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João Barros

Como Filipa saiu, fui jogar vídeo game. Fiquei horas naquilo até Marcelo adentrar a sala com suas malas.

— Voltou, macho?

— João, a gente precisa conversar. — Essa frase. Só quem ouviu sabe o desespero.

— Oxi, oi pra você também!

— João é sério. Eu não fui viajar, fui investigar um assunto que me pediram e.. Envolve você.

— Mas que marmota é essa?

— Lembra que a Ruth tem um sobrinho desaparecido? Investigamos algumas coisas, e agora temos dúvidas que talvez seja você ou o Bento e precisamos que os dois façam teste de DNA.

— Mas minha mãe era a Josefa!

— João, eu pesquisei em todos os Hospitais de Quixadá, nenhum tem registros de você. Nem os cartórios de lá tem alguém como João Barros. E, você não tem identidade, você não tinha documentos antes de vir para cá. É como se você não existisse.

— É muita baboseira mesmo, minha mãe é a Josefa, sim! Tu que ta abirobado! — Saio da sala e vou até o meu antigo quarto e me tranco. Marcelo só pode estar Birô! Isso é impossível.

— Macho, vamos conversar! — Marcelo diz do outro lado da porta.

— Eu não quero conversar!

— Eu vou dar um tempo.

Isso não é possível, é uma ideia sem pé nem cabeça! Imagina se eu sou mesmo o sobrinho da Ruth: Eu iria ter que morar com ela e deixar Marcelo e Filipa, o feijão (sim, tem feijão, mas ele n aparece muito pq tenho preguiça)

Ouço batidas na porta e reviro os olhos: — Já disse que não quero conversar!

— João, deixa eu entrar por favor!

— Filipa? — Vou até a porta e abro a mesma, era Lipa do outro lado.

— Vem cá. — Ela me abraça apertado e logo entra no quarto e se senta ao meu lado. — Você deveria fazer o teste.

— O que? Ta doida? E se eu for mesmo o sobrinho? Vou ter que ir morar com ela e deixar você...

— Idependente do resultado, vamos continuar juntos. E, eu acredito na sua palavra, você disse que sempre vai estar comigo. Confio em você.

— Tem razão. — Viro para a mesma e dou-lhe um beijo, ela é realmente há melhor coisa que poderia me acontecer.

Vou até o quarto de Marcelo e digo que vou fazer o teste, ele disse que amanhã de manhã faremos.

Estou no quarto com Filipa conversando sobre coisas aleatórias, estamos olhando para o teto, de mãos dadas.

— Como foi seu dia? — Pergunto para ela.

— Foi ótimo, fazia tempo que não fofocava com Yasmin.

— I falaram sobre o que? Aposto que foi sobre mim.

— Seu convencido. — Ela me da um tapinha no braço e depois um sorriso.

— Você é perfeita, sabia?

— Eu sabia, sim. — Agora quem ri sou eu.

— Convencida.

— Convencida, não! Apenas fatos. — Ela brinca.

Passamos o resto da tarde conversando e rindo.

Notas🥀

Não me matem kkkkk

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Meu Abrigo | JolipaOnde histórias criam vida. Descubra agora