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8 horas de viagem, eu seguia normalmente pela PCHN a 80 Km/h. O carro estava com a gasolina na reserva, então eu entro no posto. Paro ao lado da bomba correspondente e saio para o abastecer, vejo dois caras correndo pra fora da loja de conveniência com dinheiro roubado.
"ALGUÉM FAÇA ALGUMA COISA" - grita o dono da loja.
-Ah meu pai!! - falo retirando a pistola da cintura e acerto um tiro no pescoço de cada um; eles caem e em alguns segundos uma viatura que vinha no sentido contrário e havia ouvido os tiros chegam e socorrem os rapazes. Eles me olham colocando a arma na cintura novamente com a mão direita, já que com a esquerda eu fechava a tampa do tanque.
-MÃOS PRA CIMA E VIRE-SE DE COSTAS!! - grita um policial, mas eu faço literalmente o contrário.
-EU SOU DELEGADO!! - grito de volta mostrando claramente o distintivo.
-OBEDEÇA E LEVANTE AS MÃOS!! - o mesmo grita novamente. Levanto a cabeça em um gesto de raiva e sigo suas instruções. Ia em sua direção, a chave do meu carro cai no chão e eu me abaixo pra pega-la. Ele atira do meu lado e grita:
-MANDEI SE ABAIXAR??!
O limite da minha paciência estoura.
-EU FUI PEGAR A MINHA CHAVE! - grito de volta.
-BAIXE O TOM DE VOZ OU EU ATIRO!! - Ele me ameaça. Eu chego perto dele, pego sua arma e coloco na minha testa.
-Atira então! ATIRA! - falo estourando de raiva.
-UOU!! PESSOAL VAMOS NOS ACALMAR! - o policial responsável pelo resgate pede.
-Acalmar? Ele disse que iria atirar, agora atira! - respondo.
-Ele não vai atirar porque eu sou quem dá as ordens aqui e, até onde vi você não desrespeitou uma ordem sequer!
-Foi o que pensei! - digo retirando a arma de minha testa e indo pro meu carro. Entro no mesmo e saio de traseira e seguindo o resto da viagem.
-É cada uma que me aparece! - falo entrando novamente na rodovia. E enquanto ia seguindo a estrada, Stephanie me liga.
-Alô? - atendo o telefone.
-Alô, já tá chegando? - ela me pergunta ansiosa.
-Não, faltam 150 quilômetros! - respondo logo após ver uma placa indicando distâncias
-Ah sim... quando chegar no centro da cidade, me liga ok? - ela me pede.
-Ligo sim, pode deixar! - respondo com um sorriso no rosto.
-Tchau, toma cuidado!!
-Tchau!! - falo desligando o celular e acelerando pra chegar logo. Resolvo ligar para Sara.
-Alô? - pergunto pra Sara.
-Oii anjo! Tudo bom? - Sara me fala.
-Tudo sim, e você? - pergunto pra ela.
-Tudo também... Fê, eu... - ela começa a me dizer, mas eu interrompo.
-Que barulho de carro é esse Sara? - pergunto a ela.
-Eu estou indo no aeroporto... Hã... verificar a autenticidade do meu passaporte! - ela me fala pausadamente, como se estivesse inventando.
-Ah... Ok! Mas você precisa descansar, acabou de se recuperar de um longo coma e... Merda!
-FELIPE?? -Sara grita desesperada.
-Desculpa, quase que um viatura me vê com o celular na mão! - falo pra Sara.
-Ah sim! - ela me fala preocupada - vou desligar! Tchau
- Tchau! Eu te amo Sara! - falo colocando o celular no banco do carona.
-Eu também te amo! - ela me diz desligando o celular.
Começo a desacelerar e pensar em Sara, de alguma forma tinha que voltar, não agora pois já chegava em San Francisco(menos de uma hora de viagem). Sara praticamente invade minha mente e começo a me preocupar demais com ela, eu não me preocupava com alguém tão importante assim faz tempo... Mas ela tinha algo especial, desde quando nos conhecemos - lá desde nossa adolescência - ela me ajudava, conversava; aí perdemos o contato quando ela se mudou pra Coréia do Sul. Ficamos uns três anos sem nos falarmos, até que ela me disse que era delegada em Los Angeles.
Eu fiquei muito feliz de estar tão próximo dela de novo, muito feliz mesmo... E quando ela levou aquele tiro que deixou ela em coma, aquilo foi um baque pra mim. Não aguentei ver a minha melhor amiga assim; fiz de tudo pra que mantivessem ela viva esses 5 anos: vendi todos os meus carros(até onde me lembrava) porque minha saúde mental não iria permitir que cuidasse ou algo do tipo. Quase me matei por diversas vezes, mas embora quisesse acabar com tudo aquilo, eu não podia... Sara precisava de mim. Sempre foi assim nesses últimos 5 anos.
Finalmente chego a San Francisco depois depois de 12 horas de viagem. Paro em um posto pra comer alguma coisa e ligo pra Sara
-Alô? Sara? Eu cheguei!
-Oi Fê! Que bom!! - ela me responde em um tom de alívio, porém sussurrando - Me liga mais tarde, estou voando agora!
-Sara...- falo bastante preocupado - você devia...
-Estar descansando, eu sei - ela me interrompe - mas eu me preocupei com um algo muito importante pra mim e tive que pegar esse avião!
-Ah tá! Bom, quando chegar lá, me avise, não quero ficar preocupado - respondo já preocupado.
-Tchau! - ela me diz.
-Tchau! Eu te amo! Amo mesmo! - respondo, em seguida ela desliga o celular. No momento que levo o meu celular ao bolso pra guarda-lo eu sinto uma má energia perto de mim, não sabia explicar, mas tinha que sair dali e logo! Pago a conta pro dono do restaurante e corro pro meu carro; arranco dali em direção ao centro da cidade. Assim que chego lá, começo a vagar pela cidade. Era tão bonito! Os arranha-céus, as avenidas paralelas ao rio, e exatamente nessa mesma avenida começo a perceber um carro preto muito suspeito; uma Mercedes Benz

