Não adianta. Quanto mais eu tento preencher
esse largo e cálido buraco profundo,
Mais as sensações se aprofundam
Me causando dor, raiva e um cansaço imparável.
E só eu mesma pra saber o quanto eu,
A cada dia, tento preencher com as mais
Inimagináveis formas variadas.
Preencho com sorrisos de alegria que somem,
Ao tentar preencher com a tristeza soturna.
Preencho com as gotas do café da raiva;
Preencho com a calmaria iminente dos dias de Sol.
E não adianta, o buraco só aumenta pois
Nada pode saciá-lo. Vive de fome constante.
O que me resta é conviver com essa luta
Esse buraco negro que me suga aos poucos
Deixando apenas o retrato do que sempre me disseram ser.
E eu já não me reconheço, já não sou eu mesma.

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Euphoria (Disphoria)
PoesiaPalavras podem ser incrivelmente proféticas, como mensagens, avisos ou uma simples conversa que precisávamos ter conosco mesmos. Um sentimento preso que é finalmente posto para fora. Muitas vezes não sei o que quero dizer... nem se eu quero dizer a...