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Saímos do elevador, atrás do saguão principal, onde o pessoal da operação se encontrava. Stephanie conversava com seu pai e Henry, juntando o máximo de pistas possíveis.
-Acharam alguma coisa? - Sara pergunta.
-Não muitas pistas, mas o suficiente para continuarmos - diz Henry.
-Legal... - respondo - que tipo de pistas?
-Pistas do próximo encontro da máfia. Nada definido ainda! - Stephanie responde minha pergunta olhando para o notebook do Henry, o mesmo a olha como eu olhava para Sara...
-Por quê não vamos para a minha sala? - Houston sugere.
Todos concordamos e o seguimos para a sala dele. Chamo Sara discretamente e sussurro em seu ouvido:
-Acho que o hacker tá apaixonado pela filha do sheriff!
-Eu percebi, anjo! - Sara me responde também sussurrando.
-Anjo? Quanto tempo que você não me chama assim! - Respondo.
-É algo sobre o caso? - Stephanie pergunta.
-Não, são assuntos pessoais! - respondo.
-Se quiserem conversar sobre "assuntos pessoais", tenho certeza que aqui não é o lugar certo! - Stephanie diz autoritária.
-Ok, nos desculpe! - Sara tenta aliviar a barra, mas Henry se intromete:
-Ela está certa, aqui é um lugar de compromisso com o trabalho, não um Happy Hour!
-Exato! - Stephanie responde. Chego no ouvido de Sara e falo:
-O casal maravilha ataca!
Sara dá uma leve risada, Os dois olham para trás, eu olho pra Sara, que estava tentando segurar a risada. Pronto, era a faísca que precisava pra acender o fogo: Sara e eu caímos na risada.
-Qual é a graça? - Stephanie pergunta perturbada.
-É, QUAL A GRAÇA? - Henry dirige esse tom alto para Sara que imediatamente para de rir.
-Uma piada que contei pra Sara; uma leve descontraída no ambiente de trabalho. Nada mais. - respondo a altura e, de certa forma a protegendo. Houston chega em seguida.
-Por quê vocês dois não prepararam a sala para entendermos melhor as pistas? - ele sugere a Henry e Stephanie. Os dois seguem sua sugestão e vão até a sala de Houston enquanto o mesmo conversa com a gente:
-Não liguem para eles, meus jovens. São daqueles que "não brincam em serviço" - ele faz aspas com os dedos - levam o serviço a sério.
-É, percebemos! - Sara diz botando sua mão em meu ombro esquerdo. - Esquentadinho o Henry, não?
-Ah, ele é assim mesmo. Fiquem tranquilos. - Houston concorda - já discuti com o moleque várias vezes por causa disso.
-Se ele falar de novo com ela assim, quem vai discutir com ele sou eu. - respondo o delegado me referindo ao tom que ele havia falado com Sara. O sheriff volta a sua sala e eu e Sara ficamos mais um pouco ali fora.
-Fê, não liga pra aquilo não... - Sara pede.
-Você viu o que ele fez? O tom de voz que ele falou com você? Eu não vou permitir de novo! - digo pegando em sua mão - Eu não vou deixar que ninguém faça você deixar de sorrir, nem aqui, nem na China!
-Obrigada Fê, obrigada mesmo! - ela diz me abraçando. Aquele abraço era meu porto seguro... - Eu te amo!!
-Eu te amo também! - respondo-a. Damos um selinho e em seguida entramos na sala do sheriff, onde havia sido feito uma operação para o dia do encontro. Após Henry e Stephanie explicarem o plano detalhadamente, Sara apresenta algumas suposições ótimas para o plano, e claro que Henry não gostou.
-Quais são as chances de isso acontecer? - o mesmo pergunta.
-Henry, ela está apenas se precavendo, nos precavendo de qualquer imprevisto. - Stephanie intervém o tranquilizando.
-Sara, você tem razão quanto a isso! - Houston diz - realmente, temos que considerar todas as opções possíveis e...
-Mas ela tá errada!! Isso não vai acontecer. Isso são suposições! - Henry fica revoltado com a situação.
-E nós policiais não trabalhamos em cima de suposições até onde eu saiba? - eu intervenho - e como o sheriff disse, "temos que considerar todas as opções possíveis".
-Concordo Fê! - Sara responde.
-É, não tem como discordar disso... - Stephanie diz com receio da reação dele.
-Pessoal, vamos esfriar a cabeça? - Houston sugere para evitar um atrito maior.
Todos saímos, chego em Stephanie e pergunto:
-Ele é sempre assim?
-Fê, vou tomar café. Quer um? - Sara pergunta.
-Sim, expresso. Nunca tomei, porém sempre quis provar. - respondo.
-Ok! Já trago! - ela diz indo a cafeteira.
-POR FAVOR, EU ESQUECI DELE!! - grito pra Sara, que estava do outro lado, servindo nossos cafés.
-OK! - ela responde aos risos.
-Respondendo sua pergunta, quase sempre. - Stephanie responde.
-Ah, entendi! - respondo.
E enquanto eu conversava com a Stephanie sobre Henry, o mesmo sente enciumado e vai chegando perto de Sara(pra me fazer raiva). Eu percebo.
-Espera só um pouquinho? - digo me levantando e o observando.
-Ok... ELE NÃO VAI FAZER ISSO! - ela eleva o tom, provavelmente com receio novamente.
E de longe, calado, observava sua lábia. Sara estava incomodada e tentava o afastar.
-CHEGA! JÁ FIQUEI PARADO TEMPO DEMAIS - exclamo indo em direção ao mesmo. Enquanto andava, ele agarra Sara por trás; Sara dá um pisão em seu pé; ele a solta; ela vira e lhe acerta um soco no nariz e grita:
-EU FALEI PRA SAIR!!
-SUA... - Henry fala levando a mão fechada em direção a ela, eu chego a tempo, agarro seu braço e desferindo-lhe uma cotovelada perto de seu olho. Ele se afasta dela e de mim com a mão no rosto.
-NUNCA MAIS FAÇA ISSO!! - eu exclamo extremamente irritado.
-Fê... Calma... - Sara me abraça enquanto eu o encaro.
-Você está bem? - pergunto tentado não ser grosseiro com ela, devido a raiva.
-Sim anjo, eu tô bem! - Sara responde.
-O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - Houston pergunta extremamente irritado com o tumulto; Sua filha explica a situação.
-HENRY CAMERON E FELIPE GABRIEL, MINHA SALA. AGORA!
Enquanto passa do meu lado ele diz:
-Agora você se fodeu! - e segue até a sala.
Sara me solta para que eu possa ir a sala. Ela fica extremamente preocupada.
-Felipe... - ela me chama naquele tom. Aquele tom que mexia comigo.
Enquanto entrava na sala, eu olho para trás; Stephanie abraça Sara. Houston fecha a porta.
Após uma longa conversa, Henry saí com um sorriso no rosto. Ele chega em Sara e diz:
-Seu namoradinho tá ferrado!
-Seu filho de uma.... - Sara começa a frase, mas Stephanie a tira dali e a leva pra umas cadeiras bem ao lado da porta da sala de Houston.
-Ele fez aquilo pra me proteger! - Sara diz.
Enquanto eu estava ouvindo conselhos do sheriff, escrevia uma carta para Sara. Saio desolado em direção aos elevadores, deixo a carta nas coisas de Sara; Ouço seus passos correndo em minha direção.
-Anjo? Tá tudo bem? Quer conversar? - Sara me pergunta. Assim que entramos no elevador, eu a abraço forte.
-Anjo, eu fui afastado... - digo ainda a abraçando. Naquele abraço, eu disse tudo que Houston havia nos dito.
Ainda me abraçando, Sara acaricia meu cabelo, me tranquilizando. O elevador chega ao andar onde estava o carro. Sara pega a chave do carro do meu bolso e eu a olho.
-O quê… - ia perguntar, mas ela já se impõe preocupada:
-Eu vou com você...  Você não está nada bem pra dirigir, e eu não quero que se machuque ou até pior.
Eu a abraço dizendo:
-Obrigado por tudo! Meu anjo!! - a olho com os olhos cheios de lágrimas, mas elas não caiam... Tinha que ser forte; a abraço novamente - eu não quero ficar longe de você de novo!
-Não vai anjo... Não vai! - ela me abraça mais forte.
Eu entro no banco do passageiro; ela no do motorista.
-Aonde vamos? - pergunto curioso.
-Golden Gate! Quero afastar essa tristeza de você... - Sara me responde.
-Você já afasta...- digo acariciando seu rosto.
-Felipe... Eu... Eu te amo! - Sara me diz também acariciando meu rosto. - quero ver o pôr do sol.
-Vamos! - eu digo entusiasmado.
Assim que subimos os dois andares abaixo do solo, Sara vê que tem pouco tempo. Ela arranca pra a avenida, e quase bate numa Porsche 911 Carrera amarela.

