Race To The Danger 2

3

Logo que as equipes chegam, conto detalhadamente o que aconteceu, Sara confirma e diz que imobilizou os suspeitos. Eles nos encaminham a delegacia mais próxima.
Entro junto com Sara no banco de trás, e enquanto seguimos um "comboio" até a tal delegacia, deslizo minha mão até que se encontre com a mão dela, ela sobrepõe sua mão em cima da minha, nós nos olhamos de novo... E ficamos assim, um encarando o outro por um longo minuto, até que o policial que dirigia a viatura pergunta:
-Está tudo bem?
-Não poderia estar melhor! - respondo ainda olhando pra Sara.
-Com certeza não! - ela termina minha frase também me olhando. Nos aproximamos... Fechamos os olhos e finalmente.
-Nada de melação no meu carro!! - falou o policial antes que nós começasse o beijo.
-Ok... - Sara responde olhando pra baixo com certa vergonha
-É, tá certo! - digo também olhando pra baixo. Depois disso, ficamos o resto do caminho de mãos dadas.
Chegamos a delegacia, prestamos depoimento e contamos o motivo da nossa vinda. O delegado nos libera, e pede que esperamos o delegado Houston chegar.
-Mais uma vez obrigado por me ajudar. Sério, eu agradeço muito por te ter na vida! - falo pra Sara pegando em sua mão.
-De nada! Faria isso de novo e muito mais só pra te ver bem Fê! - ela responde - quanto a nossa conversa...
-Ah sim! A nossa conversa... Não sei se você está, e eu vou ser direto: eu...
-Olha eles aí!! - Houston fala
-Acho que já deu pra perceber, né? - falo pra Sara, que gesticula com a cabeça que sim.
-Você deve ser Felipe Gabriel! - Stephanie diz.
-Isso mesmo! - respondo a cumprimentando.
-Bem, que tal irmos a nossa delegacia? - O sheriff sugere.
-Ficaríamos honrados! - Sara responde sorrindo.
-Vamos então? - Stephanie diz se dirigindo às escadas.
Os Houston iam na frente, Sara e eu íamos logo atrás conversando sobre assuntos pessoais. Assim que chegamos a porta principal, Houston me fala antes de sairmos:
-Tomamos a liberdade de escolher um carro para os convidados de honra da delegacia.
-Sim, seguindo seus gostos pessoais. - Stephanie termina, e se põe a me encarar, eu a olho confuso, Sara percebe e me puxa pelo braço dizendo:
-Vamos ver o carro, Felipe?
-Vamos... - falo sem reação ao perceber o ciúme dela.
Assim que abrimos a porta, lá estava ele:

