Autora.
Duas semanas depois.
Ainda não se descobriu a cura, não é considerado uma doença, nem algo extremo, mas sim se você pesar aquele amor arrebatador, aquela coisa que te tira o ar, te faz sentir nas nuvens, te rouba atenção, tempo, e se transforma na maior e melhor coisa na sua vida pra depois sair sem sem avisos, sem preparação, talvez seja o mais difícil a lidar.
Talvez a única cura pra dor do amor é se afastar da pessoa amada, o tempo também, pode ser um bom álibi a ser usado, porém certos apaixonados preferem sentir, não esquecer, pra sempre se lembrar de nunca mais cair no mesmo abismo de paixão.
Uns dizem que talvez nunca se cure totalmente, o primeiro amor é difícil de ser superado, ainda fica aquele restinho de sentimento mal resolvido, mas talvez doa menos.
Christopher deixou o México no dia seguinte a sua tragédia particular, ninguém sabia de seus motivos, mas muito menos ousaram a questionar. Sem cobranças ou a negativa de seus pais, as coisas andaram rápidas como precisavam, silenciosas como queria.
Ainda estava muito ferido e fraco quando decidiu com pés firmes, deixar seu país sem olhar para trás.
Nada mais o prendia ali, nada o interessava.
Prometeu a si mesmo, pela vida de seus pais, que nunca mais voltaria a tentar contra sua própria vida, não merecia aquilo. Com firmeza decidiu que sempre lutaria em prol de si mesmo, um dia sempre podia ser melhor do que o outro.
E isso não era um blefe, era o único caminho que permitiria tomar.
~•~
Quando Dulce recebeu aquela mensagem enviada por ele, pode jurar que sentiu o mundo desmoronar sobre si, um buraco negro foi aberto ao seus pés, ela nunca havia gostado de perder, ainda mais perder pessoas, era doído demais até para ela que tentava mascarar sua fragilidade.
Sua mãe havia lhe dito uma vez que uma hora ou outra iria acontecer, que ele iria perceber o qual mal ela fazia, mas nunca pode acreditar, jurava que nunca poderia se quebrar aquilo, era vindo de berço.
Definitivamente não estava pronta para perder a quem sempre esteve com ela, mesmo que ela fingisse, mesmo que ela usasse um escudo protetor.
Ao saber que ele estava em um hospital, fez de tudo para descobrir em qual, mesmo que tivesse que escapar de sua mãe, ou tentar entrar escondido por ainda não ter idade, tentaria.
Legal, na ideia parecia genial, na prática era outra coisa, provavelmente era em um particular e eles eram extremamente sigilosos para ligações.
Frustrada, raivosa, chateada, culpada, era assim com essa mescla de sentimentos que voltou para casa, chorando e correndo, mal percebia nada a sua volta, quase foi atropelada no meio do caminho. Quando chegou em sua casa subiu direto, em passos largos para seu quarto, sem poder perceber nada, além do buraco que estava dentro de si própria. Bateu as janelas fechando-as, puxou as cortinas, e trancou a porta, deixando tudo negro, escuro como o que sentia.
"Espero que seja feliz algum dia, que lide com o pior de nós, sua consciência."
Com essas palavras ecoando encolheu-se no cantinho de sua cama, fechou em sua pequena mão a foto que tinha com ele, aquela que escondia do mundo, em uma página de seu diário, puxou sua coberta encima de si e chorou baixinho por toda noite, e aquilo se repetia dali por diante, constantemente, por dias seguidos.
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Paixão Obsessiva | 1° temp.| Vondy {EM REVISÃO.}
Diversos*ATENÇÃO.* Essa fanfic aborda uma temática pesada, tão qual como violência, abuso sexual, drogas, armas e situações precoces. Se isso não lhe agrada ou causa gatilhos, por favor NÃO LEIA. Dulce María aproveitou-se ao máximo de seu amigo de infância...