 A mesma se coloca do lado de Sara e o motorista diz:-Você é louca??-Me desculpe! Estou com um pouco de pressa! - ela responde olhando aflita pro semáforo

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A mesma se coloca do lado de Sara e o motorista diz:
-Você é louca??
-Me desculpe! Estou com um pouco de pressa! - ela responde olhando aflita pro semáforo.
-Pra que a pressa se o carro é devagar? - Ele diz no exato segundo em quê o semáforo abre e termina - TENTE ME ACOMPANHAR SE PUDER, TE VEJO NO FINAL DA GOLDEN GATE!!
-Felipe... Eu - ela ia dizer, mas eu a interrompo dizendo:
-Aelera! Você pode ganhar dele!
Ela acelera, mas o perde de vista... Quando ela chega a rodovia ele havia entrado na Golden Gate.
-Eu nunca vou alcançar ele! - ela diz.
-Coloca a 6° marcha e mantém acima de 6000 rotações! Você vai acompanhar ele facinho.
-Anjo? - ela segue minhas instruções. Ela se aproxima da Porsche,as não a passa.
-Mantem essa velocidade! - digo tirando o cinto e deito sobre suas coxas.
-ANJO, O QUE FOI? - ela exclama assustada.
-Eu vou arrancar o limitador! Vai ganhar um pouco mais de velocidade! - digo mexendo nos cabos embaixo do painel.
-Ah sim! Só pra lembrar, estamos a meio quilometro do final.
-Aguenta ai... Pronto! Tirei!
O carro ganhou mais uns quilômetros por hora a mais e isso deu vantagem a Sara.
-Desculpa te assustar dessa forma... - digo me recompondo e colocando o cinto.
-Não tem nada anjo, achei que você tinha passado mal ou algo do tipo... - Sara diz - Ah, Chegamos ao outro lado.
A Porsche chega mais de meio segundo depois.
-Viu só? Eu disse que conseguiria!
-Nossa! Que adrenalina! - Sara pega o retorno e para no acostamento para vermos o pôr do sol.
Abraço-a por trás, ela se vira e me diz:
-Eu te amo!
-Eu também te amo!!
Encosto na porta do carro e ela me beija. E o sol termina de se por...

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