Capítulo 41 - A noite é uma criança.

1.1K 75 8
                                    


POR Dulce.

Sai cuspindo fogo, quando Christopher chegou perto e eu já estava quase deitada em seus pés, lembrei-me da cena com Riane no banheiro e subitamente um nojo me tomou. Me senti trêmula e meu estomago embrulhou.

Christopher nunca tinha lidado com uma mulher tão empenhada igual a mim, e eu o faria sentir isso na própria pele.

Meu interior sabia que sim, eu o amava mais do que era capaz de explicar, mas não o deixaria brincar comigo. Sei também que um dia eu joguei sujo, sei que o fiz mal, mas acho que já paguei e ainda estou pagando por isso, mesmo não sabendo o tamanho da dor que o fiz sentir, mesmo não sabendo se seria comparada a minha.

Hoje era um bom dia, um bom dia para a aparição da dama de preto, hora de colocar a recatada Dulce María para dormir, e acordar a dama de negro para um passeio noturno.

Disquei um numero em meu aparelho celular para solicitar uma pessoa que me serviria novos aparelhos de infiltração de dados, ou mais popularmente falando, uma aparelhagem nova de código e uso hacker, ao qual desde o sequestro de meu afilhado eu ainda não havia trocado. Ainda havia de ser visto quem tinha feito tão coisa, tinha sido uma grande tramoia armada em conjunto de meus inimigos com pessoas que se diziam do meu lado.

- Raúl Cortez falando.

- Olá Raúl, como vai?

- Senhora Dulce? - Ele questionou para confirmar.

- Sim.

- Oh, eu ando bem, e como vai a senhora? A muito não nos falamos. - Raúl era um bom homem, não sabia pra que eu utilizava o que me fornecia, mesmo sendo algo do meio ilegal, ele levava como se fosse uma melhor forma de me ajudar em meu meio de advocacia.

- Bem Raúl, com muito trabalho, fico quase o dia todo na mesa daquele escritório. Mas não foi pra falar de minha vida pessoal atarefada que liguei, eu estou precisando de um pequeno grande favor seu.

- Estamos todos muito ocupados senhora. Mas em que posso ajudar?

- Então querido, preciso de uma aparelhagem multi-funcional o mais rápido possível.

- Mas a da senhora estava em perfeito estado, o que houve? - Seu tom desconfiado era explicável Raúl tinha muito medo de se envolver em algo, ou que alguém pudesse denuncia-lo.

- Querido, sou eu Dulce, sua amiga, não tem que desconfiar de mim certo? - Pausei fingindo uma calma que não era minha. - Posso lhe explicar.. deixei a empresa as pressas em um dia da semana, tinha um compromisso urgente, e pedi para que minha secretária desligasse tudo, e bem, ela se esqueceu de checar e não desligou os aparelhos de minha sala, devo admitir que a culpa maior foi minha, não disse que meus aparelhos estavam ligados, então pela madrugada uma boa parte da empresa sofreu um curto circuito, uma serie de apagões o que  ocasionou todo estrago.

- Ah sim, bem.. se a senhora quiser podemos revisar para que não tenha tantos gastos.

- Não Raúl, você sabe que não tenho problemas com dinheiro. Eu já pedi uma pessoa que trabalha para mim para fazer a revisão e não há concerto. Preciso de novos, no meu trabalho não pode haver erros ou perda de material, você sabe.

- Tá bem senhora, tem razão. Já peço novas encomendas para a senhora, só preciso de um prazo para a chegada.

- Que seria? -Pergunto.

- Depois de amanhã.

- Para mi está ótimo, sabia que podia contar com você, obrigado.

~.~

Paixão Obsessiva | 1° temp.| Vondy {EM REVISÃO.}Onde histórias criam vida. Descubra agora