Stronger || H.S || Complete

Chapter Twenty Four

❝Esqueça nossos amigos, garota, eu amo quando relaxamos juntos. E ninguém vai sentir o que sentimos juntos❞ 

14 de Outubro de 2018 — Londres — Inglaterra

Tem algo de familiar em ver o Harry segurando o buquê de flores parado na minha frente com um olhar de cachorro abandonado. Não totalmente familiar mas tem algo familiar. E também não é como se eu odiasse receber flores, eu adoro flores.

Adoro ver como são coloridas e me mostram que o mundo não é só branco e preto, o mundo é colorido, muito colorido, as pessoas são coloridas, tudo tem cor e as flores têm uma intensidade misteriosa. Acho que é o verde da folha se misturando com um amarelo, lilás, laranja, vermelho, rosa ou qualquer outra cor. E isso é a magia da natureza enchendo meu coração de esperança de que eu posso tomar o ar em meus pulmões de que de alguma forma vai da certo, que eu vou sobreviver eu só preciso respirar e continuar.

E quando Harry falou meu nome, eu apenas respirei fundo mas não sei como continuar isso, eu simplesmente não sei.

— Khola eu...

— O que você quer? -Pergunto.

— Podemos conversar? -Ele pergunta e eu respiro fundo. Olho para Harry de novo, seus olhos verdes, intensos e brilhantes como as folhas, como o que a vida parece ser. Digo, devido a esperança. — Ou pode simplesmente aceitar meu buquê? -Ele pergunta e eu sorrio um pouco. Harry sorri também. — Um sorriso também é bom. -Ele fala.

— Vou aceitar o buquê. -Falo e pego o buquê, era uma mistura de lírios com rosas amarelas. É um lindo buquê. Volto a olhar para Harry. — Pode entrar, eu vou colocar um casaco e a gente pode sair conversar? Tomar um café ou chá. Talvez vitamina. -Falo e Harry concorda balançando a cabeça e eu o deixo entrar.

— Obrigada Khola. -Ele fala e eu sorrio um pouco e começo a subir as escadas até meu quarto justo na hora que meu tio está descendo. Eu paro e olho para o homem à minha frente e lhe entrego o buquê de flores que Harry me presenteou.

— Coloque em um vaso de água para mim por favor? E não assuste o Harry. -Falo e meu tio me olha desentendido. Depois eu olho para Harry, ele parecia distraído reparando em cada detalhe da minha casa.

— Tem certeza? -Tio Miguel pergunta.

— Só um pouquinho, certo? -Falo e escuto meu tio ri baixinho, assim eu sigo até meu quarto e Beca estava deitada no tapete que fica perto da minha cama, dormindo.

A patinha dela ainda está machucada, mas o veterinário disse que ela iria se recuperar daqui uma semana e vai ser quando eu vou ter que voltar para a clínica para tirar a faixa e confirmar a melhora dela. Mas por enquanto Beca ainda se recupera, dormindo e comendo bastante como todo filhote.

Eu abro meu guarda roupa e pego um casaco colocando. Eu também prendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Porque ele está embaraçado e estar embaraçado e solto não é legal, só vai servir para deixá-lo mais selvagem ainda. Eu respiro fundo. Ele está aqui.

É estranho vê-lo depois do Panamá, eu não me sinto mais tão vulnerável de como eu estava lá, mas ainda sim eu posso me sentir um pouco vulnerável aqui. Eu não sei descrever. Quando estive no Panamá com Harry foi mágico, incrível, algo de outro mundo. Um tipo de conexão surreal. Daquelas que eu imaginei jamais ter.

Nunca me disseram que seria tão rápido. Ou que o rápido pudesse ser tão bom quanto foi. Um embrulho no meu estômago, mas não é ruim é uma sensação de renovação. Uma relação não definida, pouco sólida mas ainda sim uma sensação líquida, uma sensação poderosa e uma relação curiosa. Em que eu não me esqueci do significado que Harry Styles e eu sei que jamais irei me esquecer.