Íamos em silêncio,pouco tempo depois paramos em frente a uma casa,Keyla provavelmente morava ali. Ela estaciona a caminhonete e quando saímos do veículo tivemos que correr para dentro da residência,mesmo assim não tivemos como evitar as gotas da chuva...
— Tome. — Ela me entrega uma toalha.
— Então é aqui que você esteve escondida todo esse tempo. — Falo.
— Eu não estou escondida.
— Diga como quiser. — Movimento os ombros — Como sabia que eu estava ali?.
— Eu estava passando e vi toda confusão do lado de fora.
— ...bom,de qualquer forma eu tenho que tirar o Sam de lá.
— Não vai conseguir com essa chuva...sugiro que espere um pouco mais. Inclusive,eu estive acompanhando os noticiários,vocês estão bem longe de casa.
— É,estamos. — Respondo.
Eu não tinha muito para falar com Keyla,nem me importo se depois de anos tenha aparecido,mas talvez ela tenha razão em esperarmos a chuva passar. No caso,se ela quiser me ajudar eu não iria contra sua atitude,afinal Sam também é seu filho.
— Como ele está?. — Ela pergunta.
— Grande...é um ótimo garoto.
— Robert,sei que sou a última pessoa que quer ver na vida,mas obrigada por tomar conta dele.
— Não fiz isso por você.
— Me arrependo por ter fugido e infelizmente é algo que não pode ser concertado. — Keyla abaixa a cabeça — A saudade me corrompeu durante anos.
— Se teve saudade deveria ter mandado uma carta ou qualquer coisa que tipo,não foi fácil para mim dizer a uma criança de cinco anos que a mãe foi embora por ter medo dele. — Falo de forma tensa — Mas sim,eu criei ele sozinho sem precisar da sua ajuda...
— Entendo toda a sua raiva e não precisa me perdoar,porém eu estou disposta em lidar com as consequências.
— Eu não sou o tipo de pessoa que guarda rancor e o que vivemos não será esquecido,mas não é para mim que você deve desculpas.
— Você acha que ele iria me perdoar?. — Ela encara o vazio.
— É,você realmente não conhece nosso filho. — Sorrio — Ele pode estranhar no começo,mas é só no começo.
Nós somos apenas humanos,não estamos acostumados com o sobrenatural,outra pessoa também teria a mesma reação...só temos que aprender que as vezes o oculto nem sempre significa algo ruim.
...
No meio da madrugada a chuva havia parado,nós saímos da casa e andamos até a caminhonete já com uma estratégia em mente. Assim que chegamos na frente da igreja Keyla para a caminhonete bem ao lado do muro.
— A porta da frente deve estar trancada,é melhor que eu entre pela janela. — Sugiro.
— Tem certeza de que quer fazer isso sozinho?. — Keyla pergunta.
— Sim.
— Toma cuidado.
E assim sigo com meu plano. Eu uso a caminhonete para subir no muro e pular lá dentro,a única janela aberta era a que dava acesso a os fundos da igreja. Ao entrar olho em volta para saber se o padre estava por perto e quando não vejo sinal dele silenciosamente ando até a porta do quarto onde Sam está.
...quando entro vejo que ele ainda dormia,ao tocar em sua testa percebo que a febre já tinha abaixado...
— Filho,acorde. — Lhe chamo.
— Pai?. — Ele acorda.
— Precisamos sair daqui o mais depressa possível.
— Por qual motivo?.
— Hilbert não é uma pessoa confiável. — Respondo.
— Como assim?
— É uma longa história,te explico no caminho.
Sam levanta e calça seus sapatos,saímos do quarto logo em seguida. Ele não sabia o que estava acontecendo direito e talvez meu nervosismo tenha lhe deixado um pouco tenso.
— Vem,é só pular a janela,não é tão alto. — Falo.
— Se eu fosse vocês não faria isso. — Hilbert aparece apontando seu revólver para nós.
...bem quando estávamos perto de escapar o maldito aparece...
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(Continua No Próximo Capítulo)

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SAM
ParanormalSam é um garoto especial com dons sobrehumanos,tendo um comportamento peculiar ele cativa e incomoda as pessoas ao seu redor. Seu pai,Robert,é um homem solteiro,ele cuidado do garoto sozinho lidando perfeitamente com suas condições e limitaçõe. Para...