Quando você acha que não pode piorar

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Quando chego em casa eu estava molhada, com raiva, sem namorado e sem emprego.

A Ino não estava em casa, com certeza já havia saído para seu emprego nada decente.

A chuva estava muito forte e assim que chego vou direto tomar banho.

Eu estava distraída pensando na onde eu arrumaria dinheiro pra mensalidade da faculdade quando um clarão ilumina todo o banheiro e logo após a luz se apaga.

A água antes quentinha agora estava fria.

Que ótimo, acabou a energia.



Saio do banheiro procurando pelo meu celular, eu precisava de uma lanterna.

Acabo esbarrando o dedinho do pé em alguma coisa.

Fico pulando e resmungando até a dor passar.

Assim que encontro meu celular vou direto vestir uma roupa.


Eu estava com fome, mas no escuro era difícil achar algo para comer.

Parece que tudo que tinha nessa casa precisava de um microondas.

Olho pro fogão. Eu não sabia neim esquentar uma água.

Quase choro de desespero.

Pego a única coisa que eu poderia comer frio mesmo.

Sorvete. 

Sento no chão e começo a comer do pote mesmo.

Não estava ligando neim pro frio.

Fiquei sentada no chão com um pote enorme de sorvete de chocolate chorando.

Eu era muito sem sorte.

Nada na minha vida dava certo.



Depois de comer o sorvete todo vou para o meu quarto.

Deito na cama e apago.

O dia foi cansativo demais. Eu precisava dormir pra esquecer o quanto minha vida estava péssima.


Acordo assustada com uma doida pulando em cima de mim.

- Testuda, Testuda. Acorda.

Abro os olhos e vejo a Ino em pé em cima da minha cama.

A casa estava clara, sinal que a energia tinha voltado.

Olho no relógio e estava bem tarde.

- Sua Porca horrorosa porque você me acordou de madrugada?

Tenho certeza que eu estava com a cara do satanás enquanto a Ino tinha um sorriso enorme no rosto.

- Eu te arrumei um emprego. - Ela quase grita de tanta felicidade.

- Oque? Como você sabe que eu perdi o emprego?

Eu não me lembro de ter contado para ela.

- Querida todo mundo já sabe que você tem um namorado gay e que você perdeu o emprego.

Ela diz descendo da cama e parando do meu lado.

Me sento assustada.

- Como assim Porca?

Ela se aproxima e me entrega seu celular.

Era o meu vídeo no café.

Aquelas meninas postaram.

Fizeram uma música com o meu vídeo.

Afundo a cabeça no travesseiro.

Eu queria morrer de tanta vergonha.

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