Revistinha de Um e Noventa e Nove

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Acho que a sua maior traição

foi me conhecer, mas fingir

que eu não era ninguém

e ignorar a sua própria existência.


Me dizer que eu era tudo,

retornar as minhas ligações,

e fingir me amar como 

ninguém jamais fez;

mas nunca me dizer que

eu não teria uma chance...


Mentiu. Você foi uma mentirosa

fria, depravada. Já nem sei mais

que palavra usar. Merece coisa pior

que qualquer um desses xingamentos,

merecia...

Pois brincou comigo e me fez, 

todos os dias, acreditar na felicidade.


E eu fui tola de acreditar que

alguém como você

olharia a mim como eu te olhava;

pensaria em mim como 

em você eu pensava;

me responderia com o mesmo 

maldito sorriso que eu te respondia.


Eu fui tola em acreditar

na mesmas desculpas estúpidas

e nos pensamentos jamais ditos,

mas sempre mostrados.

E você, com toda a sua arrogância,

sempre os percebeu, mas nunca emitiu nada.

Nunca falou da improbabilidade

de cada um deles acontecerem.

Mas me deixou os colecionando

Como quem não tinha

Nada de melhor pra fazer.


Não posso mais te olhar 

ou pensar na triste felicidade presente

na sua vida, quando na minha

só resta a solidão.

Esse buraco que eu já nem sei mais

como preencher. Nada é o suficiente.


Sou covarde demais para falar algo.

Boa demais para agir. Infelizmente, 

sou tudo o que você não era...

mas queria não ser pois

o estrago que você fez,

as marcas e arranhões que deixou,

nada disso vai sumir.


Jamais poderei ser feliz.

Parabéns!

A culpa é toda sua.

Euphoria (Disphoria)Where stories live. Discover now