Chapter Eleven

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19 de Setembro de 2018 — Cidade do Panamá

Harry

Já é noite, quando voltei com Khola para o hotel. Realmente foi um dia maravilhoso. Khola tinha um brilho indescritível nos olhos foi como se algo dentro dela tivesse voltado a vida. Como se cada dia mais ela ficasse mais gloriosa. E o significado de um nome nunca fez tanto sentido.

Ter me despedaçado nos braços dela sobre Destiny não poderia ter sido melhor. Foi bom, me senti calmo depois de tanto tanto. Eu entendi que nem tudo tem explicação, que eu deveria ler a carta que Destiny me mandou mas com certeza não nesse momento. Eu ainda não me sinto pronto apesar de saber que eu deveria ler. Eu tenho que ler. Mas mesmo tendo me acalmado, ainda tenho feridas pelas quais eu preciso que cicatrizem mais. Perder uma paciente para suicídio, alguém que se tornou uma amiga, dói e pode te destruir. Eu me senti destruído, até o sol de hoje, até ser abraçado. Recomeços com toda a certeza, existem.

E eu me sinto bem para o início de uma noite como também eu estou incrivelmente cansado e tomar um banho fez com que minha pressão baixasse mais. Quero apenas minha cama e dormir, antes de que Dayse descubra que eu cheguei e venha querer saber sobre tudo que aconteceu entre Khola e eu. Porque Dayse está torcendo por mim, por mim e ela. Na verdade, ela quer que Khola se torne meu caso milagroso do Panamá.

Mas não quero falar sobre isso porque isso é novo para mim depois do momento que tive, depois das sensações que senti. É surreal apenas sentir a química que essa garota tem, parece algo de outro mundo. Um fogo incontrolável, simplesmente assim. E ainda estou tentando entender o que tudo isso significa e o que quero com isso. Como eu quero continuar com isso. E no meio desses pensamentos eu simplesmente acabo dormindo.

20 de Setembro de 2018 — Cidade do Panamá

Acordo com o telefone tocando mas não era o despertador porque o relógio está marcando às quatro horas da manhã. Quem pode estar me ligando nesse horário?

Eu suspiro e vejo que é o número de Hans. Eu não sabia que tinha o número dele salvo ainda, o que ele quer comigo?

Coço meus olhos e atento a ligação.

— Alô? -Falo rouco então eu forço uma tosse.

— Hey Harry. É O Hans. -Ele fala e imediatamente reconheço a voz dele e seu sotaque inglês, eu coço meus olhos e fico olhando para parede branca do hotel.

— Oi oi. -Falo e coloco a mão na boca para bocejar.

— Faz muito tempo desde a última vez que nos falamos, quase um ano. -Hans fala.

— É, algo assim. Como estão as coisas aí?

— Bem, eu estou comecei a trabalhar na empresa do meu pai sabe? Então as coisas estão bem. E você está sendo o psicólogo que sempre quis? -Hans pergunta e suspiro.

— É, eu estou tentando mas eu meio que tirei umas férias. Só três semanas não são férias longas.

— Sério? Mas férias são férias. Faz muito tempo?

— Não muito, logo eu volto. Eu estou no Panamá e aqui é lindo. -Falo.

— Panamá é? Que legal. Fui aí quando criança uma vez, as praias e ilhas são maravilhosas. -Hans fala.

— Sim, são praias legais. -Falo e Hans fica um tempo calado.

— Hey Harry, se lembra que me deve um favor certo? Digo, eu não quero parecer insensível em relação a amizade que temos, porque você é uma ótima pessoa. Eu só preciso que me ajude. -Hans fala e prendo minha respiração por um momento. Isso faz tanto tempo e agora parece uma grande bobeira, mas na época não foi e no final eu devo mesmo um favor para Hans porque ele me ajudou a não ser desligado do programa que eu estava fazendo na Colômbia e ser preso. Ele salvou minha pele, é verdade. Mas se passou tanto tempo desde que ele me falou sobre isso, que eu pensei que ele jamais iria me cobrar isso, mas eu me enganei.

Stronger || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora