Devagar eu me levanto e vou até a janela, estava chovendo.
-Diazinho bonito! - Digo olhando pro estacionamento lá embaixo.
-Bom dia, Felipe! - o médico disse ao entrar.
-Bom dia... já estou liberado? - pergunto sem tirar os olhos da janela.
-Já sim, só passa na recepção pra conferir tudo. - ele diz.
-Beleza. - digo virando e pegando um recado que Stephanie deixou junto com uma jaqueta.
Ele dizia: "tô em casa investigando o que houve com a Sara! Ela me deu um pen-drive e deixou as chaves dos carros(o dela e o seu) comigo.
Bom, você já sabe onde é! Espero você lá!"Junto com o bilhete, estava a chave do carro dela.
-Vou te encontrar... - sussurro enquanto pegava a chave do bolso de dentro da jaqueta. - eu vou...
Dali eu saio para a recepção para acertar tudo.-Nome, por favor? - a recepcionista pergunta.
-Felipe Gabriel. - respondo terminando de assinar alguns papéis
-Ah, você é o moço do recado! - ela me diz procurando algo.
-Recado? - pergunto surpreso.
-Sim, é de uma delegada da polícia e....
-Sara... - acabo por interrompê-la
-É, essa mesma! - a recepcionista continua, depois que eu a interrompi. - Ela pediu pra te entregar esse papel que está em código, e disse que só você iria entender e etc, etc.
Ela me entrega o papel e nele estava escrito: "mais alguma banana"Eu apenas encaro o papel, tentando me lembrar de alguma coisa.
-Me desculpe, mas eu li e não entendi também. - ela diz tentando ajudar.
-Isso foi uma coisa que eu disse pra ela uma vez, mas não sei onde isso se encaixa aqui. - digo tentando lembrar.
-Se me permite me meter, tinha um depósito com nome de banana em algum lugar da cidade e...
-Claro... isso é uma pista! Obrigado, moça. - interrompo ela novamente indo em direção ao estacionamento.
-De nada, se o carro for um Charger 2011 branco, tá no subsolo. - Ela diz antes de eu sair.
-Obrigado de novo!! - digo continuando meu caminho.
Alguns segundos de corrida e eu chego lá, e dou de cara com ele. Desligo o alarme e entro rapidamente.
-Que bom que você é manual! - digo sorrindo e ligando ele.Acelero pra sair dali e ligo para Stephanie.
-Alô?
-Oi? - ela me atende.
-Tô indo atrás dela. Achei uma pista!
-Sério? Qual é? Eu tô na delegacia, quem sabe eu não possa te ajudar...
-É um depósito com nome de banana e...
-BANANA? - ela exclama.
-É...
-EU SEI ONDE É! JÁ TÔ INDO.
-Beleza, já já passo ai perto e a gente segue.
-Vou pegar uma viatura.
-Ok.
De repente, sinto uma leve dor de cabeça quando eu virei na avenida da delegacia; entro com o carro pela cancela e vejo Stephanie com a viatura na saída. Paramos ali.
-Vem, eu sei onde é!
-Por que ele tem que ir junto? - digo olhando para Henry no banco do passageiro.
-Eu pedi apoio, e ele também conhece o local. - Stephanie me explica.
-Pois é. Algum problema? - Henry pergunta.Eu pensei em lhe responder, mas eu só queria achá-la, e não criar mais problemas.
-Imaginei que não teria! - ele conclui depois que sua provocação não dá certo.
-Olha, podemos ir? Quanto mais cedo chegarmos, mais cedo resolvemos isso. - Stephanie pergunta tentando acabar com uma possível discussão.
Ela diz acelerando o carro pra sair dali, e eu vou logo atrás.
Eu seguia eles pelas ruas e avenidas, mas eu tinha um outro caminho no gps. Só por precaução e um pouco de intuição.
Eles viram à direita e eu continuo seguindo. Ela para em frente a uma loja de café, e eu fico atrás. Ele desce do carro e entra lá.Puxo o walkie-talkie do carro e chamo Stephanie:
-O que ele foi fazer?
-Pegar um café, ora! - ela me responde.
-Sério? Agora? - pergunto indignado e um pouco apressado. Vejo que ele faz um telefonema.
-Steph, eu vou indo! Tô sentindo que tem algo errado... - aviso a ela e saio de trás do carro dela em direção ao galpão abandonado a toda velocidade.
-Toma cuidado, já tô indo! - ela me pede. - Felipe?
-Sim?
-Eu vi 3 Suburbans* pretas
Cuidado, viu?
-Eu acabei de chegar. Onde elas estão?
-A pouco tempo daí! Procura uma pista e some daí!! Eu parei pra ajudar o transito fluir e... chegou um pessoal aqui, to indo!!Desligo o telefone sem entender muito, eu apenas me escondo checando as balas da minha pistola.
-Só um pente? Pra 15 homens? Vai sobrar bala...
De repente, o silêncio do local é quebrado por uma porta sendo arrombada. O primeiro cara adentra o galpão seguido por varios deles quando o último cara entra, eu saio sorrateiramente e corro pro meu carro; pego uma granada e volto para a porta do galpão:
-Vamos ver se são tão espertos... - digo puxando o pino e jogando a granada, de forma rasteira. Assobio e chamo a atenção deles, fechando a porta.
Corro pro meu carro novamente e me protejo da explosão.
Stephanie chega em seguida e eu saio do carro.
-Cadê o Henry? - pergunto fechando a porta.
-Chamando reforços! - Stephanie responde.
-Como esses?
-O quê cê tá insinuando? Que ele armou pra você?
-Não, mas eu tenho que trabalhar essa possibilidade e...
-Chega, eu não vou deixar você falar dele assim. Ele é um cara muito gente boa e eu não vou admitir isso!O mesmo chega ofegante e pergunta o que aconteceu:
-Vai Felipe, conta pra ele que você disse que ele chamou os malucos pra acabar com você...
-Eu não disse que...
-Você acha que eu faria algo assim só porque você não vai com a minha cara?
-Eu sou um detetive e tenho que trabalhar com todas as opções possíveis!
-E interrogar algum deles era uma delas?
-Eles iam me matar! Eram eles ou eu!
-Mas eles estão todos mortos?
-Tem razão, vou lá conferir!
Eu saio da provocação de Stephanie e volto ao galpão, agora em chamas. Os pedaços dos malditos estavam espalhados pela área. Um que sobreviveu, mas estava muito machucado.
-Quem mandou você aqui??
-Por que eu falaria? Não sou X-9...
Dou um soco no seu nariz e ele grita, eu perco a paciência:
-QUEM MANDOU VOCÊ AQUI?!
-Calma aí, detetive... vai matar o sujeito... - disse Henry, querendo me afastar do maldito. Aponto minha arma pra ele e digo:
-É melhor você se afastar, se não sobra pra você também.
-Escuta aqui, ô "bam bam bam" - ele diz me levantando pelo ombro.
De costas, eu dou uma cotovelada em seu estômago e me viro socando o seu rosto. Depois de três socos, ele cambaleia para trás e Stephanie aponta a sua escopeta de cano serrado na minha testa, me forçando a parar.
-Não me obrigue a fazer isso... - ela diz engatilhando a arma.
Eu levanto as mãos à altura da cabeça, e digo olhando nos olhos dela:
-Eu vou salvar a Sara, e ninguém... NINGUÉM VAI ME IMPEDIR! -
Ela se mantém firme em sua posição, e eu continuo.
-Se você deixar, quero interrogar o maldito.
-Faça o que tiver que fazer, mas não bata no Henry...Quando ela recolhe a sua arma, eu me viro pro meliante e pergunto:
-Onde ela tá?
-Não, mas sei quem sabe...
-Quem sabe? - pergunto ansioso e puxando o pra perto do meu rosto, o mesmo diz
-Henry... ele sabe...
No mesmo instante eu olho pra trás, e me levanto, soltando o maldito.
-Ele tá morrendo, não sabe o que fala.
- Henry se defende, na medida que Stephanie entra na sua frente puxando a arma. Eu a agarro no mesmo segundo e Steph dispara.
Ele corre e Stephanie me ve cair com o tiro, mas eu estava de colete... incrédulo por ela ter atirado. Vejo ele entra no carro dela e fugir.
-Você atirou em mim? - pergunto me levantando.
-Você tá fora de si, não sabe o que tá fazendo.
-Eu quero salvá-la... eu sei o que eu quero fazer.
-Não, você não sabe!! Enquanto você está aqui perdendo a razão e a sanidade ela deve estar na República Dominicana com um cara que realmente a ama de verda...
Eu a calo com um tapa no rosto. E ela fica mais brava ainda.
-Não fale dela como se ela fosse uma...
-Uma o quê? Uma vadia?? Quem sabe ela não seja...
Aquilo foi a gota d'água: eu dou mais um tapa, mas ela bloqueia e me dá uma joelhada. No mesmo instante, eu o agarro e a jogo por cima de mim, e ela cai em cima dos corpos retalhados. Aproveito para correr pro meu carro pra fugir. Quando ligo o carro vejo que ela havia levantado, mas que estava abalada demais para me seguir. Engato a ré, e saio daquele beco, atrás de Henry... e de respostas!* Chevrolet Suburban.
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Race To The Danger 2
Fiksi Umum5 anos depois... após uma operação mal - sucedida encontro o Mafioso, no norte de San Francisco. O que esperar desse encontro surpreendente entre eles? *Sujeito a alterações*