Dois!

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Eu sei por que Deus não me deu o dom da força por que o com toda a certeza eu mataria o Noah agora.

Noah está rindo, Ele está rindo, depois de eu ter falado que eu tava grávida.

Eu acho que ele quer morrer.

- Qual é a graça Noah? - Pergunto.

- Ainda bem que eu sou você! - Ele rir. - Imagina ter um bebê nessa idade?

Se eu não gostasse tanto dele, eu estrangularia ele aqui mesmo, depois alegaria que foi legítima defesa.

Olho chocada para ele, será que ele não sabe que é o pai do bebê?

- E quem você acha que é o pai da criança, seu imbecil? - Pergunto.

- E como é que eu vou saber? - Ele diz mas logo sua cara muda, parece que ele caiu na real. - Não me diga. - Ele me olha. - O filho é meu?

- Parabéns papai! - Exclamo com ironia na voz.

- Diarra não é possível, nós só ficamos uma vez. - Ele diz se levantando e começa a andar de lado para o outro.

Noah parecia desesperado.

- Mas é seu, quem você acha que eu sou? - Pergunto ofendida.

Ele estava insinuando o que?

- Eu não quis te ofender, Desculpa. - Ele passa a mão pelo cabelo. - Eu só não consigo acreditar que eu vou ser pai. Eu não sei nem cuidar de mim.

Isso é verdade, o Noah é a pessoa mais insegura que eu conheço. Mas ele é uma boa pessoa. Acho que se eu fosse escolher um pai no meu bebê, com certeza escolheria ele.

- O que vamos fazer? - Eu pergunto.

Pra mim também é desesperador saber que vou ter um filho, eu não quero isso, não queria ser mãe. Eu não estou pronta. Eu tenho tantos planos. Por logo agora?

- Você quer ter o bebê? - Ele me pergunta.

NÃO, EU NÃO QUERO.

Mas o que eu posso fazer? Não posso acabar com uma vida, principalmente  com uma que tem o meu sangue.

- Eu acho que sim. - Digo.

- Então vai ficar tudo bem, Você trabalha e eu também trabalho. Podemos cuidar de uma criança. Não deve ser tão ruim assim. - Ele diz.

- O que você sabe sobre cuidar de criança? - Pergunto.

Pelo que eu me lembre ele é o filho casula.

- Eu já cuido do meu cachorro não deve ser mais difícil. - Ele diz.

- Cachorros e Humanos são diferentes. - Digo.

Noah parece uma criança.

- Não importa, nos temos que casar primeiro. - Ele diz.

Oi?

Casar?

Quem disse que quero me casar? Ainda mais com ele.

- Quem disse que vou casar com você? - Digo.

- Nós vamos ter um filho, Diarra. É natural casar. - Ele explica.

Eu não estou nem acostumada com a ideia de ser mãe, agora tenho que ser esposa também? Nem a pau Juvenal.

- Noah, não vou me casar com você. - Eu digo.

- Por que não? - Ele pergunta.

Noah deve ser louco só pode.

- Você me ama? - Eu pergunto.

- Não! - ele diz rápido.

- Eu também não te amo, o casamento tem que ser entre duas pessoas apaixonadas. - Eu digo. - Só por que vamos ter um filho não precisamos casar, não vivemos mas no século 19. As pessoas não se casam só por causa da uma grávidez.

Noah concorda com a cabeça.

- O que eu vou dizer a minha mãe? Não posso chegar e dizer: Mãe a Diarra tá grávida de um filho meu mas a gente não se ama por isso não vamos nos casar.

Eu entendo o Noah, mas a minha mãe é dez vezes pior do que a dele.

-  Se você quiser eu falo por você. - Eu digo. E ele me olha e sorri.

- Sério? -  Pergunta ele.

Noah é muito inocente, nem parece ter 24 anos.

- Sim, e você conversar com a minha. - Digo. - Vejo o sorriso dele desparecer.

- Eu não quero falar com nenhuma das duas. -

Nós rimos. A primeira vez que eu ri de verdade hoje, como eu imaginava com ele tudo se torna mais fácil.

- Já que não vamos casar, eu quero ficar com você.  Cuidando de você durante a gravidez. - Ele diz.

Não é uma má ideia, a doutora disse que eu precisava de alguem pra ficar comigo por que quanto a minha barriga começar a parecer eu não vou poder fazer muitas coisas.

- Okay. - Eu digo. - Você pode morar comigo, só até o beber nascer. 

- Até ele ter um ano, não quero perder os primeiros momentos deles. - Ele fale e eu concordo.

- Obrigada Noah, por querer ficar do meu lado, se fosse outro já teria inventado uma desculpa e ido embora.

Noah senta do meu lado e me abraça.

- Eu nunca te deixaria sozinha nessa condição ainda mais com um filho meu na sua barriga. - Ele diz.

- Pode ser uma filha. - Eu digo.

- Tenho certeza que é menino. - Ele diz.

- Quer apostar? - O desafio.

- Quem perder tem que comer feijão com picolé. - Ele diz.

- Eca, eu não vou comer isso. - Faço cara de nojo.

- Então? Você tem uma ideia melhor?

- Quem ganhar escolhe o nome do bebê. - Eu digo.

- Eu concordo.

Eu sentia que ganharia essa, ele nunca acerta nada.

____

Chego em casa e tomo um banho demorado.

Eu e Noah conversamos muito sobre o bebê.

Agora, aqui, sentada no meu quarto sozinha.

Me sinto triste e meus olhos se enchem de lágrimas.

E começo a chorar.

O que vou fazer com essa criança? 

Eu não estou preparada pra isso.

Como essa criança vai viver? Eu sou tão nova pra ser mãe.

Por que tudo acontece comigo? Logo comigo? Tanta gente querendo ter filhos e não conseguem agora eu que não queria, fiquei.

- Eu sou muito azarenta.

Fotinha mais fofaaa!

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