 Era tão bonito! Os arranha-céus, as avenidas paralelas ao rio, e exatamente nessa mesma avenida começo a perceber um carro preto muito suspeito; uma Mercedes Benz

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se aproximava de mim rapidamente, e a mesma me acerta a traseira e começa a me perseguir. A perseguição se estende até o aeroporto, onde eles resolvem atirar em meu pneu traseiro, o mesmo começa a murchar me fazendo perder o controle e ir em direção ao poste.
Para evitar uma catástrofe maior, eu desliguei o carro antes do impacto frontal com o poste; isso cortou a circulação de combustível pro motor, evitando assim uma explosão por incêndio! Os caras da Mercedes vinham pra me matar  quando alguém de dentro do aeroporto os acerta e os derrubam no chão. Eles estavam agonizando de dor; eu procurava a pessoa que salvou minha vida, ela verifica os suspeitos, e liga pra polícia. Eu saio do carro e vou em direção a ela. Era Sara que mais uma vez salvara minha vida, ela corre e me abraça como nunca. De início surpreso e até mesmo bravo, por ela ter aberto mão de seu descanso necessário; mas ela parecia forte, revigorada.
-Muito obrigado Sara!! - digo a ela ainda abraçando-a.
-De nada! A intenção era proteger, mas não literalmente assim! - ela exclama.
-Vem cá, e aquele papo de: "me preocupei com algo muito importante"? - acabo lembrando da nossa conversa poucas horas atrás.
-Ah sim! Era você! Senti algo ruim em relação a você e senti que não podia te deixar sozinho aqui... Dito e feito né? - ela me fala. Como se não bastasse falar ela me olha... E eu a olho de volta; uma troca de olhares que disse tudo, e eu não podia negar que era, apenas tinha que dizer logo o que sentia. Mas não era a hora certa pra dizer, nem o ambiente certo.
Em seguida as ambulâncias e viaturas policiais chegam.
-Precisamos conversar! - digo a Sara
-É, precisamos! - Sara termina.

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