Capítulo 17 - Guerra

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Quando eles já estavam prontos para matar o Silonar, o General chega pra ver quem realmente era esse tal de Silonar.
- Esperem soldados! Eu preciso saber quem realmente é esse sujeito. Ainda não conheço o seu rosto.
Tire esse lenço preto da cara dele, eu nunca matei alguém sem saber quem realmente é.

Os soldados tira o lenço preto
é quando o General ver o rosto do Silonar algo de estranho acontece.
O General começa tremer, suar frio e fica sem reação...
Sem saber o que fazer ele fica ali paralisado.
Aquilo foi um choque.

Silonar não conseguiu ver o General porque estava todo dolorido que nem faz questão de abrir os olhos.
O General fala para esperar um pouco e vai até sua sala.
E lá ele começa a lembrar de coisas no qual não entende.

Sua cabeça começa a esquentar.
Ele começa ter aquelas crises que nem mesmo entende. Só que dessa vez a dor na sua cabeça é muito forte e ele tem lembranças no qual nunca teve.
Lembranças de um navio, algo com piratas, mortes, injustiças, tesouro, tempestades, mulheres, Panamá...

O General fica confuso, chama um dos seus guardas e pede para trazer o soldado Silonar.

Silonar entra na sala.
O General fecha a porta e começa a falar:
- Silonar. Seu nome é Silonar?

- Sim. Esse é o meu nome.
Pelo menos é o que sei.
Às vezes minha memória falha e eu me sinto confuso.
Tenho lembranças do que não aconteceu...

- Cara, eu também. Às vezes me perco sem saber onde estou, minha memória falha... Esse seu nome me faz pensar demais.
Eu não sabia quem era você.
Quando eu ouvir falar seu nome nem me importei muito, mas quando te vi algo de estranho aconteceu. Parece que eu já te conheço...

- E qual é o seu nome General?

O General tira o lenço da cara do Silonar e fala:
- Meu nome é Taití.

Silonar leva o maior susto e
naquele momento o subconsciente faz a ligação.
Todas as lembranças vem a tona.
Era só aquilo que precisava para tudo ser revelado.
Os dois amigos estavam de volta, num outro tempo, num outro momento.

Silonar olha pra Taití e os dois dão um abraço.

E Taití fala:
- Oh meu amigo, olha só onde estamos. Nós nos perdemos no tempo, naquela tempestade quando estávamos no navio fantasma.
Acho que foi no triângulo das Bermudas...
Ali é um lugar amaldiçoado, coisas estranhas acontecem ali.
E aquele navio... Aquele navio tinha uma maldição, só precisava está no local certo para tudo acontecer. Estamos pagando por tudo de errado que fizemos naquela época.
Olha esse mundo agora.
Estamos na Alemanha em plena Segunda Guerra Mundial. Sou um General e você um Soldado, que destino cruel.

Silonar olha pro amigo, dá um abraço e começa a chorar...
- Porra Taití, e agora somos inimigos cara... O que vamos fazer?

- Vamos fugir daqui cara. Agora que lembrei de tudo, estamos lutando por uma razão perdida.
Éramos piratas, assassinos, mas também éramos justos.
Naquele tempo só queríamos chegar até o Caribe e viver a vida com várias mulheres, vinhos, charutos, praias e curtição.
Agora é o seguinte.
Vou fingir que vou te matar em outro lugar.
Vamos sair daqui com alguns soldados para não causar algum tipo de suspeita.
Depois mataremos esses soldados e sairemos da Alemanha.
Eu sei todos os lugares que podemos passar sem que alguém nos peguem.

Eles saem da sala, só que naquele momento os inimigos chegam no Front deparando tiros e matando todos os soldados que estavam ali.
A tropa inimiga matou todos, exceto Silonar e o Taití porque eles se esconderam.

Eles saem de fininho, só que Silonar não aguentava andar muito rápido.
E quando eles estavam escapando vários soldados os cercam.
- Pare onde está ou mataremos vocês! Sabemos que vocês são.

Eles não encontram uma outra alternativa e se entregam.
Um soldado dá tropa inimiga fala:
- General Taití. Só não vou te matar, porque não matou nosso soldado Silonar.
Ele é uma máquina mortífera. Sorte a sua que ele está vivo.
Você vale muito mais vivo do que morto General. Vou negociar sua vida.

Os soldados inimigos pegam os dois e colocam no caminhão e partem.

Quando estavam passando numa ponte bem alta Taití olha para Silonar e faz um sinal com a cabeça indicando para pular. Havia um rio ali.

Silonar dá um grito.
- OLHEM! UM AVIÃO, E ELE ESTÁ ATIRANDOOOOO. VAMOS!! ACABE COM ELES SOLDADOS.
Os soldados distraem pegando as armas e começam a atirar pro alto. Eles aproveitam a distração dos soldados e pulam da ponte.
Alguns soldados descem para procurá-los.
Procuram por cerca de uns 20 minutos até o Sargento do exército dizer:
- Vamos. Eles estavam muito fracos, devem ter assustado com o avião e assim pularam.
Foram levados pela correnteza.
Talvez até morreram, talvez não.
Se não, depois nós os encontraremos.

Depois que a tropa já estava bem longe, Silonar e Taití saem do rio e vão andando a procura por alimentos.

Silonar estava muito fraco e todo mutilado, não ia conseguir andar por muito tempo. Mas o seu velho amigo de longa data estava ali pro que dê e o que vier.

Eles andam...andam, andam uns 40 minutos e Silonar acaba caindo e fala:
- Não aguento mais. Vai meu amigo, pode ir. Não tem jeito, melhor você ir do que morrer comigo aqui nesse inferno.

- Não! Jamais vou abandonar você amigo. Espere um pouco aqui, vou subir naquele monte e ver o que tem ao redor.

Taití vai até o monte e observa tudo que tem por perto, ele avista uma cabana.
Desce do monte, vai até Silonar, pega ele e carrega até a cabana.

A Alemanha estava toda devastada e naquela cabana havia um senhor e uma senhora de idade, ambos refugiados da guerra.
Eles imploram para que não os matem e Taití fala:
- Só queremos sua ajuda. Meu amigo e eu estamos fugindo dessa maldita guerra. Não estamos aqui para matar ninguém. Nos ajudem que te daremos proteção.

Silonar mal consegue conversar, estava muito ferido, quase desmaiando...
Então o senhor e a senhora cuidam deles.
Eles ficam ali por alguns uns dias até se recuperar.
Depois de recuperados é hora de partir. Eles chamam o senhor e a senhora, pois a guerra estava avançando e logo menos chegaria ali. O Senhor e a Senhora aceitam e assim eles partem rumo a França.


Publicado 12/02/2020

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