Paixão Obsessiva | 1° temp.| Vondy {EM REVISÃO.}

Capítulo 40 - Um canalha.

Quando Dulce saiu pela porta do banheiro ao mesmo pé que entrou todo o clima havia sido cortado, se em algum momento eu havia conseguido dar alguma atenção a Riane sem pensar nela, já tinha tudo voltado ao "normal".

Me ajeitei com as mãos tremendo e o coração pesado, escutando Riane reclamar me questionando o por que de não continuarmos o que estávamos fazendo. E eu só conseguia pensar nos olhos frios e distantes que me olhavam com decepção, vários.

E eu sei, eu realmente sei que não devia me importar, mas eu nunca poderia.

- Vamos Riane. Eu vou te deixar em casa e vou para minha.

- Mas Chris.. eu achei que iriamos ficar juntos já que fizemos as pazes e não podemos concluir por causa do projeto de advogada. Que saco.

Meu sangue gelou e eu suspirei para não manda-la calar a boca, e explicar as qualidades que formavam a mulher incrível que Dulce era.

- Hoje não Riane. Subitamente minha cabeça começou a doer, e parece querer explodir a qualquer momento. Vamos?

- Está bem.. mas amanhã vou passar o dia com você, tá bem? - Ela veio até mim e roubou um beijo estalado em meus lábios.

- Tá bem.

Eu estava a fim de cumprir minha promessa de trata-lá bem, se tinha uma coisa que eu havia aprendido era que mulheres precisavam no mínimo tudo de melhor, mas eu não as via assim, via cada uma como um objetivo de extremo interesse, venenosas e petulantes. Mesmo assim não conseguia viver sem elas, sempre cada uma delas tinha uma função importante na minha vida, até mesmo na função de quebrar meu coração.

Saímos dali e eu me despedi de todos alegando ter muito trabalho a fazer, não estava afim de ficar, e o meu dever de comparecer eu já tinha cumprido. No caminho deixei Riane em casa depois dela fazer um pequeno showzinho e me beijar tentando me convencer a ficar.

Chegando em casa joguei minhas chaves e minha carteira na mesa, enchi um copo de whisky com gelo e me rastejei até o sofá me jogando ali, desgraçada, a demonia não saia da minha mente por nada e eu me sentia um grande idiota.

Eu não podia me entregar de bandeja mais do que eu já havia feito a ela, não podia, eu tinha vindo com o intuito de faze-la provar o próprio veneno e isso ainda estava nos meu planos. Os últimos planos que eu tinha para ela em minha vida, eu tinha decidido.

.....

Já era segunda-feira e eu já tinha uma reunião de acionistas na empresa com outros advogados, papai oficialmente havia passado todas as tarefas a mim e colocado a empresa em meu nome como tinha dito que faria, mesmo que informalmente já era minha.

Pedi para que uma das secretarias arrumasse a sala de reuniões e colocasse os papéis de cada acionista em sua cadeira nominada.

Em meia hora já estava-mos reunidos para o feito.

- Bom dia senhores, é com muita alegria que aciono vocês para dizer que a partir de hoje tomo total responsabilidade da empresa, papai passou o cargo oficialmente para mim. - Digo com seriedade, preciso passar no meu tom o que de hoje em diante virá.

- Que bom Uckermann, tenho plena certeza que irá comandar tudo tão bem como o seu pai.

- Eu concordo com Lisandro, me parece ter muito pulso firme para tomar conta.

Todos me parabenizavam quando um baque nos faz olhar para a porta.

- O que é isso? - Quando a vejo meu coração idiota dispara mas meu olhar sério se mantém o mesmo, meus olhos se apertam como um questionamento, um pedido de explicação.