Capítulo 12 - Vadia?

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— Assim não? — Ele perguntou ao arquear uma sobrancelha e abrir um sorriso sarcástico para então girar o seu dedo na intimidade quente e úmida da menina. — Mas eu achei que não quisesse foder comigo.
          Comentou em uma falsa inocência encarando as orbes escuras da mais jovem.
— Só que o seu problema, Kelsey, é achar que eu quero foder com você. — Daquele modo ele curvou o dedo e o arrastou com força para baixo sentindo o hímen da garota ser rasgado sem nenhuma delicadeza.

   Não, isso não. Ele não pode fazer isso comigo, ele não... Meu Deus!
          Foi a primeira coisa que Kelsey pensou quando sentiu os dedos dele acabando com qualquer possibilidade de ela poder ter sua primeira vez com quem realmente amasse. Ela não podia mais se entregar inteiramente para alguém porque ele havia a marcado para sempre. Ele era sujo. Ele jogava baixo, não tinha pena nem de quem era seu próprio sangue e ali estava Kelsey como prova de tudo aquilo.
          A morena sentou-se na cama com calma, tentando processar tudo em sua mente. Ele tirou algo tão significativo com a porra do dedo e por um motivo tão idiota. Kelsey sentiu seu corpo arrepiado, seus olhos começaram a arder e sem escândalo algum ela deixou as lágrimas caírem pelo seu rosto. Ela não emitiu som, não ouviu uma palavra dele, apenas estava em seu mundo, enquanto sua mão tampava a própria intimidade que ardia. Ela se sentia violentada. Tanto psicologicamente, quanto fisicamente.

           Ethan caminhou até a cômoda pegando a pequena toalha que estava sobre ela a fim de limpar o próprio dedo. Depois de deixar o pano úmido e com manchas vermelhas, o mais velho seguiu até a porta e chamou Elena mais uma vez, ordenando que trouxesse uma lingerie vermelha para a garota. Seria assim, pois era a cor do sangue dela. Soava como um lembrete para que não o desafiasse outra vez.
Não demorou muito para a criada entrar com a lingerie a fim de ajudar a garota a vestir o novo traje.

— Vamos começar as gravações hoje. Ela não tem merecido descansar. — Comentou com a funcionária, mas apenas como forma de provocar a sobrinha. Em seguida ele sentiu o celular vibrar no bolso pegando-o de uma vez. Era o pai da garota.

          O louro pegou a arma que estava sobre a cômoda e mirou na cabeça de Kelsey, para que ela ficasse de boca fechada. E assim, com a outra mão, atendeu o celular.
— Jasper. — Foi sua primeira palavra encarando a mais nova com um sorriso vitorioso nos lábios. — Eu ainda não sei onde ela está mas recebi alguns vídeos e fotos. Acho que é ela quem está neles. — Comentou com uma falsa empatia. — Claro, assim que eu puder irei te mandar.
        Kelsey ficou quieta quando ouviu o nome do seu pai sair dos lábios dele. Ela ficou quieta e prendeu os lábios enquanto as lágrimas aqueciam suas bochechas coradas.

         Após mais algumas breves palavras com o irmão Ethan finalmente desligou a ligação.
— Parece que alguém está preocupado. — Comentou, apertando o gatilho da 38 com a mira ao lado do rosto da morena vendo a bala perfurar a parede. Aquilo fez Elena vibrar o corpo com o susto.
— Vamos mudar isso, não é mesmo?

          Kelsey queria ter colocado seu rosto um pouco mais para o lado da arma, assim ela não precisaria viver tudo aquilo, morreria de uma vez, mas ela estava estática. Sabia que a partir dali, as coisas não iriam melhorar. Ela se encolheu mais quando pode ver Elena com uma capa preta nas mãos. A mulher estava assustada, talvez por achar bem radical a atitude do próprio chefe com a sobrinha. Kelsey olhou para Ethan e respirou fundo, pensou nas palavras e falou com a maior firmeza possível.

— Espero que queime no inferno Ethan. Porque lá sim, é o seu maldito lugar. Eu te odeio, idiota.
         Ela disse olhando nos olhos verdes do homem. Estava pouco se importando se ele daria um tapa nela. Aliás... O que mais poderia ser pior do que tudo o que ele já havia feito? Ele tirou o que ela tinha de mais importante. Algo que ela queria guardar e dar para quem ela amasse e desejasse construir uma família. Não, ela não transaria somente após casamento, mas Kelsey tinha seus princípios e neles, não se encaixava perder a virgindade daquela forma e muito menos que alguém de sua família a arrancasse dela.

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