Capítulo 23 - O Vulto

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Eles ajudam Silonar sair do volante e Amon assume a viatura.
Ruas, esquinas, vielas, lombadas, até que finalmente eles chegam no local onde estão os pergaminhos.

Aquela altura já era mais ou menos 23hs da noite.
Amon pegam os pergaminhos e começa a ler...
PERA AI, PERA AI, PERA AI, PERA AI CARO LEITOR.
COMO ASSIM? AMON PEGAM OS PERGAMINHOS E COMEÇA A LER?
ELE NEM SABE LER AQUELE IDIOMA, NEM SABE QUAL IDIOMA É AQUELE... E AGORA CARO LEITOR COMO QUE VOU FAZER PRA SAIR DESSA ENRASCADA?

EU ESTOU DE VOLTA, DEPOIS DE 2 DIAS MINHA MENTE CLAREOU. AGORA JÁ SEI O QUE A MINHA MENTE VIU, AGORA JÁ SEI O QUE ESCREVER.
ENTÃO VAMOS LÁ. 01,02,03,04!

Silonar continua desmaiado e ninguém sabe o que fazer, mas Amon tem uma ideia.
Ele pede pra deitar o Silonar no chão.
Depois pede pra colocar os pergaminhos sobre o seu rosto.
Amon pega uma lanterna e joga a luz sobre os pergaminhos que estão sobre o rosto do Silonar.
Imediatamente Silonar começa a balançar a cabeça e falar coisas no qual eles não entendem.

Silonar levanta e aponta o dedo para o céu.
- Os céus me chama. O tempo me segue.
Amanhã eu tenho um encontro com o outro eu, que na verdade não sou eu.

Taití pega nos braços do Silonar e fala:
- Silonar! Silonar Carajooss, você não está falando coisa com coisa.

Amon interrompe.
- Cala a boca Taití! Ele está lendo os pergaminhos com a mente e tendo uma visão.

Taití retruca.
- Cala a boca não!
Ninguém me manda calar a boca, meu amigo está delirando e você acha isso normal?
Vou te quebrar na porrada.

- Ah você quer brigar? Vem então! Pode vim!

Joan entra no meio e fala com os dois.
- Caramba! Vocês são sempre assim?
Silonar devia ter deixado vocês na cadeia se matando!
Presta atenção!
Olha, vou te contar viu... Pera ai, o Silonar vai falar outra coisa.

Silonar olha pra todos os lados, aponta na direção sul do Egito e fala:
- Temos que ir naquela direção.
Eles entram na viatura e segue.

Depois de 2 horas e 5 minutos, Silonar pede pra parar a viatura.
Ele desce do carro e fala que ali é o local do encontro.

Taití olha na cara do Silonar e fala:
- Porra Silonar, não tem nada aqui cara.
Você está ficando louco, foi a queda do avião?
Você bateu com a cabeça meu amigo e não tá sabendo o que está  fazendo.

Silonar responde:
- Taití, eu sei muito bem o que estou fazendo.
Agora vamos dormir, quando o sol nascer tudo será revelado.

Horas depois...
O sol vai nascendo e antes do primeiro raio Silonar levanta.
Acorda todos e Taití começa a reclamar.
- Carajooss meu, logo agora que eu estava sonhando com uma loirinha linda numa praia lá no Brasil.
Puta que pariu Silox! Eu já estava quase dando uns beijos nela...

Silonar interrompe:
- Caramba, você me chamou de Silox!
Última vez que me chamou assim foi naquele outro tempo, quando éramos piratas.
Quantas lembranças loucas estou tendo agora...

Joan chega perto do Silonar e dá um abraço bem forte.
Depois ela afasta um pouco, pois ninguém sabia o que poderia acontecer quando os raios de sol batesse na face do Silonar.

Amon fica parado olhando o horizonte.

Taití encontra uma garrafa de vinho na viatura e aproveita pra dá um gole e começa a cantar.
... 🎶 Sonhei com você / loirinha linda quero te conhecer /  menina eu quero te amar / deixa eu ser o seu navio / deixa eu te beliscar... 🎶

Amon grita de longe:
- MEU PAI DO CÉU, QUE MÚSICA RUIM É ESSA?
QUER SER O NAVIO DA MENINA, BELISCAR A MENINA.
VAI CANTAR RUIM ASSIM NA CADEIA!

Taití responde:
- Nem ligo pro que você está dizendo, a música é minha e eu canto do jeito que eu quero, se achou ruim vem cair na porrada.

Amon vem correndo pra sair na porrada com Taití, mas quando os dois começam brigar os primeiros raios de sol bate no rosto do Silonar.

Silonar começa falar várias palavras:
- Futuro, 7.777, anos 70, anos 80, anos 90, anos 2000, anos 2000 e não sei quantos, outro eu, velho oeste, eu mesmo, outra dimensão, dinossauro, fugindo, fugitivo, Egito antigo, San Francisco, nave, planeta, gangues, passado, navio, Brasil, amigos, rock and roll, areia, revólver, paradoxo, estrada, mulheres, carros, dinheiro, loucura, assassinato, roubo, história, coisas e coisas, lenda, guerra, México, 70x7, tempo, 7x infinito, o que não posso dizer, 1987, Silonar, fogo, deserto, avião, Joan, julho, desconhecido, estação, filho, pai, mãe, irmão, Deus, destino, memória, guitarra, esquecimento, corrida, vinho, cerveja,  amor, início, confiança, tudo isso agora, tudo agora isso, tudo que ainda não falei, tudo que ainda vou fazer, tudo que já fiz, não foi eu, nem foi você, eu sou eu, eu não sou eu, tudo interligado, conectado, apareça, apareça agora na minha frente!

Depois de dizer todas aquelas palavras, começa uma tempestade de areia, uma tempestade violenta.
Eles correm e entram dentro da viatura para se proteger.
  E no meio daquela tempestade aparece um vulto, o vulto vai até a viatura, bate no vidro e fala:
- Silonar, chegou o momento do nosso encontro.

Publicado 30/05/2020

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