-UOU!! - exclamei olhando pra Sara, que disfarçou o ciúmes quando me viu sorrindo - É... É uma...
-Alfa Romeo Giulia GTA! - Sara termina minha fala me olhando - você me mostrou um desses por foto quando éramos mais novos, só tem 500 desses no mundo.
-E como você conseguiu um desses? - pergunto ao sheriff.
-Era exclusivo quando lançou, mas o dono não gostou, disse que era muito devagar! - o mesmo responde.
-Quê? - Sara e eu exclamamos ao mesmo tempo, e por fim Sara conclui a frase.
-Devagar nada... É um 2.9 V6 Bi- Turbo.!!
-O mais potente da marca... - termino por encará-la.
-Vocês são um casal que entende de carros hein? - o sheriff fala dando uma leve risada.
-Não somos um casal! Ainda...- Sara diz
-Como é? - pergunto.
-Vamos ver o carro? - Sara diz pra disfarçar.
-Ok... - digo me dirigindo ao carro.
Entro no mesmo e enquanto admirava o carro, aparece um rapaz, pele morena, cabelo alto, altura e porte médios, e que trabalhava como hacker pros Houstons, chegou e entrou no carro, junto com o sheriff e sua filha. Os mesmos comentam sobre uma possível pista de onde estaria o chefe da mafia na região.
-E quem são esses? - ele pergunta.
-Delegada Sara e agente Felipe! - Stephanie responde.
-Bem bonita você! - ele diz a Sara, e eu propositalmente freio o carro.
-O que aconteceu? - Stephanie pergunta.
-Eu ia atropelando um cachorro... - disse a ela.
-Que cachorro? - o sheriff pergunta. Eu nem respondo... Apenas acelero e fico meio confuso, o que era normal para mim. Sara percebeu minha expressão e pergunta:
-Tá tudo bem Fê?
Balanço a cabeça como "sim", mas ela sabia que eu estava mal por alguma coisa, não sabia se bravo com o garoto, ou triste por possivelmente tê-la incomodado... Seguimos até a outra delegacia. Essa era maior e, provavelmente disponha de mais recursos e tecnologias anti-crime.
Todos saem do carro, menos Sara, que me pede pra ficar.
-Fê, vamos conversar! - ela tira seu celular do bolso e coloca como rota o Burguer King mais próximo - sei que não está bem...
-Obrigado... Eu só não queria incomodar... - respondo pausadamente - é que eu gosto muito de você, muito mesmo.
-Você ficou com ciúmes do Henry? - ela me pergunta.
-O do computador? Sim... - respondo parando em um semáforo - Me... Me desculpa...
-Não precisa se desculpar... Isso é normal. Não acha que fiquei com ciúmes quando a patricinha lá te encarou? - Sara pergunta me tranquilizando.
-A Stephanie? Nem eu sei porque ela me encarou daquele jeito! - respondo engatando a primeira pra sair do semáforo.
-Bem, de qualquer jeito eu não gostei da encarada dela pra você; você não gostou do elogio do Henry... Estamos quites! - Sara diz me olhando.
-Se eu disser que não concordo com aquele elogio, eu estou mentindo! - digo a Sara e a olho também.
Depois de alguns minutos, chegamos ao BK, pedimos os lanches, mas na hora da conta.
-Deu 25 dólares e 96 centavos. - diz o atendente.
-Eu só tenho 10... - Sara diz meio desanimada.
-A gente racha! - digo pegando seus dez e juntando com 16 meus.
-Obrigado, volte sempre! - o atendente diz dando o troco.
-De nada, tenha uma boa tarde! - respondo saindo e voltando pra delegacia.
-Vamos comer quando chegarmos lá? - sugiro.
-O quê? - Sara disse abocanhando seu Big King.
-Esquece! - digo dando risada.
-Tô com fome, fazer o que? - Sara diz me olhando.
-Nada não... - digo a olhando também, e ficamos ali se olhando por um bom minuto, até que o carro atrás buzina indicando que o sinal tinha aberto. Acelerei e segui rumo a delegacia, que era dali a 6 quadras.
-Sara... Eu gosto muito de você, nem sei se dá pra perceber e...
-Sim, dá pra perceber sim! - Sara me interrompe. - Eu também gosto muito de você! Muito mesmo!!
-Eu sei, eu percebi! - digo dando uma leve risada.
Eu não conseguia mais esconder esse sentimento existente por Sara, que sentia o mesmo por mim. Ninguém negava e também não tinham joguinhos ou indiretas, era um assumindo pro outro sempre; sempre que eu podia, lembrava isso a ela. Ela fazia o mesmo.
E foi assim o resto do caminho: um conversando com o outro sobre essa possível relação que estava prestes a acontecer. Por fim entramos no estacionamento da delegacia, que estava situada no subsolo da mesma, entretanto seu primeiro andar abaixo do solo estava lotado, sem vaga nenhuma.
-Tem um andar abaixo! - Sara aponta para uma indicação na parede.
-É, realmente tem! - respondo engatando a ré para realizar a manobra, de repente Sara entrelaça sua mão na minha, eu automaticamente a olho. Ela me devolve o olhar.
-É... Não posso evitar! - digo acelerando e engatando a marcha, mas sem tirar a mão da manopla, estava melhor a mão ali... Entrelaçada na de Sara.
Sem dificuldades para dirigir ou virar o carro(que tinha direção hidráulica original de fábrica), chego ao 2° andar do subsolo onde paro na vaga mais próxima; tiro meu cinto e pego meu lanche, e enquanto comia admirava Sara... Seu rosto, seu jeito, seu corpo, seus olhos. A mesma tentava tirar o cinto de quatro pontos, que também era um ítem original de fábrica.
-Tá difícil aí? - pergunto irônico, já que ela parecia aflita por não ter tirado o cinto.
-Naaão Felipe, nem um pouco! - ela responde com um leve tom de irritação. Eu começo a dar risada e ela me pede para parar.
-Meu Deus, viu? - digo apertando o botão sem nenhuma dificuldade. Começo a rir.
-Cala a boca! - ela me olha novamente, parecia que ia fazer algo.
-Vem calar! - digo a desafiando. Ela se senta em meu colo e diz:
-Ok! Calei! - em seguida me beija... No começo me mostro surpreso, mas a surpresa passa e eu acaricio suas costas. Ela desabotoa lentamente minha jaqueta e eu tiro a dela. Reclino o banco e acaricio seu rosto, ela por fim tira sua camisa, e espera para que eu tire a minha...
O clima estava esquentando, mas íamos com calma. Quando o clima esquentou e íamos "dar um passo a mais", o sheriff liga. Sara atende o telefone.
-Alô?
-Sara, onde você está? - o sheriff pergunta.
-No 2° andar do subsolo.
-Ah sim, estamos aguardando você e o Felipe,
-Estamos indo! - Sara responde colocando sua camisa.
-Ok! - o sheriff responde desligando o celular.
-Bem, acho que fica pra um outro dia. - digo abotoando novamente a jaqueta.
-Sim! - Sara me dá um último beijo antes de sairmos do carro.
Assim que saimos do mesmo, Sara se dirige a mim e fala:
-Espero que tenha gostado!
-Gostei e quero mais! - digo puxando-a pela cintura e olhando ela nos olhos - Eu te amo, Sara!
-Eu também te amo, Felipe! - ela responde me dando um selinho, e por fim seguimos até o elevador, onde subimos até a delegacia.