Capítulo Oito

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Sakura Uchiha

Eu não havia palavras para descrever o quanto a beleza de Santorini me arrebatou. Eu caminhava pelas calçadas com aquele ar de turista em uma cidade que acaba de conhecer. Tiramos algumas fotos e fizemos alguns vídeos, os quais iríamos mostrar para nossa família. No meio do passeio, Sasuke recebeu uma ligação de Itachi. O irmão mais velho só queria saber como estavam indo as coisas e ambos trocaram palavras carinhosas até Itachi se despedir.

Estávamos sentados numa mesa de praça saboreando um sorvete em silêncio.

— Você ainda me detesta? — perguntei, do nada. Sasuke parou de comer por um segundo e então me olhou. Pela sua cara, deu pra perceber que ele não entendeu o motivo da pergunta. — Você... um dia disse que me detestava. Foi na nossa volta do cinema.

Ele soltou um pigarro e ergueu os ombros.

— Nunca detestei você. Eu... só odiei o fato da sua presença causar tanta confusão nos meus sentimentos. Acabei confundindo isso com raiva... mas, no começo, você era irrelevante para mim. Depois de te conhecer melhor, fui me acostumando com você. — ele falou, enquanto olhava para o seu sorvete. Acabei ficando calada por não saber o que dizer.

Eu não poderia culpá-lo. A primeira impressão que ele me passou me permitiu sentir certa repugnância. Mas nossos sentimentos de irrelevância para com o outro tinha motivos diferentes e no fim, um era consequência do outro.

— Já são 10:30 a.m. Ainda dá tempo de conhecermos mais um lugar. Aqui em Santorini não falta pontos turísticos. — Sasuke estava animado, por alguma razão.

— E aonde vamos? — depois de jogar os potinhos de sorvete numa lixeira pública, caminhamos lado a lado até o carro. Sasuke não me respondeu e isso me intrigou. Caminhamos pouco até chegar numa parte da cidade que era incrivelmente linda e rica nos detalhes clássicos e artísticos mais comuns daqui.

— Estamos em Fira, é a capital de Santorini. É localizada na borda de um penhasco de 260 metros. Tem vários bares, restaurantes, lojas e tudo o que você imaginar de divertido.

Observei o lugar encantada. As pequenas lojas enfileiradas uma na outra me chamaram a atenção. Entramos em uma joalheira a pedido de Sasuke e pela forma como fomos recebidos por uma mulher, percebi que não era a primeira vez que ele vinha aqui.

— Καλημέρα, κυρία. Τι θέλεις? — ela estava falando comigo ou o quê?

Sasuke riu baixo.

— Ela te desejou bom dia e perguntou o que você deseja.

Olhei espantada para ele.

— E você fala grego?

— O suficiente para poder viver aqui sem problemas.

— Ah... mas quem pediu para entrar aqui foi você, então fale com a moça.

Ele revirou os olhos.

— Θέλω να δω μερικά περιδέραια, παρακαλώ. — Sasuke pronunciou as palavras sem êxito e a mulher o chamou para uma prateleira do outro lado da sala.

(...)

Demoramos muito pouco em Fira por conta de já está tarde. Sasuke disse que ainda tinha muita coisa para que eu visse e que voltaríamos aqui em outra ocasião.
Em casa, almoçamos em silêncio. Talvez o cansaço do passeio me impediu de puxar algum assunto com Sasuke e ele parecia igualmente cansado. Chiyo havia caprichado no almoço e não preciso dizer que comi duas vezes.

— Aceitam torta de morango para a sobremesa? — Chiyo perguntou prestativa enquanto tirava a mesa. Depois de devorar o filé ao molho madeira duas vezes e beber duas taças de champanhe, eu tinha certeza que não caberia mais nada no meu estômago por hora.

A PrometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora