Andando de um lado para outro, Theodoro esperava por notícias. Gaz já havia ligado para Elena, Rico, Bella e Vicenzo, avisando a todos do acontecido.
— Eles estão demorando demais! — Theodoro reclama pela milésima vez em menos de cinco minutos.
— Você precisa ser atendido. Olha o tamanho dos ferimentos, Theodoro — sua mãe reclama.
— Já trouxe até enfermeira aqui, Elena. Não adianta — Gaz responde.
— Eu só quero saber notícias de Angelina. Só isso. É pedir demais? — ele devolve a resposta e todos ficam quietos.
O médico vem andando na direção deles e Theodoro se antecipa, parando-o no caminho e pedindo explicações.
— Tenha calma, meu rapaz. Angelina está bem. Viva. Teve ferimentos na face e fraturou o membro superior esquerdo. Vamos deixá-la em observação até quando acharmos necessário, mas ela vai ficar bem.
Todos respiram aliviados com a notícia.
— Eu quero vê-la — Theodoro pede.
— Nesse momento não é propício, ela está desacordada.
— Eu não quero que ela me veja, doutor, eu que quero vê-la — pede, mais uma vez.
O médico já percebeu o estado ansioso de Theodoro e já teve notícias suas pelos corredores, de como estava sendo inconveniente a procura de notícias a cada dois minutos. O doutor respira fundo e responde:
— Dois minutos. Me acompanhe — responde e da as costas, tendo Theodoro seguindo-o atrás.
Ele larga todos para trás e segue o doutor. Só queria vê-la, só pra ter certeza de que está bem. Eles caminham alguns metros e assim que o médico abre a porta do quarto, Theodoro entra.
— Seja rápido.
Os passos até o leito são lentos, como se analisasse a situação da mulher minuciosamente. Estava com curativos e alguns pontos roxos sob o corpo, mas Theodoro só conseguia ver a Angelina do parque e da piscina.
Se aproxima, passa os dedos sob seu cabelo e desce eles pelo rosto, passando de leve sob os ferimentos.
— Me perdoa! — pede baixinho.
Observa como se parece um anjo e o sentimento que prevalece é o cuidado. Fica, por minutos, analisando-a e acariciando seu rosto. Seu coração ainda dói, está completamente desconfortável, mas por algum momento se acalma.
— Acabou seu tempo.
Theodoro olha para trás e o médico está lá.
— Me deixe ficar.
Ele respira fundo. É fim de plantão, só quer encerrá-lo e ir para casa.
— O seu tempo acabou — repete.
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Caminho traçado - Guerra por amor #3
RomansaPerder a mulher por quem fora completamente apaixonado não estava nos planos de Theodoro. O fato lhe transformou em alguém completamente diferente de quem sempre foi e hoje, só tem atenção para a coisa mais preciosa da sua vida: Giovanna, sua filha...