Capítulo Onze

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Sasuke Uchiha

— Eu aceito mais uma dose de tequila. — falei para o barman que imediatamente encheu meu copo. Virei a bebida ignorando a queimação na minha garganta e os olhares de julgamento do Naruto.

Ele soltou um pigarro.

— Você tá dirigindo, não devia beber tanto. — ele bebericou sua cerveja com os olhos grudados em mim.

Bufei baixinho e o ignorei. Se passava tanta coisa na minha cabeça desde que chegamos aqui e o álcool iria me impedir de pensar mais asneiras. Mas era impossível fazer isso sendo que minha esposa burra está grávida.

— Você sabe que a gravidez da Sakura deveria ser motivo de felicidade para vocês dois, né? Caramba, você vai dá o primeiro neto para o Fugaku... — e lá estava o Naruto tentando me fazer ver o lado bom dessa catástrofe novamente.

Encarei meus dedos e neguei com a cabeça. Um filho poderia ser motivo de felicidade para outro casal, mas para mim, nesse momento, é a pior coisa. Estou bem perto de provar a participação do Tobirama Senju no incêndio da empresa e uma criança só iria me atrapalhar.

— Poupe saliva, Naruto. Nada do que você disser vai me fazer mudar de ideia sobre aquele feto. Eu não o quero. — murmuro entre dentes batucando os dedos ruidosamente na mesa.

Ouvi Naruto bufar irritado.

— Deveria ter pensado nisso antes de sair transando sem camisinha como se fosse um adolescente irresponsável.

O olhei com a sobrancelha arqueadas.

— A Sakura tava tomando a pílula!

— Para de jogar toda a culpa na Sakura! Você já é homem suficiente pra reconhecer que o erro também foi seu, caramba. — ele praticamente berrou, mas se conteve ao ver que algumas pessoas nos olharam. Fiquei calado.

Naruto respirou fundo e virou a cerveja de uma vez.

— Preciso ir para casa. Minha esposa e meu filho estão sozinhos... Pensa bem, cara. — ele se levantou, deu duas batidinhas no meu ombro e saiu. E esse idiota nem pagou a própria cerveja.

Passei um bom tempo no bar até decidir ir para casa. Segui o conselho do Naruto e decidi não beber muito. Bater o carro e morrer é impensável, apesar de tentador.
Minha casa tava silenciosa quando entrei e tentei fazer o mínimo de barulho possível. Coloquei a chave na mesinha e me surpreendi ao ver Sakura dormindo serenamente no sofá. A mão abraçava a barriga de forma protetora.

Suspirei frustrado e levei a mão até a testa.

— Sakura. — chamei um pouco alto e ela acordou assustada. Mordeu os lábios ao me olhar e se sentou.

— Podemos conversar agora? — ela perguntou receosa.

— Não, tô cansado e só quero dormir. Vá para o quarto. — falei baixo sem lhe olhar.

Sakura se levantou e se aproximou de mim.

— Você tava bebendo? — ela perguntou exaltada e cheirando minha camisa. — Você me deixou aqui sozinha para ir beber?

Revirei os olhos pesadamente.

— Foi só algumas doses. Para de ser chata.

Sakura me encarou por alguns minutos e vi lágrimas se formarem nos seus olhos.

— Eu tô grávida. E você sai á meia noite para ir beber como se fosse um moleque sem responsabilidades?

A olhei com desdém.

A PrometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora