Seul - 1732
Estava dormindo tranquilamente quando sinto braços fortes em volta de minha cintura. Era meu pai me abraçando.
Confesso que me sentia estranho quando o mesmo fazia isso - de um modo bom é claro - não sei explicar direito. Mas aquilo tava um pouco estranho, e mesmo que eu estivesse gostando sentia que estava fazendo algo errado. Então tento sair de seus braços, porém cada vez que eu tentava me afastar mais ele me puxava para perto. Fico um tempo me debatendo tentando sair de seu aperto, mas paro quando sinto algo duro em minha bunda.
— Não acredito que ele ficou excitado! - Penso um pouco alto demais fazendo meu pai se remexer, e consequentemente seu membro entrar mais em contato com a minha bunda.
— Mas que merda! - Tento reprimir um gemido.
Caramba, aquilo era grande, parecia uma cobra e- O que você tá pensando Jimin? Ele é seu pai!
Paro de me movimentar quando vejo que ele está acordando. Finjo que estou dormindo e logo sinto ele esfregando sua ereção em minha bunda. Me seguro para não gemer.
— Eu sei que você está acordado baby. - Sussurra em meu ouvido. Abro meus olhos lentamente e vejo de canto meu pai abrir um sorriso malicioso que me fez ficar envergonhado com a situação.
— Pa-papai.
— Shiiiu, quietinho. - Fala sussurrando em meu ouvido e levando sua destra até as minhas nádegas as apertando, solto um arfar baixo. Jin começa a dar beijos e chupões em meu pescoço.
— P-pai isso é-é e-errado. - O mesmo não me dá ouvidos e em um movimento rápido ele me vira e fica por cima de mim, o mesmo tenta dar um beijo em meus lábios mas eu viro o rosto rapidamente.
Por mais que seus lábios fossem convidativos, eu não iria fazer tal coisa. Quando ele iria dizer algo, a porta é aberta abruptamente o interrompendo. Nós dois olhamos em direção a porta.
— Des...Desculpe i-i-interromper se-senhor Kim, melhor eu vir outra h-hora. - Era nossa empregada Narae, ela estava nervosa e se enrolava um pouco em suas palavras. Quando a mesma estava prestes a sair do quarto meu pai a chama.
— Narae, você já interrompeu, então fale de uma vez. - Tinha um tom de irritação em sua voz e eu não estava mais sentido sua ereção, acho que ele broxou.
— S-só queria a-avisar que o café da manhã e-está pronto. - Jin solta um suspiro.
— Ok, já estamos indo. - A beta de meia idade assente e saí do quarto. Meu pai saí de cima de mim e vai para o banheiro, fico um tempo na cama tentando assimilar o que acabara de acontecer.
Percebi também que meu cheiro estava um pouco mais forte, porém não dei muita bola para aquilo.
— Jimin vá se arrumar para ir tomar café. - Meu pai ordena já saindo do quarto. Depois de um tempo faço como ele mandou.
Termino de me aprontar e vou para a sala de jantar. Chegando lá encontro meu pai sentado na ponta da mesa tomando café preto apenas, e lendo jornal. Me sento na outra ponta e começo a me servir e a comer.
Estava tudo em silêncio até meu pai acabar com ele.
— Quero que depois você vá para meu escritório, preciso conversar com você.
— Está bem papai. - O mesmo sai do recinto indo para seu escritório, me deixando tomando café sozinho.
···
Termino minha refeição e vou em direção ao escritório de meu pai como ele havia pedido.
Tomara que ele não queira falar sobre o que aconteceu na cama. Paro em frente a porta, respiro fundo e tomo coragem em bater, logo ouço um "entre" e assim faço.
— Jimin... sabe por que te chamei aqui?
— Não papai. - Respondo confuso.
— Bem, primeiro você tem que saber que exite uma coisa chamada Heat e Hut, também conhecido como cio. O Hut é o cio dos alfas, mas não vou entrar muito nesse assunto porque você não precisa saber. E o Heat é o cio dos ômegas, ele acontece entre 3-5 meses, durante mais ou menos cinco dias. Nesse período, o ômega fica num estopor constante de necessidade de ser atado, mas como você é um ômega especial o seu Heat só dura um dia. E bom, eu fiz as contas e hoje seria o dia do seu primeiro Heat, mas não se assuste. Você não vai passar com ninguém, você irá tomar esse remédio. - Me entrega um comprimido vermelho. — Isso vai te dopar até amanhã, tome quando estiver no quarto e quando estiver sentindo fisgadas no ventre. - Assinto guardando o remédio.
Eu já sabia um pouco sobre aquilo, mas meu pai me explicando ficou um pouco mais claro.
— Segundo... Você está ciente que é um ômega macho, e que os ômegas machos são bem raros, não é? - Apenas assinto. - Bom... existe uma regra, em que os ômegas machos existentes tem que se casar com seu pai. Ou seja, você vai ter que-
— Casar com você... - Completo sua frase.
— Acho que você entendeu.
— Mas eu não quero casar com você! O senhor é meu pai. Isso é errado!
— Escute Jimin, você não tem escolha. Sabes que eu só quero seu bem, você é especial Jimin tenho que lhe proteger. - Seu tom de voz era suave e sincero.
— Mas eu não aceito isso! - Saio correndo de seu escritório indo em direção ao jardim.
— Jimin! - Ignoro seu chamado e continuo a correr.
Quem ele pensa que é? Eu não vou me casar com ele. Prefiro a morte ao ter que ficar preso com aquele "velho"... bonito e gost...
Pera quê? Deixa de ser idiota Jimin, ele é seu pai, a pessoa que te criou e te cuidou todos esses anos. Eu o amo, mas não é um amor de paixão e sim um amor paterno, entre filho e pai.Não tem como eu estar apaixonado por ele, tem? Isso é loucura.
Me sento em baixo de uma árvore e fico pensando no que fazer. Estou tão confuso.
— Já sei, irei mandar uma carta para Jungkook pedindo sua ajuda.
Me levanto e vou para meu quarto, pego as coisas necessárias pra fazer a carta e começo a escrever.
Jungkook era meu vizinho, sempre ia em sua casa para brincar quando era criança, escondido do meu pai é claro. Mas não foi muito bom quando o mesmo soube. Ele ficou super bravo, ele tinha ciúmes de Jungkook. Depois de tanta confusão e implicância que meu pai criou com a família Jeon's, eles resolverem se mudar para a rua de baixo. Não era tão longe da minha casa, mas eu não queria ariscar e também não queria brigar com meu pai, ele não pode nem sonhar que estou escrevendo essa carta se não tô lascado.
Termino de escrever e entrego a carta para o mensageiro. Volto para o meu quarto e tomo aquele comprimido que meu pai havia me dado.
Sinto meu corpo amolecer e meus olhos pesarem, depois de alguns segundos apago totalmente.