazer é não pensar em negatividades,não é um momento adequado para isso.

— Você acha que o tio Fernando vai nos aceitar?. — Sam pergunta.

— É claro que vai. — Sorrio.

— Faz tempo que não o vejo,como será que ele está?.

— Também estou curioso para saber.

Meu irmão é o único que pode nos ajudar agora,independente da situação sei que ele vai nos acolher...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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