A voz dela é suave,
Como a brisa;
E o cabelo macio,
Como as ondas.Ela me amaria nas
Tardes de calmaria,
Mas só a recebo
Nos frios, entoantes
E agitados.E brilha, com o sol
Quando a reflete
E bate na claridade
Da sua essência,
Me fazendo morrer
Na ausência de
Morrer jamais
Ao seu lado. MasEla odeia navegadores,
Que a roubam de tudo,
E por tudo.
Ela odeia redes,
Barcos, mapas.
Sentir-se cheia,
Desejada, capaz. ElaOdeia não conhecer
As próprias coordenadas
E sentir-se incapaz
Quando é sempre
Vigiada. E odeia ser
O que nunca escolhe ser.Mas talvez a alegraria
Saber que me
Faz sortuda. Sentir-me
A mulher mais feliz
Do mundo, e já afogada.
Que é engolida
Pelas suas águas.
E devorada por seus
Ramos, nós e vidas.
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Euphoria (Disphoria)
PoesíaPalavras podem ser incrivelmente proféticas, como mensagens, avisos ou uma simples conversa que precisávamos ter conosco mesmos. Um sentimento preso que é finalmente posto para fora. Muitas vezes não sei o que quero dizer... nem se eu quero dizer a...